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Análise Semanal do mercado do Milho – 26/08/2016

MilhoAs cotações do milho em Chicago recuaram um pouco durante a semana, com o bushel do cereal fechando a quinta-feira (25) em US$ 3,23, contra US$ 3,32 uma semana antes.

O mercado igualmente está pressionado pelo clima normal sobre as lavouras dos EUA, enquanto o período de colheita se aproxima rapidamente. A mesma deverá começar na primeira quinzena de setembro. Até o dia 21/08 as condições das lavouras mostravam uma melhoria, com 75% entre boas a excelentes, 18% regulares e 7% entre ruins a muito ruins.

Assim, mesmo com o “crop tour” da Prof Farmer acusando uma redução na produtividade média de alguns Estados norte-americanos (em Ohio a mesma deverá ficar em 9.352 quilos/ha; em Dakota do Sul em 9.404 quilos/ha…), o mercado não encontra motivos para altas em Chicago. Afinal, em outros Estados a produtividade é melhor do que as registradas no passado. É o caso de Indiana que projeta 10.888 quilos/ha.

Nesse contexto, o suporte às cotações, mesmo que fraco, vem das exportações estadunidenses. Há, no momento, boa demanda pelo milho dos EUA no mercado mundial. Tanto é verdade que as vendas líquidas do cereal, para o ano 2016/17, somaram 1,04 milhão de toneladas na semana encerrada em 11/08, ficando dentro do esperado pelo mercado.

Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB de milho para a exportação fechou a semana em US$ 176,00 e US$ 165,00 respectivamente.

Aqui no Brasil, o saco de milho no balcão gaúcho fechou na média de R$ 44,50, com um pequeno recuo em relação à semana anterior. Os lotes, por sua vez, ficaram entre R$ 48,00 e R$ 49,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 28,00/saco em Sapezal (MT) e R$ 49,00/saco em Videira e Concórdia (SC).

Diante deste quadro estável os produtores adotam uma postura de reter o milho que ainda resta, visando elevar os preços do cereal no mercado físico. Por enquanto, a Sorocabana paulista está com valores entre R$ 41,00 e R$ 42,00/saco, enquanto o referencial Campinas fica em R$ 46,00/saco CIF. Assim, os compradores voltam a enfrentar estoques reduzidos (cf. Safras & Mercado).

Paralelamente, as exportações brasileiras de milho em agosto atingem a 1,55 milhão de toneladas a um preço médio de US$ 168,80/tonelada, equivalente a R$ 32,41/saco considerando o câmbio atual.

Na BM&F as cotações futuras continuaram recuando em busca de uma aproximação com a realidade existente no mercado físico.

Dito isso, o viés continua sendo de certa recuperação nos preços do milho caso as exportações se mantenham elevadas e as importações não avancem muito.

Fonte: CEEMA

Gráfico do Milho na CBOT – Vencimento Dez/2016https://www.tradingview.com/x/INjvK8Vr/

Gráfico do Milho na BM&F – Vencimento Nov/2016https://www.tradingview.com/x/1k6CsBYe/

Análise Semanal do Mercado de Soja – 26/08/2016

SojaAs cotações da soja pouco variaram em grande parte da semana, porém, na quinta-feira (25) despencaram. O bushel da oleaginosa acabou fechando neste dia 25/08 em US$ 9,98, após US$ 10,32 uma semana antes.

O mercado continua sob influência do clima nos EUA, às vésperas do início da colheita de verão. O mesmo continua normal, porém, com algumas regiões acusando menos umidade do que o esperado. Entretanto, nada que comprometa a safra, pelo menos por enquanto. Tanto é verdade que as condições das lavouras, até o dia 21/08 mantinham 72% entre boas a excelentes, 21% regulares e 7% entre ruins a muito ruins. Esse é segundo melhor nível em qualidade das lavouras nos últimos 30 anos para esta época do ano (cf. Safras & Mercado).

Para confirmar isso, o “crop tour” que a Pro Farmer vem realizando nos EUA informa que a safra atual poderá ser maior do que a de 2015, batendo realmente um recorde histórico.

Ou seja, por este lado o viés continua baixista em Chicago, fato que poderá se confirmar a partir do início de outubro, quando a colheita estiver em andamento.

Enquanto isso, as boas exportações estadunidenses ajudaram a dar suporte aos preços em parte da semana, porém, não são suficientes para fazer frente às notícias positivas do clima. As exportações líquidas para a safra 2015/16, que se encerra em 31/08, chegaram a 177.900 toneladas na semana encerrada em 11/08, enquanto para o ano de 2016/17 o volume atingiu a 1,6 milhão de toneladas, ficando dentro do esperado pelo mercado. Já as inspeções de exportação somaram 774.820 toneladas, acumulando, desde o 1º de setembro do ano passado um total de 49,4 milhões de toneladas, contra 49,6 milhões em igual momento do ano anterior.

