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Volatilidade no câmbio e nas commodities: o risco das empresas
Por: Marcos Archina Weigt
Com o aumento da volatilidade do dólar e das commodities e com a incerteza quanto à sustentabilidade da política econômica no Brasil em face da possibilidade de menor liquidez no mercado americano, as empresas voltam a preocupar-se com custos e receitas atrelados a essas variáveis e à gestão do seu risco de mercado. O risco de mercado é ligado a perdas causadas pela oscilação de preços das commodities, das taxas de juro e câmbio.
Nesse momento aparecem dúvidas, como: estamos avaliando corretamente todos os fatores que nos trazem risco de mercado? Devemos fazer hedge dos nossos ativos, passivos, receitas e despesas em outras moedas ou atrelados à variação das commodities? Existe hedge natural para a nossa dívida em outras moedas? Os controles existentes são robustos e suficientes? Os gestores estão cientes do potencial de perdas que os riscos apresentam?
Essa preocupação é válida, tendo em vista que o risco de mercado pode levar a empresa rapidamente à insolvência. No Brasil e no mundo há bons exemplos de como uma gestão equivocada do risco de mercado compromete a solidez das empresas.
Pode-se garantir, nesse caso, que o maior risco é o que a empresa não conhece. Portanto, a primeira providência a tomar é a de conhecer os fatores que trazem risco de mercado para ela. Como exemplos desse risco têm-se a compra, venda e fixação do preço de commodities, o fechamento de câmbio, o embarque de mercadorias, os contratos a termo, contratação de empréstimos etc.
Conhecidos os fatores de risco e tendo em conta os objetivos estratégicos e as expectativas de retorno, cabe entender se a empresa deseja ficar exposta ao risco cambial e à possibilidade de variação de preços das commodities.
Se a decisão da empresa for assumir um risco direcional, a gestão e o controle de riscos precisam ser muito robustos, em condições de garantir que os gestores, acionistas e conselheiros conheçam exatamente o potencial de perda no caso de um movimento de preços de mercado contrário às posições assumidas.
Nesse sentido, planejamento é a palavra-chave. Todos precisam saber exatamente o que fazer se ocorrerem perdas. É indispensável estabelecer limites de perda máxima de acordo com o “apetite de risco”, encerrando as posições se o limite for atingido.
A pergunta no caso é se a empresa dispõe de diferenciais competitivos para assumir esse tipo de risco.
Para as empresas que têm a política de trabalhar minimizando o risco com operações de hedge, a gestão e os controles de risco não precisam ser tão sofisticados. Mesmo assim, porém, precisam existir, pois garantem que todos os fatores de risco estejam contemplados e que os melhores instrumentos derivativos sejam escolhidos para assegurar a efetividade do hedge.
Dado que o custo de capital exigido pelos acionistas depende do risco incorrido, é importante que os resultados decorrentes das atividades-fim da empresa (recorrentes) sejam segregados dos resultados originados por risco de mercado e do hedge, pois os acionistas e investidores vão exigir maior retorno de uma empresa que assume maior risco.
A volatilidade de preços também tem influência no risco de crédito. Nas empresas ligadas ao
agronegócio, a volatilidade nos preços de commodities e de câmbio pode afetar o risco de crédito dos seus fornecedores, normalmente produtores rurais que são financiados por elas.
O risco de crédito pode ser mapeado e modelado de acordo com as características dos devedores, com a sua concentração e o setor de atuação. É aconselhável criar, por exemplo, cenários para a produção de grãos em determinada região, assim indicando o potencial de impacto de uma quebra de safra sobre a solidez dos clientes.
Esses fatores contribuem para alterar o custo da dívida. Nos países desenvolvidos é prática comum uma grande transparência e abertura no que se refere aos fatores de risco, às operações derivativas e aos controles aos bancos parceiros. Dessa maneira as empresas que têm controles e governança robustos conseguem muitas vezes uma redução no custo do crédito.
Isso ainda não é frequente no Brasil, mas percebe-se que os bancos e investidores estão demandando a adoção sempre maior das melhores práticas na área. Com certeza as empresas vão perceber que, mais que uma exigência burocrática, a transparência e a boa gestão de riscos trazem um extraordinário ganho na gestão e no entendimento do negócio.
