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Análise Semanal do Mercado de Trigo – 18/09/2015

TrigoAs cotações do trigo em Chicago voltaram a se recuperar um pouco mais durante a semana, fechando a quinta-feira (17) em US$ 4,81/bushel, tendo chegado mesmo a US$ 4,94 no dia 15/09. Uma semana antes o bushel registrou US$ 4,68. E isso apesar de o relatório do USDA, anunciado no dia 11/09, ter sido baixista. Todavia, o mercado esperava que os volumes indicados viessem ainda mais altos, fato que motivou o ajuste técnico para cima.

Efetivamente, o relatório manteve a safra dos EUA, para 2015/16, em 58,13 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais neste país subiram levemente, ficando agora em 23,8 milhões de toneladas. Com isso, o patamar de preços aos produtores estadunidenses, para o ano em questão, foi levemente reduzido, ficando entre US$ 4,65 e US$ 5,35/bushel. Em termos mundiais, o relatório indicou uma safra total de 731,6 milhões de toneladas (um aumento de 5,1 milhões de toneladas sobre agosto) e estoques finais de 226,6 milhões de toneladas, igualmente com crescimento de 5,1 milhões de toneladas. Ou seja, há muito trigo no mundo e isso deverá manter a pressão baixista sobre os preços internacionais.

Por sua vez, ainda nos EUA, a colheita do trigo de primavera alcançava 97% da área até o dia 13/09, contra 86% na média histórica. Já o trigo de inverno atingia 9% colhido, ficando dentro da média histórica. O clima tem sido positivo para o trigo estadunidense, fato que, associado ao dólar forte, segura os preços locais.

A tonelada de trigo para exportação, junto aos países vizinhos do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), voltou a recuar durante a semana, ficando entre US$ 170,00 e US$ 230,00 FOB.

Aqui no Brasil o preço médio no balcão gaúcho voltou a subir um pouco, fechando a semana em R$ 30,81/saco (um ano atrás o balcão gaúcho pagava R$ 25,42/saco). Nos lotes, a semana fechou com a tonelada valendo R$ 600,00 ou R$ R$ 36,00/saco para o produto de qualidade superior. No Paraná, no entanto, os preços estão subindo para a nova safra. Houve fortes prejuízos com as chuvas dos últimos dias, fato que eleva a procura pelo produto de qualidade superior. Assim, o norte do Estado, onde a qualidade está boa, a tonelada passou a R$ 700,00-R$ 720,00, ou seja, R$ 42,00 a R$ 43,20/saco ao produtor. Já no oeste do Estado, onde a colheita chegou a 70%, sendo grande parte em produto inferior, os preços estão entre R$ 630,00 e R$ 640,00/tonelada, ou seja, entre R$ 37,80 e R$ 38,40/saco. No geral, o Paraná já havia colhido 28% de sua área até meados de setembro.

Vale ainda destacar que fortes geadas atingiram o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, provocando prejuízos ainda não oficialmente contabilizados. Segundo produtores consultados, tais prejuízos variam entre 20% a 70% dependendo do estágio e da localização das lavouras.

Esse conjunto de novidades aumentou a liquidez pelo trigo brasileiro da safra nova, pois as importações continuam muito caras devido ao câmbio. Os produtores paranaenses, por exemplo, sabendo do novo quadro de oferta, só estão vendendo o estritamente necessário, segurando o produto. É bom lembrar que apenas 5% da safra paranaense foi negociada antecipadamente. Por outro lado, mesmo diante deste novo movimento do mercado, os principais moinhos nacionais não estão demonstrando muito interesse de compra devido ao fato de ainda estarem abastecidos e, também, pela continuidade da dificuldade em vender a farinha. Essa realidade igualmente se reflete em menores importações nacionais de trigo.

Nesta semana, pela paridade de importação, o trigo argentino chegava ao Brasil 27,5% mais caro que o preço nacional, enquanto o produto dos EUA chegava 30% mais elevado. Em permanecendo este quadro cambial, e em se confirmando perdas de qualidade importantes no Paraná e no Rio Grande do Sul (além de volume), o produto de qualidade superior, no Brasil, tende a subir ainda mais de preço futuramente.

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Soja – 11/09/2015

SojaAs cotações da soja em Chicago oscilaram pouco nesta semana de feriados (dia 07/09 foi coincidentemente feriado no Brasil e nos EUA). O fechamento desta quinta-feira (10) ficou em US$ 8,84/bushel para o primeiro mês cotado (setembro), o qual deixará de ser considerado a partir do próximo dia 15. Já para maio/16 o fechamento ficou em US$ 8,81/bushel.

