As cotações do trigo pouco se alteraram nesta semana fechando a quinta-feira (19) em US$ 5,27/bushel em Chicago.
As vendas líquidas dos EUA alcançaram, para 2014/15, um total de 409.300 toneladas de trigo na semana encerrada em 05/02. Esse volume ficou 3% abaixo da média das quatro semanas anteriores. Para o ano 2015/16 o volume exportado somou 9.500 toneladas.
Por sua vez, as inspeções de exportação de trigo dos EUA, na semana encerrada em 12/02, somaram 401.937 toneladas. No acumulado do ano comercial iniciado em 1º de junho o volume soma 15,9 milhões de toneladas, contra 22,8 milhões em igual período do ano anterior.
Enquanto isso, na Argentina os preços do trigo da nova safra, nos portos de embarque, oscilaram entre US$ 230,00 e US$ 251,00/tonelada, praticamente não se alterando em relação à semana anterior. Ao câmbio atual, a paridade de importação no interior do Paraná se manteve em R$ 801,00/tonelada e R$ 752,00/tonelada no interior gaúcho. Já o trigo duro dos EUA está chegando CIF moinhos paulistas a R$ 1.051,00/tonelada, deixando a paridade de importação em R$ 942,00/tonelada no interior do Paraná e R$ 893,00/tonelada no interior do Rio Grande do Sul.
No mercado brasileiro, a média semanal gaúcha, no balcão, ficou em R$ 25,54/saco para o produto de qualidade superior. Os lotes fecharam a semana em R$ 510,00/tonelada ou R$ 30,60/saco. No Paraná, os lotes ficaram entre R$ 560,00 e R$ 590,00/tonelada ou R$ 33,60 e R$ 35,40/saco.
Com o câmbio se mantendo acima de R$ 2,80 no Brasil, a importação continua bastante cara. Tudo indica que, passada a pressão de logística motivada pela colheita de verão, os preços do trigo subirão um pouco, particularmente o produto de qualidade. Por enquanto, os moinhos estão abastecidos enquanto muitos produtores estão vendendo o trigo para abrir espaço nos silos para o milho e a soja.
Dito isso, chegamos a meados de fevereiro de 2015 e a média de preços da tonelada de trigo ao produtor no Paraná está 25,9% abaixo do valor obtido na mesma época do ano passado. Já no Rio Grande do Sul a perda é de 7,96%. (Cf. Safras & Mercado)
Em termos da safra 2015, não se espera grandes elevações de preços, mesmo a Conab projetando um volume menor do que o de 2014. Na prática, espera-se um volume, em clima normal de 5,9 milhões de toneladas de trigo, mesmo que o Paraná venha semear uma área um pouco maior em detrimento do milho safrinha. Ou seja, os preços do trigo somente melhorariam, no atual cenário mundial e nacional, se houver alguma quebra mais significativa na produção brasileira ou se a desvalorização do Real aumentar para além do que já ocorreu.
Fonte: CEEMA