O povo continua sendo ludibriado
A crise do mundo emergente
Justiça nega recurso e Telexfree continua proibida de operar
Justiça nega recurso e Telexfree continua proibida de operar.
Meu comentário: Esse modelo é utilizado em várias versões pelo Brasil, inclusive sob a forma disfarçada de “Compra Premiada” – FICA ATENTO MEU POVO !!!
Veja a íntegra em http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/07/08/telexfree-continua-suspensa-apos-justica-negar-recurso.htm
Outros exemplos:
Caso 1) http://www.dgabc.com.br/Noticia/262471/fazenda-alerta-sobre-golpes-da-compra-premiada-
Caso 4) http://www.fraudes.org/clipread.asp?CdClip=3637
Caso 5) http://www.bodeassado.com.br/noticia.php?id=864
Empresas de alimentos no exterior são alvo dos chineses
É o maior negócio, em mais de uma década, de uma empresa chinesa para abocanhar uma companhia alimentícia no exterior. Outras aquisições incluem a compra da produtora de açúcar australiana Tully Sugar Ltd. pela estatal chinesa Cofco Corp., por cerca de US$ 140 milhões, no ano passado, e a compra da Manassen Foods Australia Pty. Ltd. pela Bright Food (Group) Co., de Xangai, em 2011, pelo valor estimado de US$ 522 milhões, incluindo dívidas. A Bright Food informou em 2012 que iria adquirir o controle da fabricante de cereais britânica Weetabix Food Co.
As compras fazem parte de um esforço amplo do governo chinês de assegurar o fornecimento de matérias-primas para a sua economia em rápido crescimento. As companhias estatais fecharam em anos recentes grandes negócios nas áreas de energia e mineração. Mas muitos dos investimentos no segmento de alimentos foram de menor porte.
A oferta da Shuanghui pela Smithfield, maior criadora de suínos e processadora de carne de porco do mundo, sinaliza que as aquisições vão ganhar importância e escala.
À medida que a China fica mais rica, proteínas relativamente mais caras passam a ter maior presença na dieta da população. O consumo de carne na China ainda precisa crescer cerca de 8% em relação ao nível do ano passado para alcançar o da Coreia do Sul, de acordo com a Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas, a FAO.
“Isso faz parte da ampla estratégia chinesa de investir o superávit em conta corrente em commodities estrategicamente importantes. E daqui para frente, mais aquisições internacionais são prováveis nos setores de carne e laticínios”, disse Paul Deane, economista sênior especializado em agricultura do Australia & New Zealand Banking Group Ltd.
O presidente do conselho da Cofco, Ning Gaoning, disse, em março, que a empresa busca oportunidades de investimento e aquisições nos EUA, Austrália e Brasil, sugerindo que, à medida que o paladar dos chineses for se tornando mais diversificado, a porta se abre para importações de produtos mais sofisticados.
A Austrália pode ser um destino preferido considerando os recursos naturais do país, disse Deane. Os investimentos chineses nos setores de alimentos e de agronegócios da Austrália e da Nova Zelândia somaram US$ 1,1 bilhão desde 1995, segundo a empresa de pesquisa Dealogic.
No Brasil, os investimentos chineses totais anunciados entre 2003 e 2011 somaram US$ 37,1 bilhões, mas apenas US$ 302,6 milhões foram para o segmento de alimentos e fumo, de acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O setor de carnes pode ser um grande alvo, disse Chenjun Pan, analista do Rabobank. O consumo de carne na China tem crescido sistematicamente e os preços mais do que dobraram desde 2007, disse ela. O Departamento de Agricultura dos EUA estima que as importações de carne pela China devem chegar ao recorde de 175.000 toneladas este ano. Dados da indústria mostram que a China importou cerca de 61.000 toneladas de carne em 2012.
Leite e outros produtos lácteos também são alvos lógicos para as aquisições chinesas, disse Li Guoxiang, pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Rural da Academia Chinesa de Ciências Sociais, que é financiado pelo governo.