A principal expectativa do mercado ficou por conta do relatório de oferta e demanda que sairá neste dia 11/09 (sexta-feira). O mercado volta a esperar uma redução na estimativa de safra estadunidense, embora as informações existentes não indiquem isso. Tanto é verdade que as condições das lavouras dos EUA foram mantidas em 63% entre boas a excelentes até o dia 06/09. Soma-se a isso o clima favorável às lavouras, o que continua a indicar safra cheia naquele país. Nesse sentido, a Informa Economics anunciou sua projeção de setembro, elevando a produção dos EUA para 106,8 milhões de toneladas, contra 103,1 milhões em seu indicativo de agosto. O número da Informa, agora, está muito próximo às estimativas de agosto do USDA. Todavia, a maior parte dos analistas estadunidenses espera um volume ao redor de 104,4 milhões de toneladas. Para os estoques finais o mercado aguarda um volume de 10,8 milhões de toneladas para 2015/16. Resta esperar o relatório deste dia 11/09, portanto!

Enquanto isso, as vendas líquidas de soja por parte dos EUA, na semana anterior, para o ano de 2015/16, somaram 1,53 milhão de toneladas. Esse volume foi superior ao esperado pelo mercado. Por sua vez, as inspeções de exportação, na semana encerrada em 03/09, registraram um total de 93.308 toneladas, ficando abaixo do volume da semana anterior, que foi de 184.285 toneladas.

Pelo lado da demanda, a China continua em dificuldades econômicas. Sua balança comercial geral acusou um recuo de 13,5% nas exportações dos primeiros oito meses de 2015, enquanto o recuo nas importações chegou a 23,2% no mesmo período. Em soja, em agosto a China teria importado 7,78 milhões de toneladas. Esse volume é 18% abaixo do importado em agosto do ano passado. Nos primeiros oito meses deste ano (janeiro a agosto) as importações chinesas de soja somaram 52,39 milhões de toneladas, ou seja, 9,8% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

Aqui no Brasil a continuidade da preocupante desvalorização do Real (o mesmo chegou a bater em R$ 3,86/dólar em alguns momentos da semana) obrigou o Banco Central a voltar a intervir no câmbio nesta semana. Ao mesmo tempo, esse câmbio anormal manteve os preços internos da soja em elevação. A média semanal do balcão gaúcho ficou em R$ 70,22/saco, enquanto os lotes fecharam a semana na média de R$ 77,55 a R$ 78,25/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes registraram R$ 66,00/saco em Sapezal (MT) e R$ 76,00/saco no norte e centro do Paraná. Alertamos que tais preços estão assim mantidos somente devido ao câmbio e, em condições normais de safra e ajustes na economia nacional, esses patamares não deverão ser mantidos.

Nesse sentido, os preços futuros praticados no momento continuam excelentes, com o interior gaúcho, para maio, oferecendo R$ 75,50/saco FOB, enquanto Rondonópolis (MT), para fevereiro/abril, alcançou a R$ 65,00/saco. Dourados (MS) chegou a R$ 65,50/saco para fevereiro, enquanto Rio Verde (GO) ficou em R$ 68,00/saco e a região de Brasília (DF) registrou R$ 67,00/saco, ambos CIF para abril. Enfim, Uberlândia (MG) ficou em R$ 68,00/saco, Barreiras (BA) R$ 70,00; Balsas (MA) R$ 69,00; Uruçuí (PI) R$ 70,00 e Pedro Afonso (TO) R$ 68,00/saco, todos para abril/maio de 2016. Enfim, na BM&F, o contrato novembro fechou a semana em US$ 19,23/saco, enquanto janeiro/16 ficou em US$ 19,31/saco. (cf. Safras & Mercado).

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Milho – 11/09/2015

MilhoAs cotações do milho em Chicago igualmente oscilaram pouco na semana, registrando leve alta após o fechamento de US$ 3,61/bushel neste dia 10/09. O mercado do cereal espera o relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para este dia 11/09.

No geral, assim como no caso da soja, o viés continua sendo de baixa, já que a oferta é grande, a colheita nos EUA avança, o volume final deve ficar dentro das expectativas, e a demanda está fraca pelo milho estadunidense. Nesse último caso, as vendas líquidas de milho por parte dos EUA, na semana encerrada em 27/08, somaram 112.700 toneladas para o ano 2014/15 e 328.300 toneladas para 2015/16. A firmeza do dólar continua tirando competitividade dos produtos estadunidenses no exterior.

Paralelamente, a qualidade das lavouras a serem colhidas nos EUA se manteve em 68% entre boas a excelentes. Todavia, relatórios privados deram conta de que os rendimentos médios já obtidos em algumas regiões mostram produtividade abaixo do esperado. Diante disso, ganha mais importância o relatório deste dia 11/09.

A tonelada FOB na Argentina e no Paraguai se manteve respectivamente em US$ 158,00 e US$ 100,00.

No Brasil, a contínua desvalorização do Real mantém os preços do milho mais firmes, pois torna o produto de exportação mais competitivo. Assim, os preços nos portos de embarque sobem quase que constantemente, elevando os valores no interior do país. Isso irá durar enquanto permanecer a fraqueza do Real (o que deve estar no seu limite a julgar pela retomada das intervenções do Banco Central brasileiro no mercado cambial nesta semana, salvo se perdermos o Grau de Investimento).

