As cotações da soja em Chicago voltaram a recuar nesta última semana de setembro. O fechamento desta quinta-feira (29) ficou em US$ 9,50/bushel, contra US$ 9,76 uma semana antes. Na véspera, dia 28/09, o bushel chegou mesmo a cair para US$ 9,45.
A pressão de uma colheita normal nos EUA, desenhando uma safra recorde, começa a pesar ainda mais sobre o mercado neste final de mês.
Até o dia 25/09 a colheita da soja nos EUA chegava a 10% da área, contra 13% na média histórica para esta época do ano. Nesse momento os produtores locais estão apontando produtividades excepcionais em suas lavouras já colhidas.
Paralelamente, as condições das lavouras nos 90% que restavam a colher continuavam apresentando 73% entre boas a excelentes e apenas 7% entre ruins a muito ruins.
Essa realidade oferta não permite recuperação dos preços em Chicago. Mesmo que as exportações continuem caminhando normalmente. As vendas líquidas dos EUA ao exterior, na semana encerrada em 15/09, somaram 875.700 toneladas para este ano 2016/17, iniciado em 1º de setembro. A China foi o maior comprador com 409.900 toneladas. O mercado esperava um volume entre 800.000 e 1,3 milhão de toneladas.
Por sua vez, as inspeções de exportação, na semana encerrada em 22/09, alcançaram a 383.953 toneladas, acumulando no atual ano comercial iniciado em 1º de setembro um total de 2,29 milhões de toneladas, contra 1,44 milhão no mesmo período do ano anterior.
Já na Argentina se espera o plantio de 20,6 milhões de hectares de soja para 2016/17, com um aumento de 4,1% sobre o ano anterior.
Aqui no Brasil, onde o câmbio se manteve entre R$ 3,20 e R$ 3,25 por dólar em boa parte da semana, os preços recuaram no balcão num contexto de mercado que continua muito travado. No Rio Grande do Sul tal preço ficou em R$ 69,32/saco na média semanal, enquanto os lotes registraram R$ 75,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes ficaram entre R$ 72,00 e R$ 74,00/saco no Piauí e Tocantins, R$ 71,00/saco em Sapezal (MT) e R$ 77,50/saco em Cascavel (PR).