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Com clima desfavorável, Morgan Stanley corta previsão para a safra de milho dos EUA

O banco Morgan Stanley alertou que as condições climáticas ruins nos EUA devem impedir a semeadura de aproximadamente 1,62 milhões de hectares de milho no país. Com isso, o banco cortou a sua previsão de 37,84 milhões de hectares para a plantação e afirmou que há riscos de produção para o grão, já que o tempo chuvoso está começando a ter um impacto mais expressivo sobre as lavouras.

De acordo com estimativas do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgadas em março, a área total de milho nos EUA seria de 39,38 milhões de hectares, a previsão de uma área menor em relação ao projetado pelo USDA implica em uma perda maior do que muitos analistas imaginavam. “As estimativas variam, mas alguns negócios antecipam que entre 0,61 e 1,21 milhões de hectares podem ser perdidos”, afirma Ben Bradbury, corretor da Benson Quinn Commodities.

Isso levou o banco Morgan Stanley a cortar para 337,84 milhões de toneladas a sua estimativa para a safra de milho dos EUA, ainda o suficiente para bater o recorde atual de 332,76 milhões de toneladas, estabelecidos em 2009, mas por uma margem muito menor do que o previsto pelo USDA, com uma colheita de 359,18 milhões de toneladas.

“Com apenas uma semana antes do restante das datas finais de plantio nos estados do Cinturão de Milho e com a previsão de uma semana de chuvas generalizadas, os agricultores vão ser duramente pressionados a plantar toda a sua área da produção de milho”, diz o Morgan Stanley. As datas para o plantio de milho com seguro já passaram em muitos estados, como Minnesota, Dakota do Norte e Wisconsin. Em Iowa, Minnesota, Dakota do Norte e Wisconsin, cada um deixou de plantar 0,4 milhões de hectares desde a semana passada.

Além disso, o banco acrescentou ainda que essa área pode ser ainda menor dada à probabilidade de agricultores dos estados do norte optarem pelo seguro de áreas não semeadas.

“Por enquanto, nós só assumimos um quarto das terras não plantadas em Iowa, que serão deixadas ou transferidas para o plantio se soja”, diz Bradbury. “Nós ainda podemos rever essa estimativa de baixa se o tempo mantiver os agricultores do Cinturão de Milho fora de seus campos até meados de junho”, completou.

No entanto, o banco Morgan Stanley manteve em US$ 5,30 por bushel a sua previsão para os preços do milho em Chicago para a safra 2013/14. Porém, o banco é mais otimista sobre as perspectivas de futuros para a soja, o que ele vê como a aposta mais alta entre as principais commodities, graças à necessidade de ganhar áreas plantadas e reabastecer os estoques mundiais.

Fonte: Com informações do site Agrimoney.