Pelo lado da demanda as importações da China somaram 7,76 milhões de toneladas em julho, com recuo de 18,4% sobre julho de 2015. No acumulado do ano a China importou 46,3 milhões de toneladas de soja, com aumento de 3,8% sobre igual período do ano anterior. Porém, preocupa o recuo mensal recente que está ocorrendo por parte dos chineses.

No mercado brasileiro, diante de um câmbio que se manteve ao redor de R$ 3,20 em boa parte da semana, os preços pouco se modificaram. O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 71,73/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 79,50 e R$ 80,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 67,80/saco em Uruçuí (PI) e Pedro Afonso (TO), R$ 72,00/saco em Diamantino (MT) e R$ 79,50/saco no centro e norte do Paraná.

Os negócios continuam poucos, com os negociadores demonstrando pouco interesse. O mercado fica estagnado, com um movimento de fretes muito reduzido igualmente nos últimos dias (cf. Safras & Mercado).

Enfim, os preços futuros indicaram os seguintes valores: R$ 76,00/saco FOB para maio no interior gaúcho; R$ 66,00/saco para março em Rondonópolis (MT) e R$ 70,00/saco para abril, no Tocantins e Piauí.

Fonte: CEEMA

Gráfico da Soja na CBOT – Vencimento Nov/2016https://www.tradingview.com/x/ffP3K7R2/

Gráfico da Soja na BM&F – Vencimento Nov/2016https://www.tradingview.com/x/e3IYb0ll/

Análise Semanal do mercado do Trigo – 26/08/2016

TrigoAs cotações do trigo em Chicago voltaram a recuar, fechando a quinta-feira (25) em US$ 4,01/bushel, após US$ 4,27 uma semana antes.

O mercado sofreu pressão baixista da alta do dólar, que tira competitividade do produto estadunidense, assim como da queda do petróleo. Além disso, a demanda pelo trigo dos EUA recuou enquanto a projeção da safra mundial é recorde.

As vendas líquidas de trigo estadunidense, na semana encerrada em 11/08, referentes à temporada comercial 2016/17, iniciada em 1º de junho, somaram 489.500 toneladas. O Brasil liderou as compras com 92.100 toneladas.

Afora isso, o mercado sofreu influência da boa colheita do trigo de primavera nos EUA. Até o dia 21/08 a mesma chegava a 65%, contra 46% na média histórica para esta época do ano.

Em termos ainda de produção, o Canadá anuncia que deverá colher 30,5 milhões de toneladas do cereal, ou seja, a segunda maior colheita dos últimos 25 anos.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação permaneceu entre US$ 205,00 e US$ 220,00.

Já no Brasil, o saco de 60 quilos no balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 40,24. Nos lotes, o valor de referência ficou em R$ 850,00/tonelada ou R$ 51,00/saco. No Paraná os lotes registraram a média de R$ 800,00 a R$ 830,00/tonelada ou R$ 48,00 a R$ 49,80/saco. Ou seja, o Paraná, sob influência da nova safra, já indica preços menores do que no Rio Grande do Sul, cuja safra somente entrará no mercado a partir de fins de outubro.

Segundo Safras & Mercado, muitos compradores estão preferindo aguardar a entrada da safra nova, visto o forte viés de baixa no mercado, para voltar a negociar, esperando preços mais atrativos. As indústrias menores, por sua vez, estão comprando a qualquer preço no mercado interno, enquanto às maiores, incluindo fábricas de ração, importam o trigo graças a seus baixos preços.

Nesse último caso, é bom lembrar que o Brasil vem, há um mês, entre os líderes de importação de trigo dos EUA. A pressão destas importações e do início da colheita no país tende a derrubar os preços do cereal nacional nas próximas semanas.

Nesse momento, apenas uma recuperação nos preços do milho poderia puxar para cima os preços do trigo, fato que ainda não ocorreu.

Por sua vez, as geadas destes últimos dias podem ter causado alguns estragos no Paraná, cujas lavouras estão em fase final. Porém, por enquanto ainda não há prejuízos contabilizados.

Por outro lado, a prática tem mostrado que os produtores já estão aceitando vender o trigo abaixo dos preços de referência, indicados acima. No Rio Grande do Sul, por exemplo, já se encontra negócios, para a safra nova, a preços de R$ 660,00/tonelada ou R$ 39,60/saco, equivalente a valores próximos do mínimo (para o produto de qualidade superior).

Em síntese, o quadro permanece baixista para os preços internos do trigo nas próximas semanas caso não ocorram problemas climáticos agudos.

