As cotações do milho em Chicago, nesta curta semana de feriados, oscilaram bem menos do que a soja. O fechamento da quinta-feira (19) ficou em US$ 3,89/bushel.
As exportações semanais nos EUA, na semana anterior, chegaram a um milhão de toneladas do cereal, dando o indicativo de que estariam se deslocando do Brasil para a Argentina e o país norte-americano.
O fator que irá balizar o comportamento das cotações do milho logo mais será a intenção de plantio da nova safra estadunidense, prevista para 31/03. Por enquanto, continua havendo o sentimento de que os produtores locais irão semear mais soja do que milho neste ano de 2015, repetindo o comportamento do ano anterior. Caso isso venha a se confirmar, pode ocorrer uma valorização do bushel de milho a partir de abril, dependendo do percentual indicado.
No mercado sul-americano a tonelada FOB praticamente se manteve, com a Argentina cotando a mesma em US$ 181,00 e o em Paraguai US$ 136,50.
Aqui no Brasil o mercado do cereal, em plena colheita de verão, se mostra relativamente estagnado. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 23,33/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 24,00 e R$ 25,00/saco. Nas demais praças brasileiras, os lotes giraram entre R$ 16,00/saco em Sapezal e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 26,70/saco em Videira (SC).
No geral, o mercado brasileiro, tendo como reflexo a BM&F vai perdendo fôlego com a entrada da safra de verão. Além disso, o retorno de boas chuvas no Sudeste e Centro-Oeste do país favorece o plantio da safrinha. Assim, os preços do milho nacional também estão muito mais sustentados pelo câmbio do que por outro fator.
Especificamente no mercado paulista espera-se um pouco mais de sustentação nos preços, já que a elevação dos custos do frete e a própria oferta de outros Estados começam a ficar limitadas.
No Mato Grosso, como a colheita da soja avançou bem, apesar do retorno das chuvas, a safrinha de milho já pode ser semeada em mais de 50% da área esperada. (cf. Safras & Mercado)
Enfim, na importação, o CIF indústrias brasileiras ficou em R$ 40,19/saco para o produto dos EUA e R$ 39,32/saco para o produto da Argentina, ambos para fevereiro. Já para março o produto argentino ficou em R$ 40,86/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá registrou os seguintes valores: R$ 29,42/saco para fevereiro; R$ 29,33 para março; R$ 29,50 para abril; R$ 30,03 para maio; R$ 30,12 para julho; R$ 30,04 para agosto e setembro; e R$ 30,61/saco para novembro. (Cf. Safras & Mercado)
Fonte: CEEMA