“Se nós contarmos apenas com os recursos domésticos para desenvolver a indústria de criação de animais, a produção de grãos da China enfrentará desafios e haverá mais problemas sérios de poluição ambiental”, disse Li. Contar com recursos estrangeiros pode também atenuar as preocupações do governo em relação à escassez de alimentos, disse.
À medida que o aumento da riqueza se choca com uma série de escândalos sobre alimentos contaminados na China, potenciais compradores podem também adquirir fabricantes de alimentos processados de alta qualidade no exterior, incluindo azeite de oliva, carnes e produtos derivados do leite, como queijos e iogurtes, disse Pan. “O mercado doméstico não consegue convencer os consumidores de que a comida é segura, então há muito espaço para aquisições.”
Fonte: Wall Street Journal
Banco Central divulga seu Relatório de Estabilidade Financeira
O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) é uma publicação semestral do Banco Central do Brasil (BCB) destinada a apresentar, com foco no risco sistêmico, os principais resultados das análises sobre o Sistema Financeiro Nacional (SFN), especialmente com respeito à sua dinâmica recente, às perspectivas para os próximos anos e ao grau de resiliência a eventuais choques na economia brasileira ou no próprio sistema.
Acesse abaixo a íntegra do relatório e sua apresentação. Boa leitura.
http://www.bcb.gov.br/htms/estabilidade/2013_03/refP.pdf
http://www.bcb.gov.br/pec/appron/apres/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20REF201212%20v10.pdf
Portos terão capacidade esgotada dentro de dois anos, diz ministro
Brasília – O ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, reiterou hoje (26) que o objetivo da Medida Provisória (MP) 595, que estabelecerá as novas regras para o setor portuário, foi definido a partir de um diagnóstico de baixa eficiência logística no escoamento da produção e do breve esgotamento da capacidade instalada.
Segundo ele, até 2015, a capacidade dos portos brasileiros não dará mais conta da demanda, que vem evoluindo a cada ano. Projeta-se uma movimentação de 373 milhões de toneladas para daqui a dois anos, quando, hoje, os portos dispõem de capacidade instalada de 370 milhões de toneladas. Estudando a evolução da movimentação portuária, o governo estima que o déficit, em 2030, alcançará o montante de 487 milhões de toneladas.
Com a MP, a tentativa é, segundo o ministro, tornar os portos públicos, administrados pelo governo federal, mais competitivos, abrindo frentes de concessão de serviços portuários à iniciativa privada para, dessa forma, chegar a uma redução dos custos da atividade. Além disso, o objetivo é ter mais investimentos para o setor.
Números apresentados hoje (26) por Leônidas Cristino e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em conversa com jornalistas, mostram que cada contêiner movimentado no Porto de Santos tem o custo de US$ 360. Esse valor é 47% maior do que o do Porto de Roterdã, na Holanda. Em Hamburgo, na Alemanha, o custo da movimentação de cada contêiner é US$ 273, enquanto em Cingapura fica em US$ 197.
A fim de atrair o interesse de investidores privados no setor, o governo já vem aplicando recursos nos portos. Foram feitas obras emergenciais, como dragagens de aprofundamento em mais de 20 portos, para navios entrarem e saírem mais pesados, com 100% da capacidade, além da ampliação e sustentação de berços – locais onde os navios atracam. A expectativa é que o investimento público no setor alcance R$ 6,4 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões destinados à dragagem de aprofundamento dos canais e também de manutenção. O montante é complementar aos R$ 8,4 bilhões previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Depois de feita a dragagem, o governo promoverá a licitação e a empresa vencedora poderá explorar o terminal por dez anos. A manutenção ficará por conta do vencedor do processo de licitação.
De acordo com Gleisi Hoffmann, outro ponto a ser mudado com a MP é o excesso de instâncias deliberativas. “Nem sempre descentralizar é garantir eficiência. Nesse caso [dos portos], integrar é o melhor caminho”, disse a ministra. Agora, a responsabilidade pelos trâmites relativos à atividade portuário deixará de ser dos conselhos regionalizados da autoridade portuária (CAPs) e ficará a cargo da Secretaria Especial de Portos.
