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Análise Semanal do Mercado de Soja – 18/03/2016

SojaA cotação da soja, para o primeiro mês, subiu novamente fechando a quinta-feira (17) em US$ 8,97/bushel, contra US$ 8,81 na semana anterior e US$ 8,50 no primeiro dia de março. Vale destacar que os demais meses romperam o teto dos US$ 9,00/bushel, algo não ocorria desde o início de dezembro passado.

Além das oscilações do dólar no mercado internacional e da alta do petróleo em alguns momentos, dois motivos centrais explicariam tal comportamento: a) excesso de chuvas em parte das regiões produtoras dos EUA, fato que poderá atrasar o plantio e deslocar área para outras culturas; b) tomada de posição do mercado diante do futuro relatório de intenção de plantio nos EUA, previsto para o dia 31/03 (existe expectativa de alguma redução de área semeada com soja naquele país, embora a elevação recente do bushel possa reverter esse quadro).

Em contrapartida, a colheita sul-americana avança e caminha para um recorde, fato que permite esperar a continuidade das exportações desta região para os próximos meses, embora a forte valorização do Real nos últimos dias atrapalhe as vendas externas.

Ainda nos EUA, as inspeções de exportação de soja atingiram a 715.186 toneladas na semana encerrada em 10/03, contra 1,09 milhão na semana anterior. No acumulado do ano comercial, iniciado em 01/09/15, as inspeções somam 40,3 milhões de toneladas, contra 43,1 milhões em igual período do ano anterior.

Por sua vez, a Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) informou que o esmagamento de soja nos EUA, em fevereiro, atingiu a 3,98 milhões de toneladas. O número ficou abaixo do registrado em janeiro, porém, um pouco acima do que esperava o mercado. (cf. Safras & Mercado).

Já na Argentina, o esmagamento de soja em janeiro atingiu a 3,84 milhões de toneladas. No ano comercial 2015/16, iniciado em abril/15, o total esmagado chega a 38,6 milhões de toneladas, contra 34,1 milhões no mesmo período do ano anterior.

No Brasil, os preços estão cedendo em função da valorização do Real. Esta puxada pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato e, agora, com a possibilidade de impeachment da presidente Dilma cada vez mais presente após os acontecimentos desta semana. No dia 17/03 o Real voltou bater no piso dos R$ 3,60 por dólar. Com isso, a média gaúcha no balcão, que ficou em R$ 67,42/saco na semana, tende a recuar mais ainda para a próxima semana se tal quadro continuar. O pequeno avanço do bushel em Chicago não tem efeito neste momento conturbado da política brasileira, além de estarmos em plena colheita da safra.

Nesse sentido, o total colhido no país teria alcançado a 55% da área em meados de março. Já a comercialização antecipada atingia a 56% da safra até o dia 11/03, contra 51% no início de fevereiro. A média para o período é de 51% igualmente. (cf. Safras & Mercado).

Em termos de lotes, a semana fechou com o mercado gaúcho negociando o saco de soja a redor de R$ 73,00, enquanto nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 57,50/saco em Sapezal (MT) e R$ 71,00/saco em Pato Branco (PR).

O mercado nacional da soja está na total dependência do comportamento cambial, sendo que os produtores que deixaram de vender o produto antecipadamente, nesse momento, perdem entre 10 a 15 reais por saco em relação aos que o fizeram entre outubro e início de fevereiro em particular. Nesse momento, inclusive, já negócios ocorrendo no Mato Grosso para a safra a ser colhida em 2017.

Fonte: CEEMA

Gráfico da Soja na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/5fah18kr/

Gráfico da Soja na BM&F – Vencimento Mai/16https://www.tradingview.com/x/y8bz918X/

Análise Semanal do Mercado de Milho – 18/03/2016

MilhoAs cotações do milho subiram um pouco nesta semana, fechando a quinta-feira (17) em US$ 3,68/bushel para o primeiro mês cotado, contra US$ 3,62 uma semana antes e US$ 3,53 no primeiro dia de março.

Assim como no caso da soja, o mercado espera agora o relatório de intenção de plantio dos produtores estadunidenses, previsto para o dia 31/03. O mesmo, em princípio, pode trazer algumas surpresas caso a soja continue ganhando preço em Chicago, mesmo que lentamente. Por enquanto, a expectativa é de pequeno aumento na área semeada com milho.

Todavia, o atual excesso de chuvas no Delta dos EUA começa igualmente a preocupar o mercado do milho, pois o mesmo poderá causar atrasos no plantio do cereal, o qual se dá primeiro do que a soja.

