As cotações do milho em Chicago baixaram um pouco na semana, fechando o dia 19/03 em US$ 3,73/bushel, contra US$ 3,82 na semana anterior.
Também aqui as exportações estadunidenses influenciaram o mercado já que as mesmas ficaram abaixo das expectativas do mercado. O volume na semana anterior atingiu a 514.400 toneladas, enquanto o mercado esperava volume entre 600.000 e 1,2 milhão de toneladas.
Nem mesmo a possibilidade de uma redução de área semeada a ser anunciada no relatório de intenção de plantio, no próximo dia 31/03, tem alterado o quadro do milho em Chicago.
Soma-se a isso um dólar mais forte no cenário mundial, assim como preços do petróleo enfraquecidos, fato que compromete a competitividade do etanol de milho. Por sua vez, previsões de chuvas no Meio-Oeste estadunidense, para os próximos 15 dias, permite esperar uma situação positiva para o início do plantio do cereal nos EUA, mesmo que haja algumas preocupações com o excesso de umidade em algumas regiões produtoras daquele país.
Para piorar o quadro, o milho dos Estados Unidos tem se tornado menos popular entre compradores chineses desde que os fornecedores estadunidenses passaram a pedir que os chineses arcassem com os custos do risco potencial de importações de cereal transgênico. (cf. Safras & Mercado)
Enquanto isso, na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB fechou a semana em recuo, valendo US$ 166,00 e US$ 130,00, respectivamente.
Aqui no Brasil, a média gaúcha no balcão ficou em R$ 23,40/saco, enquanto os lotes fecharam a semana entre R$ 27,00 e R$ 27,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes ficaram entre R$ 16,50/saco em Sapezal (MT) e R$ 28,50/saco no centro e oeste de Santa Catarina.
Nesse momento a paridade cambial segue como principal ponto de sustentação dos preços no mercado interno. O foco da comercialização permanece na soja, por conta disso poucos negócios referentes a milho foram realizados. (cf. Safras & Mercado)
Os embarques de milho em março somam 345.300 toneladas nesse momento.
A semana terminou com a BM&F indicando que o contrato setembro ainda está abaixo das indicações no porto de Santos, que segue com valores para o milho safrinha, em setembro, entre R$ 31,00 e R$ 31,50/saco.
Enfim, as importações brasileiras, no CIF indústrias nacionais, registraram R$ 45,32/saco para o produto dos EUA e R$ 41,71/saco para o produto da Argentina, ambos para março. Já o produto argentino, para abril, ficou em R$ 43,66/saco. Já na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores: R$ 29,49/saco para março; R$ 29,49 para abril; R$ 29,98 para maio; R$ 30,08 para julho; R$ 30,00 para agosto e setembro; R$ 30,70/saco para novembro e dezembro.
Fonte: CEEMA