Nesse contexto, a média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 24,65/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 29,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 17,00 no Nortão do Mato Grosso e R$ 28,50/saco nas regiões catarinenses de Concórdia, Videira e Campos Novos, assim como em Pará de Minas (MG).

Hoje, quase meados de setembro, mesmo com oferta abundante oriunda da safrinha recorde, a desvalorização do Real freia os negócios internos e eleva os preços locais acima da média praticada nesta época em 2014. Evidentemente, o produtor de milho nacional continua especulando em novas altas do cereal, vendendo bem menos do que deveria nesta época do ano. Por outro lado, os compradores, que assistem seus estoques diminuírem, se veem obrigados a oferecerem preços mais altos ainda para obterem o cereal, gerando um círculo virtuoso para os primeiros e vicioso para os segundos.

Assim como no caso da soja, o que tem elevado o preço do milho é o câmbio fora de controle no Brasil. Isso terá fim no momento em que o câmbio voltar a se ajustar a paridades normais. Por enquanto, o referencial Campinas fechou a semana em R$ 31,50/saco CIF, enquanto no porto de Santos os preços oscilaram entre R$ 34,00 e R$ 34,50/saco, e no porto de Paranaguá em R$ 33,00/saco. (cf. Safras & Mercado)

Enfim, a semana terminou com as importações, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 49,73/saco para o produto dos EUA e R$ 46,36/saco para o produto da Argentina, ambos para setembro. Já o produto argentino, para outubro, ficou em R$ 49,31/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores no fechamento da semana: R$ 32,54/saco para setembro; R$ 32,53 para outubro; R$ 32,68 para novembro; R$ 32,72 para dezembro; R$ 33,78 para janeiro; R$ 34,02 para fevereiro; e R$ 34,30/saco para março/16. (cf. Safras & Mercado).

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Trigo – 11/09/2015

TrigoAs cotações do trigo em Chicago fecharam a quinta-feira (10) em US$ 4,68/bushel, melhorando um pouco em relação aos US$ 4,57 registrados no dia 04/09.

O mercado operou na expectativa do relatório do USDA previsto para este dia 11/09, embora para o trigo não se espere grandes mudanças em relação ao relatório passado.

As vendas líquidas estadunidenses em trigo, para o ano comercial 2015/16, registraram 277.500 toneladas na semana encerrada em 27/08. Esse volume ficou 47% abaixo da média das quatro semanas anteriores. O principal comprador foi o México, com 73.300 toneladas na semana. O fato de o Egito ter comprado trigo francês a preços mais baixos do que os praticados nos EUA, pressionou para baixo Chicago. O Egito teria conseguido o valor de US$ 174,74/tonelada junto a empresas francesas. Já as inspeções de exportação estadunidenses de trigo, na semana encerrada em 03/09, alcançaram 371.343 toneladas, ficando bem abaixo do registrado na semana anterior, que foi 626.634 toneladas. (cf. Safras & Mercado)

Ao mesmo tempo, os EUA, até o dia 06/09, haviam colhido 94% do trigo de primavera, contra 76% na média histórica para esta época. Já o plantio do trigo de inverno chegava a 3% da área esperada, ficando dentro da média histórica.

No Mercosul, o trigo para exportação recuou um pouco de preço, ficando entre US$ 190,00 e US$ 230,00/tonelada FOB dependendo do país de origem.

No mercado brasileiro, os preços se estabilizaram, mas o viés continua sendo de alta para o produto de qualidade superior, diante da forte e contínua desvalorização do Real que está encarecendo sobremaneira o produto importado. Assim, o preço médio no balcão gaúcho fechou a semana em R$ 30,65/saco, enquanto os lotes permaneceram em R$ 600,00/tonelada ou R$ 36,00/saco. No Paraná, os lotes continuaram entre R$ 650,00 e R$ 680,00/tonelada, ou seja, entre R$ 39,00 e R$ 40,80/saco.

Os negócios no país começam a aumentar devido à entrada da nova safra, colhida no Paraná. Como os preços nacionais estão muito abaixo dos existentes no mercado externo, levando em consideração a desvalorização do Real, a tendência é de alta nos preços brasileiros, mesmo em plena colheita. Hoje o produto da Argentina e dos EUA chega ao Brasil valendo 27% mais do que a média praticada nacionalmente.

Visando se antecipar a essa tendência de alta, muitos moinhos já estão realizando compras importantes no mercado paranaense. Aliás, a colheita do Paraná fecha a semana com 22% da área colhida e 77% das lavouras ainda a colher em boas condições, contra 21% regulares e 2% entre ruins a muito ruins. No Rio Grande do Sul, a colheita ainda não se iniciou e a incógnita quanto ao volume e qualidade da safra continua, mesmo havendo maior otimismo nesse momento. Todavia, a forte massa de ar polar prevista para este final de semana, com temperaturas ao redor de zero grau e geadas importantes, poderá provocar estragos sérios e definitivos nas lavouras gaúchas, o que aumenta ainda mais a apreensão quanto ao resultado final da mesma.