Fonte: CEEMA

Gráfico do Trigo na CBOT – Vencimento Dez/2016https://www.tradingview.com/x/mGdo0K9F/

Análise Semanal do Mercado de Soja – 22/08/2016

SojaAs cotações da oleaginosa em Chicago registraram leve alta nesta semana. O fechamento desta quinta-feira (18) ficou em US$ 10,32/bushel, contra US$ 10,22 uma semana antes.

Estas cotações podem ser consideradas boas a julgar pelo relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 12/08. O mesmo trouxe números recordes para a produção dos EUA, com 110,5 milhões de toneladas projetadas para 2016/17. Os estoques finais nos EUA, para o mesmo ano, igualmente foram elevados, ficando agora em 9 milhões de toneladas. Todavia, em função de o mercado ter precificado parte destes dados, e igualmente ainda se haver um mês pela frente em termos de influência climática sobre as lavouras estadunidenses, antes do início da colheita, as cotações não recuaram nesta semana pós-relatório. Na prática, o mercado busca, a qualquer custo, segurar os preços acima do piso dos US$ 10,00/bushel, o que tende a ser difícil se os números do relatório se confirmarem na prática. Tanto é verdade que o próprio USDA reduziu o patamar de preços médios aos produtores estadunidenses de soja para níveis entre US$ 8,35 e US$ 9,85/bushel, chegando na linha do que indicamos há semanas caso a safra daquele país viesse normal.

Vale dizer que o relatório reduziu os estoques finais para o corrente ano comercial 2015/16 nos EUA. Os mesmos vieram para 6,9 milhões de toneladas, fato que ajudou a dar um pouco de sustentação aos preços.

Em termos mundiais, o relatório apontou uma safra global de soja em 330,4 milhões de toneladas, com estoques finais em 71,2 milhões de toneladas, contra 67,1 milhões em julho passado e 73 milhões um ano antes. A produção brasileira está projetada em 103 milhões de toneladas e a da Argentina em 57 milhões. Já as importações chinesas permaneceram em 87 milhões de toneladas.

Ao mesmo tempo, as exportações de soja, por parte dos EUA, foram boas, segurando igualmente as cotações nos atuais níveis. As vendas líquidas somaram 3,1 milhões de toneladas na semana anterior, superando as expectativas do mercado. Nesse contexto, circulou boatos de que os chineses teriam comprado até seis carregamentos de soja estadunidense no final de semana anterior (cf. Safras & Mercado).

Por sua vez, as inspeções de exportação de soja estadunidenses somaram 746.371 toneladas na semana encerrada em 11/08, acumulando 48,4 milhões de toneladas no atual ano comercial que se encerra em 31/08 próximo. Um ano antes esse volume era de 49,4 milhões de toneladas.

Paralelamente, a Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) indicou que o esmagamento de soja estadunidense atingiu 3,9 milhões de toneladas em julho. O número ficou abaixo do esperado pelo mercado.

Enfim, confirmando o viés de baixa em Chicago, que continua, o USDA indicou que as condições das lavouras dos EUA, até o dia 14/08, se mantinham em 72% entre boas a excelentes, 21% regulares e 7% entre ruins a muito ruins.

Vale ainda destacar que o óleo de soja em Chicago disparou novamente, passando de 29,75 centavos de dólar por libra-peso em 01/08 para 34,19 centavos neste dia 18/08. Ou seja, em 14 dias úteis o mesmo ganhou 14,9% em Chicago. Isso oferece igualmente boa sustentação ao grão, embora o farelo esteja em baixa.No mercado brasileiro, a pequena desvalorização do Real na semana ajudou a melhorar um pouco, igualmente, os preços da soja. O Real chegou a ser cotado a R$ 3,21 em alguns momentos da semana, contra R$ 3,12 uma semana antes.

Assim, o balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 70,10/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 78,00 e R$ 79,00/saco. Nas demais praças os lotes oscilaram entre R$ 63,00/saco em Pedro Afonso (TO) e Uruçuí (PI), R$ 72,00/saco em Sorriso (MT) e R$ 80,50/saco no centro e norte do Paraná.

Em termos de preços futuros, os lotes FOB indicaram valores de R$ 75,00/saco para maio/17 na região do Planalto gaúcho, R$ 67,00/saco em Rondonópolis (MT) para março e R$ 65,50/saco igualmente em Tocantins e Piauí para abril/17.

No geral, praticamente não houve negócios no mercado nacional nesta semana, com os produtores que ainda detêm soja da safra passada aguardando uma melhoria nos preços.

Fonte: CEEMA.

