A alta do dólar na semana passada tem reflexo imediato nas commodities – tanto para formação dos preços quanto para custo de insumos. O alerta é feito por João Carlos Kopp, da JC.Kopp Consult, segundo o qual é “fundamental o manejo de risco de cambio na atividade agrícola”.

“Após as intervenções do Banco Central, o mercado vinha testando a zona de R$ 1,950. Porém, o ministro Guido Mantega (Fazenda) deu claros sinais que não iria permitir um dólar mais baixo. Além disso o Dollar Index (que é o dólar cotado nos EUA, frente a uma sexta de moedas) está nos maiores patamares desde junho/2012 e era necessário uma alta do nosso dólar para corrigir a paridade com as moedas internacionais, como o próprio Dollar Index e o Euro”, analisa Kopp.

Ele explica que na semana passada, “as notícias sobre um possível calote do Chipre, seja nas contas da população ou no Banco Central Europeu”, trouxeram “mais dinheiro para a moeda que funciona como ativo de defesa também em momentos de incerteza do mercado”.

O consultor conclui que “o impacto é direto nas commodities, pois a base para formação dos preços é dólar, e quanto maior a cotação, mais divisas em Reais colocamos para dentro do País. Porém, vale ressaltar que os insumos também têm sua base em Dólar, então é fundamental o manejo de risco de câmbio na atividade agrícola”.

Autor: Leonardo Gottems