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Soja – 04/09/2015

SojaAs cotações da soja em Chicago iniciaram setembro com oscilações relativamente importantes, porém, acabaram se consolidando em terreno negativo, com o fechamento desta quinta-feira (03) ficando em US$ 8,79/bushel para o primeiro mês e em US$ 8,76/bushel para maio/16. A média de agosto recuou para US$ 9,44/bushel, após US$ 10,13 em julho.

Além do clima normal nos EUA e da aproximação do período de colheita (início ainda nesse mês de setembro), as conturbações econômicas na China (a Bolsa de Xangai voltou a cair fortemente durante a semana) estiveram no centro do processo de manutenção das cotações em níveis abaixo dos US$ 9,00/bushel.

No próximo dia 11/09 teremos um novo relatório de oferta e de demanda do USDA, com o mercado já se posicionando a respeito. Existe novamente certa expectativa de recuo nas projeções de produção e estoques finais nos EUA, porém, em boa parte o mercado já teria precificado tal comportamento. No geral, espera-se safra cheia naquele país, a qual seria a terceira consecutiva.

Nesse sentido, as lavouras estadunidenses, até o dia 31/08 foram mantidas com 63% entre boas a excelentes, 26% regulares e 11% entre ruins a muito ruins. Ao mesmo tempo, a FC Stone indicou, em seu relatório mensal, uma safra de 103,3 milhões de toneladas nos EUA, portanto, abaixo das 106,6 milhões indicadas pelo USDA em seu relatório de agosto. Na prática, estamos com o mesmo comportamento ocorrido por ocasião do mês de agosto, quando os analistas privados, na época, já esperavam um recuo nos volumes estadunidenses, fato que não se confirmou oficialmente. Resta saber o que ocorrerá no dia 11/09.

Paralelamente, as vendas líquidas semanais dos EUA, em soja, somaram 1,46 milhão de toneladas para 2015/16, superando o que o mercado esperava. Ajudou um pouco a segurar as cotações o fato de o petróleo ter subido de preço na semana, se aproximando dos US$ 50,00/barril novamente.

No Brasil, o Real continuou sua anormal desvalorização, batendo próximo de R$ 3,80 durante a semana. Essa situação tem compensado as quedas em Chicago. Com isso, a média gaúcha no balcão voltou a subir, fechando a semana em R$ 68,09/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 76,50 e R$ 77,00/saco. Nas demais praças os lotes oscilaram entre R$ 66,00/saco no Nortão do Mato Grosso e R$ 74,00/saco no norte e centro do Paraná.

Os preços da soja no Brasil estão unicamente sustentados pelo câmbio. Assim, no momento em que o Real voltar a se valorizar, buscando um patamar mais racional, naturalmente haverá um recuo relativamente importante de tais preços. Espera-se que isso venha a ocorrer até o final do corrente ano, embora não se tenha nenhuma certeza a respeito devido à conturbada agenda política e econômica do país.

Em sendo assim, os preços futuros permanecem excelentes, com o interior gaúcho, para maio/16, pagando R$ 75,00/saco FOB na compra. Em Paranaguá (porto), para março/abril próximos o valor ficou em R$ 78,50/saco. Nas demais praças, os valores ficaram assim estabelecidos: Rondonópolis (MT) R$ 66,00/saco para fevereiro/abril; Dourados (MS) R$ 64,00/saco para maio; Rio Verde e região de Brasília (GO), respectivamente R$ 68,00 e R$ 67,00/saco para abril; Uberlândia (MG) R$ 67,50/saco igualmente para abril; Barreiras (BA), Balsas (MA), Uruçuí (PI) e Pedro Afonso (TO), para maio/16, os respectivos preços foram de R$ 70,00; R$ 68,00; R$ 69,00; e R$ 67,00/saco. (cf. Safras & Mercado)

Enfim, na BM&F o contrato novembro fechou a semana em US$ 19,27/saco, enquanto janeiro/16 ficou em US$ 19,36/saco.

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Milho – 04/09/2015

MilhoAs cotações do milho em Chicago recuaram forte durante a semana, fechando o dia 03/09 em US$ 3,47/bushel. A média de agosto ficou em US$ 3,67, contra US$ 4,06/bushel em julho.

O mercado está pressionado pelo início da colheita nos EUA, a qual não sofreu problemas climáticos importantes até o momento, além da realidade econômica na China. Soma-se a isso também a pressão exportadora do Brasil e da Argentina, agora com um produto mais competitivo devido a forte desvalorização cambial, particularmente no Brasil (a semana viu o Real se aproximar de R$ 3,80 por dólar).