Gráfico da SOJA na CBOTSoja CBOT.png

Gráfico da SOJA na BM&FSoja BM&F

Análise Semanal do mercado do Milho – 22/08/2016

MilhoAs cotações do milho em Chicago igualmente subiram um pouco durante a semana, apesar de o relatório de oferta e demanda do USDA ter sido baixista. O bushel do cereal fechou a quinta-feira (18) em US$ 3,32, contra US$ 3,21 na semana anterior.

O relatório anunciado no dia 12/08 indicou uma safra de 384,9 milhões de toneladas para os EUA, com estoques finais em 61,2 milhões ao término de 2016/17, contra 52,8 milhões projetados em julho e 43,3 milhões registrados um ano antes. O patamar de preços aos produtores estadunidenses foi revisto largamente para baixo, ficando agora entre US$ 2,85 e US$ 3,45/bushel.

Em termos mundiais, o relatório apontou uma safra global de 1,03 bilhão de toneladas, com estoques finais em 220,8 milhões ao final de 2016/17. A produção brasileira está projetada em 80 milhões de toneladas e a da Argentina em 36,5 milhões. O Brasil deverá exportar, segundo o USDA, 22 milhões de toneladas de milho em 2016/17.

O mercado não recuou diante de tais números porque esperava uma produtividade média maior do que a indicada. Assim, até a colheita em setembro a dúvida permanecerá quanto aos rendimentos finais e a capacidade de exportação dos EUA, a qual se mostra lenta no momento (cf. Safras & Mercado).

Muitos operadores acreditam que a produtividade indicada pelo USDA possa não se confirmar no final da colheita. Todavia, as condições das lavouras continuam muito boas, sendo que até o dia 14/08 cerca de 74% permaneciam entre boas a excelentes, 19% regulares e 7% apenas entre ruins a muito ruins. Além disso, há projeções de clima normal nos EUA para este restante de agosto.

A tonelada FOB para exportação fechou a semana em US$ 183,00 na Argentina e US$ 165,00 no Paraguai.

No mercado brasileiro, o balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 45,13/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 48,00 e R$ 49,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes de milho giraram entre R$ 29,00/saco em Sapezal, no Nortão do Mato Grosso, e R$ 49,00/saco nas regiões catarinenses de Videira e Concórdia.

Nesse momento, os produtores de milho safrinha no Brasil continuam fixando negócios, especialmente em São Paulo, o que freia os preços e até mesmo os retrai em algumas localidades. Na região paulista da Sorocabana houve negócios entre R$ 41,50 e R$ 42,00/saco, enquanto o referencial Campinas ficou em R$ 46,00/saco.

Mas a colheita está se encerrando e a onda vendedora começa a diminuir. Ao mesmo tempo há forte pressão exportadora, a qual atinge a quase 4 milhões de toneladas para agosto, com setembro já iniciando fila para embarques (já haveria 400.000 toneladas no embarque).

Em termos gerais o quadro não apresenta grandes novidades. A demanda interna continua firme, as exportações se tornam mais importantes a cada mês e a colheita da safrinha está praticamente encerrada. Com isso, a expectativa fica por conta do volume de importações, as quais ocorrem principalmente junto aos Estados do sul do país, e a futura safra de verão, com as incógnitas quanto a área a ser semeada (provavelmente maior) e o clima. Nesse contexto, o viés continua sendo de preços estáveis para um pouco mais elevados até o início do próximo ano.

No curto prazo, o mercado fica na dependência do ritmo de venda de milho safrinha por parte dos produtores que ainda possuem o produto nas diferentes praças nacionais.

Assim, ainda diante de um contexto de oferta menor, o governo brasileiro decidiu realizar dois novos leilões de venda de milho de estoques públicos. Os mesmos se darão em 23/08, com oferta de mais de 50.000 toneladas.

Fonte: CEEMA

Gráfico do MILHO na CBOTMilho CBOT

Gráfico do MILHO na BM&FMilho BM&F

Análise Semanal do mercado do Trigo – 22/08/2016

TrigoAs cotações do trigo em Chicago igualmente subiram um pouco. O fechamento desta quinta-feira (18) ficou em US$ 4,27/bushel, contra US$ 4,16 uma semana antes.

Essa alta ficou por conta de ajustes técnicos e pela precificação imediata dos números baixistas oriundos do relatório de oferta e demanda indicado pelo USDA no dia 12/08. Esse relatório apontou um forte aumento na safra estadunidense do cereal, com a mesma devendo atingir a 63,2 milhões de toneladas, contra 61,5 milhões indicados em julho. Já os estoques finais foram reduzidos para 29,9 milhões de toneladas, após 30 milhões em julho. Porém, ainda bem acima dos 26,7 milhões do ano anterior. O patamar de preços médios aos produtores estadunidenses, para 2016/17, ficou agora entre US$ 3,35 e US$ 4,05/bushel.

