As cotações do milho em Chicago, acompanhando o comportamento da soja, igualmente recuaram um pouco nesta primeira semana de novembro, fechando a quinta-feira (06) em US$ 3,71/bushel, após US$ 3,64 no dia 04/11 e US$ 3,74 uma semana antes. A média de outubro ficou em US$ 3,49/bushel, após US$ 3,35 em setembro.
Na prática, o clima voltou a melhorar nas regiões de colheita nos EUA e a mesma avançou, tendo chegado a 65% da área total no dia 02/11. Embora ainda abaixo dos 71% do ano anterior, nesta época, nota-se que a mesma caminha normalmente para o seu término, especialmente com a melhoria climática.
Dito isso, até o final da colheita a volatilidade será grande, pois o clima igualmente está na ponta dos interesses brasileiros nesse momento de plantio da safra de verão. Nesse sentido, ajudou a acalmar o mercado o retorno das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste brasileiros durante a semana. Pelo sim ou pelo não, o fato é que ainda há bastante milho para ser colhido nos EUA.
Vale ainda lembrar que o mercado termina a semana se posicionando em relação ao relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 10/11. O mesmo deverá confirmar uma safra recorde nos EUA, com recuperação importante dos estoques finais para 2014/15.
Desta maneira, no curto e médio prazo o viés ainda é de baixa para o milho em Chicago e, talvez, parcialmente no Brasil.
A tonelada FOB na Argentina e no Paraguai se manteve relativamente estável, com respectivamente US$ 177,00 e US$ 132,50.
Paralelamente, no mercado brasileiro os preços do milho continuaram estáveis, com o balcão gaúcho fechando a semana na média de R$ 22,62/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 25,00 e R$ 25,50/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes giraram entre R$ 13,80/saco em Sorriso (MT) e R$ 25,00/saco nas regiões consumidoras de Santa Catarina.
Em termos gerais a desvalorização do Real levou a um aumento nos preços nos portos nacionais que embarcam milho. Todavia, os prêmios brasileiros ainda estão acima dos prêmios praticados no Golfo do México (EUA).
Ao mesmo tempo, no mercado do Centro-Sul nacional, o retorno das chuvas no Sudeste e regiões do Centro-Oeste igualmente acalmaram o mercado, podendo levar a um aumento da oferta do milho safrinha estocado. Por outro lado, se as chuvas não forem suficientes os produtores paulistas, em particular, poderão continuar com a estratégia de segurar o milho visando um aumento de preços local.
Enfim, o mês de outubro conseguiu fechar com exportações de 3,19 milhões de toneladas de milho, ficando dentro do esperado. Isso oferece igualmente sustentação aos preços nacionais.
A semana terminou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 37,02/saco para o produto dos EUA e R$ 34,48/saco para o produto argentino, ambos para novembro. Já para dezembro, o produto argentino ficou em R$ 35,99/saco. Quanto à exportação, o transferido via Paranaguá registrou os seguintes valores; R$ 26,03/saco para novembro; R$ 25,74 para dezembro; R$ 26,22 para janeiro; R$ 26,60 para fevereiro; R$ 26,54 para março; R$ 26,04 para maior; R$ 27,46 para setembro; e R$ 28,27/saco para outubro.
Fonte: CEEMA