Dito isso, as vendas líquidas estadunidenses de milho, na semana encerrada em 20/08, atingiram a 131.800 toneladas para o ano 2014/15, iniciado em 1º de setembro. Para 2015/16 tais vendas alcançaram 986.600 toneladas.

Se as vendas foram um fator altista, pesou mais o clima favorável nos EUA como fator baixista para as cotações. Além disso, com as atribulações econômicas na China, Grécia, Brasil e outros países, o dólar continuou se fortalecendo no cenário internacional, forçando a baixa dos preços em Chicago igualmente.

A qualidade das lavouras estadunidenses baixou um pouco, ficando agora em 68% entre boas a excelentes, porém, não foi suficiente para reverter o quadro baixista. Começa a pesar nesse momento o ritmo da colheita nos EUA, o qual fica balizado pelo clima.

O mercado espera o relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 11/09, para estabelecer um novo patamar de preços, caso o mesmo venha com modificações para menos na produção e nos estoques finais dos EUA.

A tonelada FOB na Argentina voltou a recuar, ficando em US$ 158,00, enquanto no Paraguai a mesma se estabeleceu em US$ 100,00.

No Brasil, os preços pouco se alteraram, apesar da fraqueza do Real. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 24,48/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 29,00 e R$ 29,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 17,00/saco na região de Sorriso (MT) e R$ 28,50/saco nas regiões catarinenses de Concórdia, Videira e Campos Novos. Em Minas Gerais, a região de Itahandu registrou R$ 29,00/saco.

O mercado do milho está muito volátil, sofrendo forte influência do câmbio. Muitos produtores não estão vendendo esperando novas desvalorizações do Real, o que elevaria as vendas externas e ajudaria a aumentar o preço interno do cereal.

Afora isso, o mercado nacional do milho continua enfrentando problemas crônicos de logística, fato que impede preços melhores aos produtores, apesar das condições cambiais. A safrinha chega ao final e, diante do câmbio, não influencia mais os preços para baixo, embora o volume ofertado seja muito expressivo, com a produção nacional de milho, neste ano, tendo ficado ao redor de 84 milhões de toneladas (safra e safrinha).

Por enquanto, a demanda pelo produto de 2016 está surpreendendo o mercado, fato que pode garantir preço melhor logo adiante, especialmente se a nova safra de verão for menor em razão da redução da área semeada.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o Brasil teria exportado 2,28 milhões de toneladas em agosto. Todavia, tal volume está sendo questionado pelo mercado, já que os registros portuários dão conta de uma exportação ao redor de 4,5 milhões de toneladas em agosto. Caso esse último volume for o correto, temos a confirmação de que o câmbio realmente passou a ajudar na venda externa do produto, fato que permitirá uma desova maior de estoques e, com isso, a possibilidade de preços melhores aos produtores futuramente. Para setembro, a programação de exportação está em 4,7 milhões de toneladas. (cf. Safras & Mercado)

O efeito câmbio no porto de Santos é tão forte que o preço local já gira entre R$ 33,00 e R$ 34,00/saco nos embarques de setembro. Isso está levando os produtores da safrinha a segurarem ao máximo o cereal, esperando preços ainda mais elevados no interior.

Assim, a atual combinação de fatores acima citados não permite esperar, pelo menos enquanto a mesma perdurar, recuo nos preços do milho no mercado brasileiro.

Enfim, a semana terminou com a importação, no CIF moinhos nacionais, valendo R$ 50,12/saco para o produto dos EUA e R$ 45,71/saco para o produto da Argentina, ambos para setembro. Já o produto argentino para outubro ficou em R$ 48,85/saco. Na exportação, no transferido via Paranaguá, os preços assim ficaram: R$ 32,61/saco para setembro; R$ 33,07 para outubro; R$ 33,23 para novembro; R$ 33,32 para dezembro; R$ 34,16 para janeiro; R$ 34,12 para fevereiro; e R$ 34,39/saco para março. (cf. Safras & Mercado).

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Trigo – 04/09/2015

TrigoAs cotações do trigo em Chicago recuaram fortemente nesta semana, fechando a quinta-feira (03/09) em US$ 4,56/bushel. A média de agosto ficou em US$ 4,99, contra US$ 5,47/bushel em julho.

A pressão da grande produção mundial (o Conselho Internacional de Grãos projetou, nesta semana, uma safra global de 720 milhões de toneladas) tem sido decisiva para derrubar as cotações. Nesse sentido, o mercado espera o relatório de oferta e demanda do USDA visando confirmar, ou não, o quadro de oferta e de estoques finais não só mundiais como também dos EUA.

As vendas líquidas estadunidenses de trigo, para o ano 2015/16, iniciado em 1º de junho, somaram 529.100 toneladas na semana encerrada em 20/08. Esse volume ficou 7% abaixo da média das quatro semanas anteriores. O principal destino foi a Nigéria, com 95.500 toneladas. Enquanto isso, as inspeções de exportação estadunidenses, na semana encerrada em 27/08, registraram 601.639 toneladas. No acumulado do ano comercial 2015/16 o volume chega a 5,04 milhões de toneladas, contra 6,54 milhões registrados em igual período do ano anterior.

