As cotações do trigo em Chicago se recuperaram um pouco durante a semana, fechando o dia 08/09 (quinta-feira) em US$ 3,77/bushel, após US$ 3,68 uma semana antes.
Nesta semana mais curta, devido aos diferentes feriados nos EUA (05/09, Dia do Trabalho) e no Brasil (07/09, Dia da Independência), tivemos poucas notícias importantes.
O mercado estadunidense está preocupado com o recuo na demanda do Egito, maior importador mundial de trigo. Mesmo assim, as compras gerais do cereal melhoraram um pouco durante a semana, fato que deu o pequeno suporte às cotações. As vendas líquidas ficaram em 279.400 toneladas na semana anterior, com o Brasil, novamente, sendo o maior comprador (186.500 toneladas).
No Mercosul, a tonelada para exportação FOB permaneceu entre US$ 205,00 e US$ 220,00.
Já no Brasil o mercado se mostrou novamente lento, esperando a entrada da nova safra que começa pela colheita do Paraná. No balcão gaúcho a média recuou para R$ 39,92/saco, enquanto os lotes fecharam a semana em R$ 45,00/saco (valor nominal), enquanto no Paraná os mesmos ficaram entre R$ 48,00 e R$ 49,80/saco (valor nominal).
A tendência se mantém de forte recuo nos preços do cereal nacional na medida em que se espera uma safra bem maior do que a frustrada colheita do ano passado. Nesse contexto, o produto da futura safra, de qualidade superior, nos lotes, já vem sendo negociado entre R$ 39,00 e R$ 40,20/saco no Rio Grande do Sul.
O único fator que pode reverter o quadro baixista, no curto prazo, é o surgimento de problemas climáticos sobre a safra nacional e/ou argentina. Lembramos que, no caso da Argentina, a colheita de trigo se inicia apenas em dezembro próximo. No médio prazo, o fator altista seria o aumento nos preços do milho, fato que favoreceria o retorno das indústrias de ração às compras de trigo, competindo com os moinhos fabricantes de farinha.