Ao mesmo tempo, a desvalorização do dólar no mercado mundial e a melhoria dos preços do petróleo deram alguma sustentação adicional aos preços do milho. Por sua vez, as vendas líquidas dos EUA, na semana encerrada em 03/03, chegaram a 1,17 milhão de toneladas, ou seja, 37% acima da média das quatro semanas anteriores. Esse volume ficou dentro do esperado pelo mercado, sendo o México o principal comprador com 339.100 toneladas. Já as inspeções de exportação dos EUA atingiram a 804.499 toneladas na semana encerrada em 10/03, acumulando, desde setembro, 16,5 milhões de toneladas no atual ano comercial 2015/16, contra 20,5 milhões em igual período do ano anterior.

Vale lembrar que a alta do petróleo favorece a produção de etanol de milho nos EUA, aumentando o consumo do cereal, fato que eleva o seu preço. Todavia, os preços do petróleo continuam muito voláteis e ainda bastante baixos, embora tenham saído do fundo do poço nestes dias de março.

Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB para exportação permaneceu em US$ 163,00 e US$ 142,50 respectivamente, ambas para março.

No mercado interno brasileiro, a média semanal no balcão gaúcho se manteve estável, em R$ 36,51/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 44,00 e R$ 44,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 28,00/saco em Sapezal e Campo Novo dos Parecis (MT) e R$ 44,50/saco em Santa Catarina.

Continua havendo restrição na oferta de milho e isso deverá durar todo o primeiro semestre, fato que mantém os preços firmes. Os estoques estão cada vez mais enxutos, fato que tende a elevar o preço do cereal nos próximos meses que antecedem a safrinha.

Ao mesmo tempo, as exportações continuam, sendo que nas duas primeiras semanas de março o Brasil teria vendido 1,18 milhão de toneladas segundo a SECEX.

Nesse contexto, muitos compradores nacionais já começam a cogitar importações da Argentina, principalmente agora que o Real se valorizou. Ao mesmo tempo, os negócios com a safrinha permanecem paralisados devido a diferença de preços entre a oferta e a demanda.

Em termos de estoques a situação é mais crítica em São Paulo. Com isso, a Sorocabana já registra preços ao redor de R$ 47,00/saco em alguns negócios, enquanto o referencial Campinas atingiu a R$ 52,00/saco CIF.

Enfim, a semana terminou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 49,76/saco para o produto dos EUA e R$ 47,52/saco para o produto da Argentina, ambos para março. Já para abril o produto argentino ficou cotado em R$ 49,80/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá registrou os seguintes valores: R$ 40,50/saco para março; R$ 41,01 para abril; R$ 37,72 para maio; R$ 38,51 para julho; R$ 35,50 para agosto; R$ 35,48 para setembro; R$ 35,01 para outubro; e R$ 35,44/saco para novembro.

Fonte: CEEMA

Gráfico do Milho na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/aaaV8l4L/

Gráfico do Milho na BM&F – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/fvCjZNFH/

Análise Semanal do Mercado de Trigo – 18/03/2016

TrigoAs cotações do trigo em Chicago voltaram a recuar, fechando a quinta-feira (17) em US$ 4,62/bushel, após US$ 4,71 uma semana antes e US$ 4,38 no primeiro dia de março.

As preocupações com o clima nos EUA diminuíram. Ao mesmo tempo, o dólar, mesmo mais fraco nestes últimos dias, em termos de médio prazo se mantém forte tirando competitividade dos produtos estadunidenses na exportação. Nesse sentido, as vendas de trigo ao exterior, neste ano comercial, são as piores em 44 anos por parte dos EUA.

Tanto é verdade que as vendas líquidas estadunidenses de trigo, na semana encerrada em 03/03, ficaram em apenas 330.600 toneladas, com aumento de tão somente 6% sobre a média das quatro semanas anteriores. Já as inspeções de exportação somaram 406.577 toneladas na semana encerrada em 10/03, acumulando no atual ano comercial 2015/16 um total de 15,7 milhões de toneladas, contra 17,9 milhões em igual período do ano anterior.

Aqui no Mercosul, a tonelada FOB para exportação girou entre US$ 170,00 e US$ 200,00, sem modificação em relação as últimas semanas.

No Brasil, o mercado igualmente se manteve estável, com a média gaúcha no balcão ficando em R$ 33,65/saco, enquanto os lotes registraram os mesmos R$ 680,00/tonelada na média, ou seja, R$ 40,80/saco. No Paraná os lotes ficaram entre R$ 780,00 e R$ 800,00/tonelada, ou seja, entre R$ 46,80 e R$ 48,00/saco.

A valorização do Real desde a semana anterior, em função dos escândalos políticos que estão inviabilizando o atual governo federal, favorecem as importações e países como o Uruguai e o Paraguai apresentam, agora, preços abaixo dos praticados no mercado brasileiro.

