As cotações da soja em Chicago trabalharam mais elevadas nesta semana, com alguns dias acima dos US$ 13,00/bushel para o primeiro mês cotado. O fechamento desta quinta-feira (24) ficou em US$ 13,09/bushel. Já para maio/14 o fechamento registrou US$ 12,82/bushel.
Após o anúncio oficial de que o relatório de oferta e demanda do USDA, de outubro, não sairá mais, o mercado passou a esperar o que virá em novembro, mais precisamente no dia 08/11.
Por outro lado, as demais estatísticas voltaram a ser divulgadas. Assim, até o dia 20/10 a área colhida com soja nos EUA indicava 63%, contra 69% na média histórica. Das lavouras ainda a serem colhidas, 57% estavam entre boas a excelentes, 29% regulares e apenas 14% entre ruins a muito ruins. Isso permite esperar um volume final nos EUA mais expressivo do que as últimas estimativas oficiais, que giravam em torno de 85,7 milhões de toneladas.
Já as inspeções de exportação da soja estadunidense atingiram a 1,6 milhão de toneladas na semana encerrada em 17/10. Na semana anterior o volume havia sido de 1,3 milhão e no ano passado, na mesma semana, 1,78 milhão de toneladas. No acumulado do ano comercial, iniciado em 1º de setembro, as inspeções chegam a 4,7 milhões de toneladas, contra 6,7 milhões em igual momento do ano anterior.
Por sua vez, na Argentina, a área semeada deve mesmo ultrapassar um pouco as 20,6 milhões de hectares, contra 18,67 milhões do ano anterior, o que significa um acréscimo superior a 10%.
Enquanto isso, o prêmio nos portos brasileiros, para novembro, gira entre US$ 2,65 e US$ 3,50/bushel. Paranaguá, para maio, registra valores entre 5 e 8 centavos por bushel, o que demonstra a forte tendência de recuo nos mesmos para o momento de nosso colheita. No Golfo do México, nos EUA, o mesmo variou entre US$ 1,01 e US$ 1,03/bushel e em Rosário (Argentina) entre US$ 1,50 e US$ 2,50/bushel. Ambos igualmente para novembro.
Paralelamente, no Brasil, os preços da soja se mantiveram firmes, na medida em que o câmbio se estabilizou ao redor de R$ 2,18 por dólar e Chicago melhorou um pouco. O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 65,79/saco, enquanto os lotes fecharam entre R$ 75,00 e R$ 76,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 61,00/saco em Sapezal (MT) e R$ 75,00/saco no Paraná.
O plantio brasileiro de soja atingiu a 18% da área esperada, até o dia 18/10. O Paraná tinha 39% da área semeada, o Mato Grosso 26%, Mato Grosso do Sul 32%, Goiás 10%, São Paulo 9% e Minas Gerais 7%.
Nesse contexto de área, em havendo clima normal, Safras & Mercado já projeta uma safra brasileira ao redor de 89,5 milhões de toneladas, com aumento de 9% sobre o colhido no ano anterior. Ou seja, a tendência permanece sendo de baixa nos preços.
O Brasil deverá semear 29,2 milhões de hectares, com aumento de 5% sobre o ano anterior. O rendimento médio está projetado para 3.050 quilos/hectare. O Mato Grosso deverá continuar liderando a produção mundial, com estimativa de safra em 26,2 milhões de toneladas, representando um crescimento de 11% sobre o ano anterior. Já a produção do Paraná deverá atingir a 16 milhões de toneladas e a do Rio Grande do Sul 12,6 milhões de toneladas.
Em termos de preços futuros, os mesmos ficaram nos mesmos níveis dos relacionados na semana anterior, permanecendo mais interessantes do que as projeções de preços para o momento da colheita (janeiro a maio). Assim, no interior gaúcho o preço futuro ficou em R$ 60,50/saco. O Paraná registrou US$ 28,00/saco (R$ 61,04/saco), o Mato Grosso US$ 22,30 (R$ 48,61/saco), o Mato Grosso do Sul R$ 68,00, em Goiás US$ 22,00 (R$ 48,00), em Minas Gerais R$ 62,20/saco para março, e enfim a região de Mapitoba registrou respectivamente US$ 23,30/saco (R$ 50,79) na Bahia, R$ 52,20/saco no Maranhão, R$ 55,10 no Piauí e R$ 51,40/saco para Tocantins.
Enfim, na BM&F o contrato novembro fechou a semana em US$ 34,21/saco, março US$ 29,59 e maio US$ 27,45.
Fonte: CEEMA