Em termos mundiais o relatório apontou uma safra global de 743,4 milhões de toneladas (cinco milhões de toneladas acima do indicado em julho), com estoques finais em 252,8 milhões, praticamente sem mudanças em relação a julho, porém, acima dos 241,9 milhões de toneladas registrados no ano anterior. A produção da Argentina foi reduzida para 14,4 milhões de toneladas e a brasileira foi mantida em 5,3 milhões. Os argentinos deverão exportar 8 milhões de toneladas em 2016/17, enquanto o Brasil irá importar 6 milhões.

A pequena alta na semana foi motivada por fatores técnicos, particularmente em função da redução dos estoques finais estadunidenses indicados pelo relatório do USDA.

É bom lembrar que as cotações do trigo em Chicago estão nos níveis de 2006, ou seja, antes das altas ocorridas nas commodities mundiais (entre 2007 e 2014). Assim, o trigo estadunidense está muito barato, puxando igualmente o preço do trigo da Argentina e demais países produtores, fato que favorece as importações brasileiras do cereal.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação continuou cotada entre US$ 205,00 e US$ 220,00.

A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 40,17/saco, sem grandes modificações em relação às semanas anteriores. Os lotes se mantiveram em R$ 850,00/tonelada (R$ 51,00/saco), enquanto no Paraná ficaram entre R$ 850,00 e R$ 880,00/tonelada (R$ 51,00 a R$ 52,80/saco), porém, valores apenas nominais já que os volumes negociados são diminutos.

Na prática, o mercado brasileiro de trigo permanece com baixa liquidez, pela falta de produto de qualidade superior, enquanto os preços internos no Paraná já começam a recuar, pressionados pela proximidade da colheita da nova safra. Assim, altas nos preços do trigo surgirão apenas se o milho voltar a subir, pois isto fará as indústrias de ração voltarem a competir com os moinhos pelo cereal. Ou seja, o trigo poderá novamente ser sustentado pelas altas nos preços do milho a partir da virada do ano. Por outro lado, caso os preços do milho pouco se modifiquem, em relação ao patamar de hoje, a paridade de importação, mais baixa no momento, definirá um recuo nos preços do trigo nacional.

Aliás, é isso que move as compras dos moinhos de maior porte. Até mesmo as indústrias de ração estão partindo para a importação de trigo haja vista as vantagens nos preços. Já os moinhos de menor porte, sem cacife para importação, se obrigam a buscar o produto no mercado interno pagando, em alguns casos, até R$ 1.000,00/tonelada (R$ 60,00/saco) no Paraná.

No geral, os volumes importados de trigo por parte das empresas brasileiras continuam muito significativos, especialmente dos EUA. Logo mais, com a entrada da colheita do Paraguai, da Argentina e do Uruguai podemos assistir a uma pressão baixista do trigo procedente destas origens.

Assim, com a entrada da safra nova e diante de preços internacionais em baixa, apenas uma virada cambial poderá reverter o viés de baixa nos preços nacionais do trigo desta safra nova. Por enquanto não é o caso e parece não haver condições para isso no médio prazo, a julgar pelas expectativas políticas e econômicas existentes atualmente no Brasil.

Fonte: CEEMA

Gráfico do TRIGO na CBOTTrigo CBOT

Barter é Alternativa para Financiamento de Safra

As operações de Barter, ou troca, como também são conhecidas, são ferramentas extremamente úteis no agronegócio, tanto para quem está vendendo insumos, como para os produtores.

Fonte: Barter é Alternativa para Financiamento de Safra

Milho: importar é preciso, exportar não é preciso

MilhoPegando o espírito deste título é curioso observar o misto de emoções e opiniões proporcionadas pela quantidade recorde de milho que vem sendo exportado pelo Brasil. É um tema delicado que envolve interesses muitas vezes opostos, e o que é desejável ou não para o país depende do ponto de vista.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), em 2015 foram exportados 28,9 milhões de toneladas de milho, superando os 26,6 milhões de toneladas de 2013, recorde histórico até então. É importante lembrar que a demanda externa aquecida no segundo semestre do ano passado, que foi responsável pelo recorde de vendas externas, sucedeu uma safra também recorde de 84,7 milhões de toneladas, nas estimativas da Conab. Ou seja, inicialmente os preços tinham tudo para despencar, mas com o impulso das exportações eles resolveram seguir o caminho oposto e escalar a montanha.

A lógica é simples, a demanda aumentou mais do que a oferta. O motivo? Ao contrário de 2012/13, quando faltou milho no mundo em decorrência das quebras de safra dos principais países produtores (com destaque para os Estados Unidos), o atual cenário de alta dos preços se deve a fatores exclusivos do Brasil. A depreciação cambial ocorrida na segunda metade de 2015 tornou o milho brasileiro barato, frente aos seus concorrentes, no mercado internacional. Em razão disso, somente entre julho e dezembro de 2015 foram remetidos 23,6 milhões de toneladas de cereal para o exterior.