Todavia, o produto de qualidade superior no Brasil continua valorizado. Já o produto de qualidade inferior vê sua procura melhorar devido a manutenção dos altos preços  do milho. Com isso, o trigo está substituindo parte do milho nas rações animais brasileiras.

Estamos chegando ao final do primeiro trimestre do ano e os negócios com trigo nacional tendem a crescer já que os moinhos precisam refazer estoques. De um lado, a firmeza do Real estimula aumento nas importações, por outro lado, a escassez de trigo de qualidade superior no país faz com seus preços melhorem. No Paraná, a tonelada já atingiu, em alguns locais, a R$ 820,00, ou seja, R$ 49,20/saco. Por outro lado, uma nova desvalorização do Real, na direção dos R$ 4,00 por dólar (isso dependerá dos desdobramentos políticos no país) inibe as importações e tende a valorizar ainda mais o produto nacional de qualidade superior.

Fonte: CEEMA

Gráfico do Trigo na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/c1pmotqd/

Análise Semanal do Mercado da Soja -12/03/2016

SojaA cotação da soja em Chicago, após ter alcançado US$ 8,50/bushel no dia 01/03 (um dos mais baixos valores dos últimos anos), se recuperou nesta semana, batendo em US$ 8,81/bushel no dia 10/03.

Houve um claro ajuste técnico, com tomada de lucros por parte dos operadores, sustentados por um relatório de oferta e demanda do USDA (anunciado no dia 09) que, embora tenha aumentado os estoques finais nos EUA para 12,52 milhões de toneladas no final de 2015/16, registrou um recuo de cerca de dois milhões de toneladas nos estoques finais mundiais, com os mesmos ficando agora em 78,87 milhões de toneladas. Igualmente, as importações chinesas foram aumentadas, passando de 80,50 milhões em fevereiro, para uma estimativa em março de 82 milhões de toneladas.

Por enquanto o mercado ignorou a possibilidade de a América do Sul colher um pouco mais do que o inicialmente previsto, já que a safra argentina poderá alcançar 60 milhões de toneladas (o USDA aponta 58,5 milhões), a brasileira ficaria entre 100 e 101 milhões de toneladas (o USDA indica 100 milhões de toneladas), enquanto nos demais países produtores (Paraguai, Bolívia e Uruguai) não houve alterações na estimativa.

Por sua vez, as exportações líquidas dos EUA, para o ano 2015/16, somaram 440.100 toneladas de soja na semana encerrada em 25/02. Esse volume foi 35% acima da média das quatro semanas anteriores. A China foi o maior comprador com 281.400 toneladas.

Quanto as inspeções de exportação de soja, as mesmas somaram 1,07 milhão de toneladas na semana encerrada em 03/03, acumulando no ano comercial iniciado em 01/09/15 um total de 39,5 milhões de toneladas, contra 42,5 milhões em igual período do ano anterior.

Pelo lado da demanda, a China teria importado 4,51 milhões de toneladas de soja em fevereiro, com recuo de 20,3% sobre o mesmo mês de 2015. Em janeiro as compras chinesas haviam chegado a 5,66 milhões de toneladas. Portanto, no acumulado do ano as importações chinesas somam 10,17 milhões de toneladas.

Vale destacar que em 2016, do total importado pela China, 1,9 milhão de toneladas veio do Brasil, o que correspondeu a 18,7% do total comprado pelos chineses no período. Por outro lado, o Brasil exportou nos dois primeiros meses do ano 2,43 milhões de toneladas, sendo que 78,2% disso foi para a China. Em relação ao ano anterior as vendas totais brasileiras de soja, no período, aumentaram em 155%.

Dito isso, os preços da oleaginosa no Brasil sofreram forte recuo nesta semana. Isso se deveu ao câmbio na medida em que o Real viveu forte valorização a partir dos desdobramentos da Operação Lava Jato, a qual atingiu o núcleo do poder central político nacional, implicando diretamente o ex-presidente Lula e a própria presidente Dilma. O mercado, que deseja ver um ajuste fiscal adequado e reformas estruturais profundas, considerou que tal movimento desenha um quadro de eliminação desta linha político-econômica (intervencionismo estatal na economia, com as nefastas consequências que o país está conhecendo), por uma linha mais ortodoxa e que faça, finalmente, o chamado dever de casa. Com isso, o dólar chegou a atingir, em alguns momentos da semana R$ 3,65 por dólar, se estabilizando ao redor de R$ 3,75.

Assim, mesmo com a recuperação em Chicago, o câmbio predominou, como tem sido corriqueiro, e a média gaúcha fechou a semana, no balcão, em R$ 68,70/saco, valor que há muito tempo não se via. Os lotes fecharam a semana em R$ 72,00/saco, já perdendo cerca de R$ 10,00/saco em relação aos melhores momentos de preço da atual safra. Nas demais praças nacionais, os lotes oscilaram entre R$ 57,50/saco em Sorriso (MT) e R$ 69,00/saco em Pato Branco (PR).

