As cotações do milho em Chicago, após se aproximarem dos US$ 4,00/bushel durante a semana, acabaram fechando o dia 05/05 em US$ 3,71. A média de abril ficou em US$ 3,72/bushel, contra US$ 3,63 em março.
O mercado espera o relatório de oferta e demanda deste dia 10/05 para assumir uma posição mais concreta em relação à safra nova.
Até o momento o clima está normal nas regiões produtoras de milho e soja nos EUA, sendo que a semeadura do cereal alcançou a 45% da área no dia 1º de maio. Porém, ainda haveria tempo para o produtor estadunidense mudar de estratégia, optando mais pela soja do que milho diante da reação dos preços da oleaginosa.
Por sua vez, há boa demanda externa pelo milho dos EUA na medida em que o Brasil e a Argentina estão pouco presentes no mercado exportador nesse momento. As vendas líquidas de milho, por parte dos EUA, atingiram a 2,16 milhões de toneladas na semana encerrada em 21/04, estabelecendo um recorde para o período.
Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB para exportação ficou em US$ 175,00 e US$ 172,50 respectivamente. Nota-se o forte aumento dos preços do produto paraguaio nestas últimas semanas.
No Brasil, os preços do cereal continuaram firmes, com o balcão gaúcho fechando a semana em R$ 43,32/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 54,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 38,00/saco em Campo Novo do Parecis e Sapezal (MT), e R$ 56,00/saco em Concórdia, Chapecó e Videira (SC).
A crise de abastecimento de milho continuou durante todo o mês de abril, havendo grandes preocupações em relação a continuidade deste problema devido à quebra da safrinha pela seca no Centro-Oeste e alguma geada ocorrida no final de abril no Paraná. Nesse último caso o fenômeno teria sido relativamente fraco, não provocando grandes estragos.
Com isso, na BM&F o mês de setembro passou a testar níveis de preços ao redor de R$ 41,00/saco, enquanto as tradings, se desejarem retomar os negócios de exportação, terão que aumentar os prêmios no porto (cf. Safras & Mercado).
Com uma quebra calculada, por enquanto, superior a 5 milhões de toneladas na safrinha brasileira, a produção total de milho em 2016 está agora estimada em 82,5 milhões de toneladas no país.
Por outro lado, as exportações de milho em abril ficaram em apenas 367.600 toneladas segundo o governo brasileiro.
A semana terminou com ofertas de milho safrinha, para julho, em São Paulo, a R$ 44,00/R$ 45,00 por saco, mais ICMS, sendo a origem do produto o Mato Grosso. O porto de Santos, por sua vez, indicou R$ 35,50/saco para agosto e setembro. Em Goiás, forte produtor de milho safrinha, o mercado está parado, havendo dúvidas quanto ao real tamanho da safrinha (cf. Safras & Mercado).
Fonte: CEEMA
Gráfico do MILHO na CBOT (U$/bu) – Vencimento Set/16
Gráfico do MILHO na BM&F (R$/saca) – Vencimento Set/16