Na prática, a elevada oferta mundial neste ano não encontra demanda suficiente, fato que eleva os estoques e reduz o preço internacional do cereal.

Na América do Sul, a tonelada para exportação permaneceu entre US$ 190,00 e US$ 245,00, conforme o país de origem (Paraguai e Uruguai mais baratos e Argentina mais caro).

Quanto ao mercado brasileiro, os preços continuam melhorando lentamente. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 30,46/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 600,00/tonelada ou R$ 36,00/saco. No Paraná, os lotes continuaram entre R$ 650,00 e R$ 680,00/tonelada, ou seja, entre R$ 39,00 e R$ 40,80/saco.

A colheita da nova safra, no Paraná, chega a 10% da área, sendo que 2/3 das mesmas apresentam boas condições. No Rio Grande do Sul a colheita se inicia no final de outubro.

Devido a continuidade na desvalorização do Real, o produto importado oriundo da Argentina chega ao Brasil 25% mais caro do que o preço nacional, enquanto o produto dos EUA aqui chega 29% mais elevado. Ou seja, em algum momento os preços nacionais terão que subir, pois estão muito distantes da realidade internacional e não refletem, suficientemente, a desvalorização do Real. (cf. Safras & Mercado)

Os pequenos e médios moinhos continuam presentes no mercado comprador nacional, pois seus estoques já se esgotam, enquanto os grandes moinhos ainda possuem estoques suficientes para esperarem o auge da nova colheita nacional, na expectativa de preços mais baixos. Todavia, dependendo do volume e da qualidade que virá, em o câmbio permanecendo nos atuais níveis, será difícil assistir a recuos importantes e duradouros nos preços do cereal. A tendência seria de ocorrer o contrário, especialmente na virada do ano.

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Soja – 28/08/2015

SojaAs cotações da soja em Chicago, nesta última semana de agosto, voltaram a recuar fortemente. O primeiro mês cotado fechou o dia 27/08 em US$ 8,86/bushel, após US$ 8,77 na véspera. Para maio/16, mês que baliza a comercialização da safra brasileira, o bushel ficou em US$ 8,88.

Na prática, diante de um clima favorável nos EUA e de uma colheita que se aproxima, somado ao fato de que a crise na China piorou nestes últimos dias, não há motivos fundamentais para altas em Chicago, salvo movimentos especulativos que levam a ajustes técnicos. Nesse momento, inclusive, o mercado estadunidense está preocupado com a fraca demanda pela sua oleaginosa.

Para completar o quadro negativo aos preços, o crop tour da ProFarmer indicou que junto aos principais Estados produtores estadunidenses a contagem de vagens por planta ficou acima da média. Isso sinaliza uma produtividade média maior do que o até o momento indicado. (cf. Safras & Mercado)

O lado positivo vem, contraditoriamente, da China, que indicou importações de 9,5 milhões de toneladas em julho. Todavia, é bom lembrar que a crise nas bolsas daquele país, a desvalorização de sua moeda e uma constatação de que sua economia enfrenta um grave problema surgiu com ênfase apenas em agosto. Portanto, os próximos cinco meses darão o tom do que poderá ser o mercado chinês no curto e médio prazo. Além disso, em termos gerais, em julho as exportações chinesas recuaram 8,3%, enquanto as importações caíram 8,1% na comparação com o mesmo mês de 2014.

Essa turbulência junto à economia do maior importador mundial de soja obviamente atinge o mercado da oleaginosa.

Enquanto isso, segundo o USDA, até o dia 24/08 as lavouras estadunidenses de soja se mantinham com 63% entre boas a excelentes, 26% regulares e 11% ruins a muito ruins.

Aqui no Brasil, o câmbio continua mantendo os preços elevados para a soja. Durante a semana, devido aos acontecimentos externos e, particularmente, internos a moeda nacional ultrapassou, em alguns momentos a marca de R$ 3,60 por dólar (nas casas de câmbio a mesma ultrapassou os R$ 4,00 por dólar).

Desta forma, o câmbio vem compensando a forte queda em Chicago. O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 66,63/saco, enquanto os lotes registraram valores entre R$ 75,50 e R$ 76,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 64,50/saco no Nortão do Mato Grosso e R$ 73,50/saco na região de Pato Branco (PR). A questão chave, para o futuro próximo, será quando o câmbio voltar a patamares normais, o que seria hoje algo entre R$ 3,00 e R$ 3,20, já que não há perspectivas, pelo menos por enquanto, de haver reversão na tendência baixista de Chicago.

Nesse sentido, os preços futuros, indicados nas diferentes praças brasileiras, continuam muito interessantes, devendo os produtores se ocuparem de realizar vendas parciais visando uma excelente média de comercialização da nova safra. Sobretudo porque os custos de produção, neste ano, serão muito elevados em função deste câmbio.