O ano mudou e a demanda externa pelo milho brasileiro continuou aquecida. Tanto que nos primeiros cinco meses de 2016 já foram exportados 12,2 milhões de toneladas do cereal, o que é um valor muito superior aos 5,2 milhões de toneladas do respectivo período em 2015.

Se já não bastasse esse acréscimo da demanda nos primeiros meses do ano, em relação a 2015, a oferta do grão foi em sentido contrário e diminuiu. As últimas estimativas da Conab apontam para uma redução superior a 8oito milhões de toneladas de milho na safra 2015/16 em relação à anterior. Deste modo, com a redução da oferta e os estoques minguando, o milho desapareceu do mercado e os preços explodiram. Somente neste ano os preços médios da saca de 60 kg no Brasil já aumentaram 51% e se considerarmos os últimos 12 meses o aumento chega a 113%.

Ante esse cenário de preços altos sem precedentes, a mão invisível de Adam Smith começou a operar para reequilibrar a oferta e a demanda antes do que imaginávamos. A princípio, as altas cotações do milho atuais estimulariam o aumento da oferta na safra 2016/17, o que, supondo uma demanda pouco alterada, traria como resultado uma redução dos preços na próxima safra. Acontece que, na era da globalização, um ano é muito tempo. Um ajuste mais rápido não só é necessário como já começa a ser praticado.

O ponto de virada está relacionado ao fato de que os preços subiram demais. O milho brasileiro, antes “barato” pela depreciação cambial, agora está caro não apenas no mercado doméstico, mas também no mercado internacional. O resultado pode ser a reversão dos fluxos de comércio exterior do cereal, com a diminuição das exportações e aumento das importações. Para ilustrar esse encarecimento do milho brasileiro frente aos concorrentes externos tomemos como exemplo as informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). No último mês de maio, a ACCS adquiriu um lote de 1.000 toneladas de milho do Paraguai pagando US$ 160,00 a tonelada, enquanto internamente o cereal era ofertado à Associação por US$ 267,00, o que é uma diferença substancial.

Muitos dos contratos de exportação pactuados no início do ano, com a evolução dos preços do milho, passaram a ser pouco vantajosos, estimulando a quebra contratual dos produtores junto às tradings que dominam a exportação deste cereal. Além disso, alguns produtores de dois dos estados mais afetados pelas condições climáticas, Mato Grosso e Goiás, podem não ter milho para cumprir os contratos de exportação.

Recentemente a aquisição de milho de outros países ganhou destaque com a eliminação temporária da taxa de importação de países de fora do Mercosul, para a qual vigorava uma alíquota de 8% até então. Isso importa pelos simples fato de que a disponibilidade interna de milho no segundo semestre pode melhorar não apenas via redução de exportações, mas também por intermédio do incremento das importações.

A eliminação das taxas de importação do milho não estimula a aquisição do cereal produzido pelos nossos vizinhos do Mercosul, pelo fato de o milho produzido por eles já não ser taxado pelo Brasil. A princípio, o grande beneficiado é o milho norte-americano. Isto, de certa forma, é mais uma ironia do destino, pois se o Brasil exportou milho para os EUA em 2013 (e continua exportando esporadicamente pequenas quantidades anuais), de forma similar a situação pode agora se inverter.

Cabe lembrar que a aquisição de milho de outros países pelo Brasil não é fato novo. Na verdade, é algo corriqueiro. A indústria aviária de Santa Catarina e do Paraná anualmente compra o milho mais barato do Paraguai. Analisando os dados disponibilizados pela SECEX, pode-se observar que nos últimos anos o país importou 907 mil toneladas de milho em 2013, 771 mil toneladas em 2014 e 369 mil em 2015. O Paraguai foi responsável por mais de 91% das importações em cada um desses três anos, chegando a 99% em 2014 e 2015. Internamente, os estados de Santa Catarina e Paraná adquiriram 89% do montante importado em 2013, e em 2014 e 2015 esse percentual chegou a 99%.

Em 2016, o perfil dos nossos fornecedores de milho se alterou. Entre janeiro e maio deste ano foram importadas 378,3 mil toneladas. Deste montante, apenas 176,2 mil toneladas são oriundas do Paraguai. A Argentina foi a nossa principal fornecedora, com 202 mil toneladas, e os Estados Unidos também estiveram presentes, com o valor irrisório de 19,5 toneladas importadas no mês de janeiro.

