As cotações do milho em Chicago igualmente recuaram durante parte da semana, chegando a bater em US$ 3,37/bushel no dia 12/10. Posteriormente, como reflexo de alguns números procedentes do relatório do USDA do dia 12, assim como de ajustes técnicos, o fechamento desta quinta-feira (13) chegou a US$ 3,49/bushel, praticamente igualando o valor verificado uma semana antes.
O relatório do USDA, divulgado neste dia 12/10, indicou uma safra um pouco menor nos EUA, para este ano 2016/17, com o volume final ficando agora em 382,5 milhões de toneladas. Já os estoques finais estadunidenses foram reduzidos de 60,5 milhões para 58,9 milhões de toneladas. Com isso, o patamar de preços médios aos produtores locais, para o corrente ano comercial, foi elevado para valores entre US$ 2,95 e US$ 3,55/bushel. Em termos mundiais, a produção total fica agora em 1,026 bilhão de toneladas, enquanto os estoques finais ficam em 216,8 milhões de toneladas. O Brasil deverá produzir 83,5 milhões e a Argentina 36,5 milhões de toneladas do cereal. As exportações brasileiras de milho estão projetadas em 25,5 milhões de toneladas para 2016/17.
Dito isso, a colheita nos EUA continua avançando, chegando em 09/10 a um total de 35% da área, contra 38% na média histórica.
Ao mesmo tempo, o milho estadunidense continua competitivo e muito demandado no mercado mundial, fato que sustenta nos atuais níveis as cotações.
Na Argentina, a tonelada para exportação fechou a semana em US$ 173,00, enquanto no Paraguai a mesma ficou em US$ 147,50.
No mercado brasileiro os preços pouco se alteraram. O saco no balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 40,89, enquanto os lotes permaneceram entre R$ 48,00 e R$ 49,00. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 27,00/saco em Campo Novo do Parecis e Sapezal (MT) e R$ 49,00/saco nas regiões catarinenses de Videira e Concórdia.
A principal notícia, ainda do final da semana anterior, veio da aprovação pela CTNBio da importação de algumas variedades transgênicas oriundas dos EUA. No entanto, analistas privados apontam que a necessidade de segregação continua no Brasil e que o custo para trazer o cereal dos EUA continua muito alto em razão desta logística. Mesmo assim, alguns compradores passaram a fazer cálculos visando incrementar as compras daquele país da América do Norte. Por enquanto, ainda não haveria previsão de data, volume e mesmo custo destas importações (cf. Safras & Mercado).
Houve algum movimento mais expressivo no mercado interno brasileiro, com os negócios fluindo melhor na semana. O referencial Campinas atingiu a R$ 44,00/R$ 44,50 por saco, enquanto a região Sorocabana trabalhou com valores ao redor de R$ 40,00 a R$ 41,00/saco no disponível.
As exportações brasileiras de milho, nos primeiros cinco dias úteis de outubro atingiram a 515.400 toneladas, a um preço médio de US$ 174,80/tonelada, o que equivale, ao câmbio médio desta semana, a R$ 33,56/saco.
O mercado fecha a semana especulando sobre o quanto de estoques existe em mãos dos consumidores nacionais e com a certeza de que os preços de compra nos portos brasileiros ainda continuam abaixo do mercado interno, reduzindo o interesse de venda para exportação.
Enfim, o plantio da atual safra de verão brasileira chegou a 38% da área esperada no Centro-Sul nacional até o dia 07/10. O Rio Grande do Sul atingia a 70% nesta data, enquanto Santa Catarina e Paraná chegavam respectivamente a 44% e 58%. Por sua vez, São Paulo atingia a 23%, Minas Gerais 12%, Mato Grosso do Sul 7% e Goiás/DF 1% (cf. Safras & Mercado).