Assim, para maio/16, o preço FOB interior gaúcho fechou a semana a R$ 73,00/saco na compra. Em Paranaguá (porto), para abril, a indicação de preços ficou em R$ 76,00. No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul os valores, para fevereiro/março se mantiveram em R$ 62,00 e R$ 64,00/saco respectivamente. Em Goiás e Região de Brasília o saco de soja, para fevereiro/março chegou a R$ 63,00 no primeiro caso e R$ 65,00 (para abril) no segundo caso. Uberlândia (MG) atingiu a R$ 65,00 para abril, enquanto na Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins os valores, para maio, ficaram respectivamente em R$ 67,00; R$ 65,00; R$ 66,00 e R$ 64,00/saco. Enfim, na BM&F, depois de algum tempo, o saco de hoje voltou a ser cotado abaixo de US$ 20,00, registrando US$ 19,35 para setembro e US$ 19,07 para novembro.

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Milho – 28/08/2015

MilhoAs cotações do milho em Chicago oscilaram pouco durante a semana, tendo o bushel fechado o dia 27/08 em US$ 3,63, contra US$ 3,71 uma semana antes.

O início da colheita do cereal nos EUA, cujo auge se dará a partir de setembro, começa a pressionar o mercado, embora haja certa sustentação em função de um volume que pode ser um pouco menor do que o até agora previsto.

O mercado assimilou com reservas os resultados finais do levantamento feito pela ProFarmer em seu crop tour, os quais indicaram uma produção final de apenas 333,6 milhões de toneladas nos EUA (a reserva se deve ao fato de que historicamente o crop tour aponta números menores do que o USDA e do que realmente ocorre na prática). Por outro lado, as exportações semanais de soja, na semana anterior, ficaram 40% abaixo do mesmo período do ano anterior, registrando 282.700 toneladas para a safra velha e 576.400 toneladas para a safra nova. Soma-se a isso o clima normal previsto até o final de agosto, o que reduz praticamente a zero os riscos de perdas nas lavouras (salvo se ocorrer excesso de chuva na colheita). Além disso, a crise na China igualmente atrapalha o mercado do milho. (cf. Safras & Mercado)

Outro fator que pesou negativamente para o milho foi o forte recuo nos preços do petróleo no mercado mundial. O mesmo atingiu valores abaixo de US$ 40,00/barril durante a semana. Isso significa que a demanda por etanol de milho nos EUA tende a recuar, elevando os estoques do cereal em grão. Enfim, as condições entre boas a excelentes, relativas às lavouras estadunidenses, permaneceram em 69% do total. Em síntese, o clima durante a colheita, que se inicia, e o ritmo das exportações nos EUA serão a tônica do mercado nas próximas semanas.

Na América do Sul, enquanto a tonelada FOB na Argentina subiu para US$ 161,00, no Paraguai a mesma voltou a recuar, se estabelecendo em US$ 99,00 em termos médios.

No Brasil, os preços subiram um pouco mais, puxados pelo câmbio. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 24,28/saco, enquanto os lotes giraram em torno de R$ 29,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes ficaram entre R$ 16,00/saco no Nortão do Mato Grosso e R$ 28,00/saco nas regiões catarinenses de Videira, Concórdia e Campos Novos.

Existem algumas preocupações com o retorno das chuvas mais fortes neste final de agosto junto aos Estados que têm milho estocado a céu aberto. Isso pode, em caso de prejuízos, ajudar a manter a pressão altista, porém, nos parece ainda uma questão secundária.

Para temperar esse movimento mais firme do mercado temos que as exportações brasileiras em agosto, até o início da última semana do mês, chegavam a apenas 1,4 milhão de toneladas, contra uma expectativa de 3 milhões para o mês. Isso preocupa, pois o país corre o risco de ficar com estoques finais bem mais elevados do que se projetava, forçando os preços para baixo a partir da virada do ano, quando a colheita de verão se iniciar.

Por enquanto, é o câmbio o principal elemento que vem dando maior sustentação aos preços do milho. Uma acomodação do Real em níveis mais baixos, o que seria normal, forçaria um recuo nos preços do cereal nacional. Resta saber, nesse sentido, se o Banco Central continuará a intervir no mercado cambial buscando um ajuste nas taxas que atualmente estão extrapoladas.

Pelo sim ou pelo não, a forte desvalorização do Real eleva os preços nos portos nacionais, levando os produtores a reterem o milho na expectativa de preços ainda melhores, pois no momento as commodities brasileiras estão muito competitivas em razão do câmbio. A semana fecha com o referencial Campinas oscilando entre R$ 28,00 e R$ 28,50/saco CIF, com poucos negócios no mercado paulista. (cf. Safras & Mercado)

Enfim, as importações, no CIF indústrias brasileiras, ficaram, para agosto, em R$ 48,62/saco para o produto dos EUA e R$ 45,22/saco para o produto argentino. Já para setembro o produto argentino atingiu a R$ 47,62/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá registrou os seguintes valores: R$ 31,48/saco para agosto; R$ 31,51 para setembro; R$ 31,73 para outubro; R$ 31,82 para novembro; R$ 32,14 para dezembro; R$ 32,20 para janeiro; e R$ 32,48/saco para fevereiro.