Ao mesmo tempo, internamente também surgiram novos importadores, além daqueles situados em Santa Catarina e Paraná. Nos cinco primeiros meses do ano, os estados do Nordeste importaram 112 mil toneladas de milho, que equivalem a 30% do total importado pelo Brasil até o momento. Dada a situação delicada do abastecimento do cereal na região Nordeste, e a sua posição estratégica em relação ao golfo do México, a tendência é que as importações dos EUA para o Nordeste aumentem. Segundo a consultoria Agroconsult, o Brasil deverá importar 2,5 milhões de toneladas em 2016, sendo a maior parte desse volume proveniente da Argentina e dos Estados Unidos.

Em resumo, primeiramente havia a expectativa de que a colheita de uma grande safra de inverno baixaria os preços do milho, com o aumento da disponibilidade interna. Os problemas climáticos na segunda safra de milho em importantes estados produtores frustraram as expectativas iniciais e agora espera-se que o reequilíbrio da oferta e demanda deva ocorrer via comércio exterior (diminuição das exportações e aumento das importações). Entretanto, tal ajuste, com as informações disponíveis até o momento, deve ser pequeno, e o milho continuará valorizado no decorrer de 2016. O verdadeiro ajuste deve ocorrer somente com a chegada da safra 2016/17 e até lá … importar é preciso.

Fonte: Rubens Augusto de Miranda – Pesquisador da área de economia agrícola da Embrapa Milho e Sorgo.

Brasil decide liberar importação de feijão, mas…

feijc3a3oBRASÍLIA (Reuters) – O presidente interino Michel Temer anunciou nesta quarta-feira a liberação da importação do feijão num esforço para diminuir o preço do alimento, cuja alta recente vem impactando a inflação.

Em nota no site do Planalto, o governo anunciou que a liberação contemplará a importação do feijão da Argentina, Paraguai e Bolívia. Também está sendo estudada a importação do produto do México, após assinatura de acordo sanitário, e da China.

Segundo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, “o preço do principal produto na mesa dos brasileiros subiu em função de questões climáticas, que ocasionou a perda de praticamente todas a safra no Centro-Oeste”.

“Isso ocasionou uma queda na oferta e um aumento na demanda, fazendo com que os preços subissem”, afirmou o ministro no comunicado.

(Por Marcela Ayres)


Apresentada a notícia, passemos à análise crítica.

À exceção da China, nenhum dos países apontados pela reportagem acima figuram realmente entre os Players deste produto. Tal conclusão pode ser constatada nos gráficos abaixo, elaborados esta manhã utilizando dados da FAO/ONU.

Mesmo a China, ainda que figure entre os Players, sua produção é muito pequena e provavelmente não poderá nos atender.

Conclusão: Autorizar a importação não necessariamente significará que teremos uma reposição da oferta de feijão.

Feijão - Producer

Feijão - Export

Feijão - Prices

Milho: Até tu, Clima?

MilhoSe não bastasse a conjunção de fatores específicos que levaram à atual e histórica alta dos preços do milho, o clima resolveu entrar nessa ciranda e bagunçar ainda mais a situação. Na primeira quinzena de maio, o preço médio da saca de milho no país ultrapassou R$ 42,00. Em circunstâncias normais esse já seria um valor exorbitante do cereal em qualquer lugar do Brasil, e estamos falando apenas da média. Em várias regiões consumidoras de grãos, o valor da saca de 60 kg já passou dos R$ 60,00.

 

Obviamente com o milho sendo cotado a preços historicamente semelhantes aos de soja, não há alta de insumos que prejudique os ganhos, e os que apostaram no milho para o inverno estão rindo à toa, excetuando-se aqueles que se depararam com estiagens. Infelizmente, essa é a típica situação na qual nem todos podem vencer. Os lucros extraordinários usufruídos pela maioria dos produtores estão sendo pagos pelos prejuízos dos mercados consumidores de milho.

 

É a lógica da oferta e demanda, e o milho nunca vendeu tão bem, a despeito dos preços estratosféricos. As taxas de comercialização têm indicado recordes de venda antecipada. Segundo os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), ao final de abril, 62,3% da safra prevista já havia sido vendida. Esse percentual para o respectivo mês de 2015 foi de 48,6%, e em 2014, foi de 11,5%. No Paraná, estado que colhe a segunda maior safrinha do país, a situação não é diferente. Até o final de abril, segundo informações da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB), 21% da safrinha de milho já estava vendida. Apesar do menor percentual quando comparado ao Mato Grosso, é importante lembrar que o estado paranaense não tem tradição de vendas antecipadas de milho. Até recentemente, a comercialização da safrinha só começava em maio-junho e de forma lenta.