Do ponto de vista dos portuários, um dos pontos polêmicos da MP é a possibilidade de serem contratados pelos terminais privados trabalhadores não registrados ou cadastrados no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). Na vistão das lideranças sindicais, isso será prejudicial para a categoria, porque diminuirá os salários.
Apesar de garantir que a proposta não resultará em perdas para os trabalhadores, o governo acena com a possibilidade de dois novos benefícios, ainda em fase de estudos: a criação de um seguro, nos moldes do seguro-desemprego, para garantir uma renda mínima para os avulsos (trabalhadores contratados para eventuais empreitadas); além da possibilidade de uma aposentadoria diferenciada. Segundo Gleisi Hoffmann, ambas as questões estão em análise por técnicos do Ministério da Previdência e ainda não há previsão da conclusão dos estudos.
A MP 595 está no Senado para votação, onde foi instalada comissão especial para análise da matéria. Amanhã (27), será a primeira reunião da comissão, que definirá o cronograma dos trabalhos.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
Renda fixa..? Com a queda da SELIC, é preciso repensar a estratégia de investimentos!
Com a queda da taxa SELIC nos últimos meses, atualmente fixada pelo Banco Central em 7,25% ao ano (em Agosto/2011 a taxa era de 12,50% a.a.), os investimentos de renda fixa vem perdendo a guerra de rentabilidade para os investimentos de renda variável.
A alternativa tem sido a busca pelos mercados mais voláteis, e consequentemente de maior risco. Uma boa alternativa é o mercado de derivativos da BM&FBovespa, que é composto pelos Contratos Futuros. Acesse os links abaixo e conheça um pouco mais sobre estes contratos, dentre os quais destacam-se: Boi Gordo, Milho, Soja, Café, Etanol, Ouro e Dólar.
Para realizar operações neste mercado, entre em contato com a Cerrado Corretora de Mercadorias & Futuros, Fone (62)3095-1071, Site: http://www.cerradocorretora.com.br, E-mail: marsio@cerradocorretora.com.br.
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Regras para o IR 2013 estão no Diário Oficial; temporada começa em 1 de março
SÃO PAULO – A Receita Federal do Brasil publicou, na edição desta terça-feira (19) do DOU (Diário Oficial da União), a instrução normativa 1.333, que dispõe sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, referente ao exercício de 2013, ano-calendário de 2012.
A instrução trata, ainda, da obrigatoriedade de declaração, do desconto simplificado, dos prazos, multa, retificação, pagamento do imposto, entre outras orientações.
IR 2013
Segundo publicado no Diário Oficial, a declaração deve ser apresentada no período de 1º de março e 30 de abril de 2013. Assim como nos últimos anos, as declarações podem ser entregues até as 23h59min59seg da data limite.
Neste ano, está obrigado a declarar IR, o contribuinte pessoa física que, ao longo de 2012:
I – recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 24.556,65;
II – recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00;
III – obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
Atividade rural
Sobre aqueles que exerceram atividade rural, estão obrigados a declarar quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 122.783,25, e aqueles que pretendem compensar, no ano-calendário de 2012 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2012;
A Receita diz ainda que todos que, em 31 de dezembro, detinham a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 também devem declarar IR este ano.
Desconto simplificado e multa
A opção pelo desconto simplificado implica a substituição das deduções previstas na legislação tributária pelo desconto de 20% (vinte por cento) do valor dos rendimentos tributáveis na declaração, que este ano é limitado a R$ 14.542,60.
Quem não entregar a declaração no prazo ficará sujeito à multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido apurado, ainda que integralmente pago.
A multa tem como valor mínimo R$ 165,74 e como valor máximo 20% do imposto sobre a renda devido e aplica-se, inclusive, no caso de declaração de que não resulte imposto devido.
Fonte: Infomoney
Relatório FOCUS do BC – 15/02/2012
O banco Central divulgou hoje o relatório “FOCUS” referente ao dia 15/02/2013, e o cenário não é dos melhores. Ele traz novas expectativas de redução no crescimento da economia. Veja a íntegra, CLIQUE AQUI.