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Análise Semanal do Mercado de Milho – 26/02/2016

MilhoAs cotações do milho em Chicago igualmente recuaram um pouco, fechando a quinta-feira (25) em US$ 3,55/bushel, contra US$ 3,65 uma semana antes.

As vendas líquidas de milho por parte dos EUA foram positivas na semana encerrada em 11/02, com um volume de 1,05 milhão de toneladas, sendo 20% acima da média das quatro semanas anteriores. Para 2016/17 o volume vendido foi de 247.200 toneladas. Mesmo assim, o mercado pouco reagiu ao fato.

Pesou para isso o fato de que analistas privados estejam antecipando aumento na futura área semeada de milho e soja nos EUA, em detrimento do trigo. Para o milho a indicação é de 36,3 milhões de hectares e para a soja 33,7 milhões. Nos dois casos, se confirmados, áreas que provocariam novas baixas em Chicago. O relatório de intenção de plantio, no próximo dia 31/03, é o que dará o tom quanto ao plantio naquele país, embora os números do Fórum Outlook Anual, previstos para este final de semana, possam mexer com o mercado no curto prazo.

Em contraponto a essa notícia baixista, a tendência de produção na Argentina é de 25 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, para uma área semeada 9% menor do que o ano anterior (3,3 milhões de hectares). A produção no ano passado foi de 28 milhões de toneladas.

Quanto aos atuais preços do milho, na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB para exportação ficou em US$ 165,00 e US$ 140,00 respectivamente.

Aqui no Brasil o mercado continua firme, com negócios bastante travados já que o foco principal, no momento, é o escoamento da soja. O frete já está subindo, complicando ainda mais o quadro. O referencial Campinas permaneceu cotado entre R$ 45,00 e 45,50/saco, no disponível, enquanto a média no balcão gaúcho fechou a semana em R$ 36,28/saco. Nos lotes, a semana fechou entre R$ 41,50 e R$ 42,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 28,00/saco em Campo Novo do Parecis e Sapezal (MT), e R$ 42,50/saco em Concórdia e Videira (SC). Na região mineira de Itahandu o saco chegou a R$ 44,00.

Atualmente, muitos compradores paulistas se deparam com estoques enxutos. A indicação de oferta na Sorocabana seguiu entre R$ 40,00 e R$ 41,00/saco. (cf. Safras & Mercado)
Ao mesmo tempo, os embarques de milho em fevereiro, até o dia 20, teriam chegado a 4,42 milhões de toneladas segundo a SECEX, o que continua pressionando para cima os preços internos brasileiros.

Os leilões oficiais de milho neste dia 24/02 negociaram apenas 25,5% da oferta, ou seja, 38.198 toneladas. Um novo leilão está marcado para o dia 02/03.

Em síntese, o mercado brasileiro não está esperando queda importante de preços do milho antes da safrinha, que será colhida apenas em agosto/setembro. Nesse sentido, vale destacar que no Sudoeste de Goiás houve alguns indicativos de negócios com milho safrinha entre R$ 24,00 e R$ 25,00 por saco.

A semana terminou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 51,20/saco para o produto dos EUA e R$ 50,15/saco para o produto da Argentina, ambos para fevereiro. Já o produto argentino, para março, ficou em R$ 52,31/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores: R$ 42,69/saco para fevereiro; R$ 42,13 para março; R$ 40,33 para abril; R$ 40,82 para maio; R$ 37,08 para julho; R$ 36,17 para agosto; R$ 36,06 para setembro; e R$ 37,08/saco para outubro. (cf. Safras & Mercado).

Gráfico do MILHO na CBOT – Vencimento Maio/2016https://www.tradingview.com/x/FBHUIuiI/

Gráfico do MILHO na BM&F – Vencimento Maio/2016https://www.tradingview.com/x/EQYUpLw0/

Fonte: CEEMA