 

Frente a essa conjuntura, a expectativa de uma colheita recorde na segunda safra de milho proporcionava certo alento aos consumidores do cereal, pois era uma sinalização de redução dos preços no médio prazo. O problema é que faltou combinar com o clima. Nas últimas safras de inverno o fator climático vinha recebendo o crédito como um dos principais impulsionadores da produção, mas na safrinha de 2016 esta situação tem se revertido em algumas regiões.

 

A atual segunda safra de milho no Brasil iniciou o ano com grandes expectativas de igualar, ou mesmo superar, a colheita recorde de 2015. Entretanto, no mês de abril, as chuvas ficaram mais escassas que o normal, assim como o calor foi excessivo, em grandes regiões produtoras de milho de segunda safra do Centro-Oeste. No momento, diversas instituições já anunciaram a quebra da safra, mas a avaliação destas perdas ainda mostra grande variação, indo de 2 a 10 milhões de toneladas.

 

As dificuldades na safrinha do Mato Grosso iniciaram-se já na fase do plantio do milho, onde, apesar de um aumento na área, 30-35% do cereal foi plantado fora da janela ideal. Por sua vez, as áreas plantadas fora da janela receberam menores investimentos, em razão do maior risco, e o clima adverso veio para consolidar as perdas. A última estimativa de safra do IMEA sobre a cultura do milho no Mato Grosso já apontou uma redução de 16,5% na produtividade estadual. Caso isto se confirme, a produtividade média de 90,7 sacas por hectare será a menor registrada no estado desde a safra 2010/11. Felizmente, no cômputo geral, o aumento da área plantada com milho no Mato Grosso deve diminuir os impactos negativos da redução de produtividade. Entretanto, tal situação não se estende ao estado vizinho de Goiás, onde condições climáticas têm sido ainda mais severas.

 

No início de 2016, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) projetavam um aumento da produção da safrinha de milho no estado, com a expectativa de produção chegando a 8,2 milhões de toneladas ante os 7,6 milhões colhidos no ano passado. Em maio, a projeção despencou, e agora se espera algo entre 4,8 e 5,2 milhões de toneladas, ou seja, uma redução na faixa de 32-37%. Contudo, em várias regiões de Goiás foram observadas situações extremas onde as perdas podem chegar a 85%. Antecipando os prejuízos financeiros, os produtores goianos já estão negociando com os seus credores. Sobre essa questão, Bartolomeu Braz Pereira, presidente da Aprosoja-GO, recentemente afirmou que “a cada dia que passa, aumentam as perdas com a seca, e o produtor tem buscado amparo nas entidades de classe para obter melhor negociação”.

 

Neste cenário, tem-se verificado um fato curioso relativo à comercialização. Se de um lado é louvável o aumento da prática de vendas antecipadas da safra como forma de proteção, de outro, tem-se formado um clima favorável a rupturas desses contratos por motivos distintos. Os que foram afetados severamente pela estiagem podem não ter milho suficiente para entregar, e os que devem colher bem podem não querer entregar.

 

Até o final de abril, de acordo com a Agroconsult, foram vendidos antecipadamente 28,7 milhões de toneladas da safrinha, principalmente para exportações. Segundo a consultoria, as tradings (empresas que operam com exportações e importações) têm indicado que muitos acordos de exportação podem ser cancelados para a venda no mercado interno, pois os preços domésticos estão mais remuneradores.

 

Apesar dos indícios de que os preços do milho devem continuar altos nos próximos meses, muita água ainda vai rolar nessa história. Primeiramente, é preciso dimensionar as perdas da safrinha. Segundo, os preços domésticos proibitivos começam a desestimular as exportações, podendo ocorrer até mesmo quebras de contratos. Isto pode fazer com que o milho brasileiro venha a perder espaço no mercado internacional no segundo semestre, além do reflexo das rupturas contratuais sobre as exportações no médio prazo. Há também a expectativa de importações de milho “barato” dos Estados Unidos e da Argentina.

 

Por fim, analisando o conjunto da obra, apesar de as notícias de quebra de safra impulsionarem ainda mais o aumento dos preços do milho no presente momento, também se tem aventado a possibilidade de melhoria da oferta doméstica do cereal, com as quebras de contratos de exportação. Em outras palavras, o próprio cenário adverso está viabilizando a futura diminuição dos preços do milho. É justamente isso que se espera das forças de mercado quando se advoga a sua eficiência. Não existe lado negro, há somente a lógica do mercado de estímulos e desestímulos frente a determinadas condições de oferta e demanda. O problema climático não foi uma apunhalada, pois em situações com incertezas os problemas em algum momento acontecem. Além disso, as condições meteorológicas nunca foram conhecidas como fiéis correligionários, cabendo ao produtor se precaver.

Por: Rubens Augusto de Miranda – Pesquisador da área de economia agrícola da Embrapa Milho e Sorgo.

Fonte: CEEMA