As cotações do milho em Chicago se recuperaram um pouco durante a semana, fechando o dia 13/11 em US$ 3,86/bushel, contra US$ 3,71 na semana anterior.
O relatório de oferta e demanda do USDA, anunciado no dia 10/11, manteve a tendência baixista, indicando o seguinte:
1) uma produção final nos EUA, para o ano 2014/15, em 366,07 milhões de toneladas, mantendo o recorde histórico apesar da pequena redução em relação ao indicado em outubro;
2) estoques finais estadunidenses, para 2014/15, em 51 milhões de toneladas;
3) patamar de preços aos produtores dos EUA, no atual ano comercial, entre US$ 3,20 e US$ 3,80/bushel (alta de 10 centavos em relação a outubro);
4) produção mundial de soja mantida em 990 milhões de toneladas;
5) estoques finais mundiais em 191,5 milhões de toneladas para o corrente ano comercial;
6) produção brasileira e argentina respectivamente em 23 e 75 milhões de toneladas;
7) exportações brasileiras de milho projetadas em 19,5 milhões de toneladas para 2014/15.
Ao mesmo tempo, o clima segue favorável para o término da colheita nos EUA, com 80% da área já cortada até o dia 09/11. Esse percentual está agora dentro da média histórica para o período.
Nesse contexto, assim como no caso da soja, as altas ocorridas em Chicago nas últimas semanas se mostram muito mais especulativas do que propriamente em razão dos fundamentos do mercado. Isso permite esperar novas baixas em Chicago até o final do ano, porém, o volume de escoamento da atual safra estadunidense definirá o quadro.
Na América do Sul, a tonelada FOB voltou a subir na Argentina e no Paraguai, fechando a semana em US$ 183,00 e US$ 135,00 respectivamente.
Enquanto isso, no Brasil, o mercado do milho se mostrou estável, com alguns preços de lotes subindo novamente diante das dificuldades de plantio da safra de verão no Centro-Oeste e Sudeste particularmente.
Além disso, a nova desvalorização do Real, vem auxiliando para as altas já que torna o produto brasileiro mais competitivo nos portos visando a exportação. Tanto é verdade que o mercado paulista voltou a registrar altas, enquanto as exportações, na primeira semana de novembro, chegaram a um volume de 696.300 toneladas.
Soma-se a isso igualmente o fato de o produtor do centro do país adotar a estratégia de não vender o produto da safrinha diante da estiagem que a região vem enfrentando. Assim, houve menor oferta do produto nestas últimas semanas, ajudando para que os preços se elevassem um pouco.
Assim, o mercado físico paulista voltou a subir durante a semana, sendo que o referencial Campinas atingiu a R$ 29,00/saco CIF. Desta maneira, o clima continua sendo o fator chave na definição do comportamento dos preços do milho brasileiro até o final do ano. (cf. Safras & Mercado)
A semana terminou com a média gaúcha no balcão valendo R$ 22,90/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 25,00 e R$ 25,50/saco. Já nas demais praças nacionais, os lotes oscilaram entre R$ 14,00/saco no Nortão do Mato Grosso e R$ 25,00/saco nas regiões oeste e centro de Santa Catarina.
Enfim, a importação, no CIF indústrias brasileiras, chegou a R$ 38,19/saco para o produto oriundo dos EUA e R$ 35,89/saco para o produto da Argentina, ambos para novembro. Já o produto argentino para dezembro ficou em R$ 37,42/saco. Paralelamente, na exportação, o transferido via Paranaguá fechou a semana com os seguintes valores: R$ 28,02/saco para novembro; R$ 28,00 para dezembro; R$ 28,29 para janeiro; R$ 28,96 para fevereiro; R$ 28,91 para março; R$ 28,94 para maio; R$ 29,55 para setembro; e R$ 30,47/saco para outubro. (cf. Safras & Mercado)
Fonte: Ceema