Fonte: CEEMA

Análise Semanal do Mercado de Trigo – 28/08/2015

TrigoAs cotações do trigo em Chicago não conseguiram sustentação nesta semana, fechando o dia 27/08 em US$ 4,84/bushel, após US$ 5,06 uma semana antes.

No início da semana houve certa sustentação pela fraqueza do dólar, somada a perspectiva de que haveria uma tendência de produção recorde do cereal na União Europeia e Rússia, onde a colheita igualmente se desenvolve.

Na sequência, a forte queda da soja em Chicago e as baixas vendas líquidas estadunidenses de trigo reverteram a pressão altista. Nem mesmo algumas condições adversas às lavouras ainda a serem colhidas nos EUA auxiliaram para manter o bushel em alta. As vendas líquidas estadunidenses de trigo, para o ano 2015/16, iniciado em 1º de junho, ficaram em apenas 314.400 toneladas na semana encerrada em 13/08. Esse volume foi 49% abaixo da média das quatro semanas anteriores. O principal comprador do produto estadunidense foi o Japão com 123.000 toneladas na semana.

Pressionou igualmente o mercado o fato de a China, além de sua crise econômico-financeira se manter forte (a Bolsa de Xangai recuou significativamente nos dias 24 e 25 de agosto, repetindo comportamento de dias anteriores), anunciar que suas importações de trigo, entre janeiro e julho, somaram 1,7 milhão de toneladas, caracterizando um recuo de 37% sobre igual período do ano anterior. (Cf. Safras & Mercado)

Por outro lado, as inspeções de exportação estadunidenses, na semana encerrada em 20/08, somaram 277.992 toneladas, ficando muito aquém das 560.328 toneladas verificadas na semana anterior.

Por sua vez, até o dia 24/08 a colheita do trigo de primavera nos EUA, segundo o USDA, atingia a 75% da área semeada. A mesma está muito acima da média histórica que é de 47% para esta época do ano.

No Mercosul, a tonelada FOB de trigo para exportação continuou nos mesmos patamares das semanas anteriores, variando entre US$ 190,00 (no Uruguai e Paraguai), até US$ 200,00 a US$ 245,00 (nos portos argentinos).

No mercado brasileiro, os preços, confirmando a tendência indicada nas últimas semanas, voltaram a subir. A média gaúcha no balcão atingiu a R$ 30,17/saco, enquanto os lotes se mantiveram em R$ 600,00/tonelada, ou seja, R$ 36,00/saco. No Paraná, os lotes continuaram entre R$ 650,00 e R$ 680,00/tonelada (R$ 39,00 e R$ 40,80/saco) mesmo com a colheita já atingindo a 5% da área semeada.

No geral, o mercado nacional ainda apresenta redução no volume de negócios, confirmando que o movimento da semana anterior foi excepcional, pois os moinhos ainda possuem bastante estoque de compras anteriores. No Rio Grande do Sul, inclusive, permanece a dificuldade de muitos moinhos para venderem a farinha, fato que reduz a moagem. Por enquanto, a indústria busca trigo das safras anteriores, desde que com qualidade superior, fato que privilegia o produto de 2013, quando a safra gaúcha foi excelente. (cf. Safras & Mercado)

O trigo já colhido no Paraná (5% da área) tem 1/3 em condições medianas a ruins, enquanto no Rio Grande do Sul as recentes chuvas ajudaram as lavouras, salvo as que foram atingidas por granizo e temporais. Mas continua uma grande incógnita a performance da atual safra gaúcha do cereal em função da enorme variação climática que a mesma sofreu (excesso de chuvas no plantio e período inicial, clima seco e calor de verão posteriormente, muito pouco frio até este final de agosto, e projeções de muita chuva entre setembro e novembro próximos).

Nesse contexto, e diante de um câmbio que desvalorizou o Real para mais de R$ 3,60 por dólar durante a semana, os compradores nacionais esperam que os preços do cereal possam baixar um pouco no auge da colheita, porém, há um sentimento de recuperação até importante dos preços logo adiante para o produto de qualidade superior caso o câmbio não se normalize. Por enquanto, o trigo dos EUA chega ao Brasil 30% mais caro do que o produto nacional, enquanto o trigo argentino está 25% mais elevado.

Assim, o mercado julga que a possibilidade de recuo nos preços do trigo na atual colheita é bem menor neste ano, porém, não se sabe em que nível tais preços poderão chegar exatamente. Tudo irá depender do volume e, principalmente, da real qualidade da atual colheita nacional.

Fonte: CEEMA