No mercado interno tudo agora irá depender do comportamento cambial, a partir da realidade política. No front externo, existem expectativas de que a área semeada com soja, na futura safra dos EUA, possa ser um pouco menor, fato que poderia elevar o bushel para valores entre US$ 9,50 a US$ 10,00 mais para o final do corrente ano. Por enquanto, ainda estamos no terreno das especulações. Por enquanto o mercado encontrou um nível importante de resistência ao redor de US$ 8,50/bushel, quanto a novos recuos, assim como encontra dificuldade em romper definitivamente o teto dos US$ 9,00. Em considerando o primeiro mês cotado, essa situação já dura desde o final de agosto de 2015.

No que diz respeito aos produtores brasileiros, a queda atual nos preços confirma a boa estratégia da venda antecipada, onde mais de 50% da safra atual já foi negociada. Quem foi por esse caminho deverá garantir preços entre R$ 70,00 e R$ 80,00/saco na média final.

Enfim, a colheita brasileira se mostra atrasada, devido ao excesso de chuvas nas regiões centrais do Brasil, tendo chegado a 41% da área no início de março. No Rio Grande do Sul, onde cerca de 10% teria sido colhido, a novidade é que a Emater, revendo suas projeções, apontou uma safra final ao redor de 16 milhões de toneladas. Isso desconsiderada a possível quebra de 10% na atual safra devido a problemas climáticos pontuais, apontado por algumas entidades de produtores. Pelo sim ou pelo não, confirma-se uma boa safra (e não uma superssafra como a grande imprensa local aponta) já que o aumento da produção se dá pelo aumento na área semeada e não exatamente pelo aumento da produtividade média. Aliás, essa está sendo calculada, no momento, ao redor de 49 sacos/hectare. Nesse sentido, diante dos custos de produção realizados, aqueles produtores que deixaram para comercializar a safra somente no momento da colheita, em permanecendo esse quadro cambial, poderão ter alguma dificuldade em fechar suas contas. E esse raciocínio vale para o restante do país, guardadas as características de cada região.

Quanto à comercialização da atual safra, segundo a AgRural, o volume chegou a 55% do total neste início de março, contra 40% em igual período do ano anterior. Isso confirma a correta percepção dos produtores sobre os excelentes preços praticados nos meses anteriores. No Centro-Oeste, igualmente por necessidade de crédito junto as firmas compradoras, 64% da safra já havia sido negociada. No Sul do país 39% já foi vendido, enquanto no Norte/Nordeste igualmente 64% havia sido negociado no até o início deste mês de março.

Em termos de preços futuros, para maio, o FOB interior gaúcho recuou para R$ 72,00/saco, enquanto Rio Grande ficou em R$ 77,00/saco CIF. Nas demais praças, para o período de março/abril, Rondonópolis (MT) registrou R$ 64,30/sacp; Dourados (MS) R$ 63,00; R$ Rio Verde (GO), Brasília (DF) e Uberlândia (MG) R$ 63,00/saco CIF. Na região do chamado Matopiba os valores ficaram entre R$ 64,00 e R$ 65,00/saco para maio.

Fonte: CEEMA

Gráfico da Soja na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/qUhsUGvj/

Gráfico da Soja na BM&F – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/AQ71ykV2/

Análise Semanal do Mercado de Milho – 12/03/2016

MilhoAs cotações do milho pouco evoluíram durante a semana, com o primeiro mês cotado fechando a quinta-feira (10) em US$ 3,62/bushel, porém, o viés foi de alta durante toda a semana.

O relatório de oferta e demanda do USDA pouco trouxe de novidades. O volume de safra e os estoques finais nos EUA, para 2015/16, ficaram idênticos aos anunciados em fevereiro. Apenas os estoques finais mundiais sofreram uma redução de quase dois milhões de toneladas, ficando agora em 207 milhões de toneladas. A safra brasileira está estimada em 84 milhões de toneladas, com exportações em 28 milhões de toneladas, após o recorde de mais de 35 milhões neste último ano comercial encerrado em 31 de janeiro.

O mercado internacional está atento a entrada da safra Argentina e a uma forte presença no lado exportador por parte deste país, fato que freia os preços em Chicago igualmente. E isso que as exportações de milho por parte dos EUA, nas duas últimas semanas foram consideradas boas, com 1,1 milhão de toneladas e 953.000 toneladas respectivamente.

A partir de agora, e cada vez mais, as atenções se voltam para o relatório de intenção de plantio nos EUA, previsto para o dia 31/03. Pode haver, caso a soja se mantenha em níveis relativamente baixos, um aumento da área semeada com milho. Aliás, alguns analistas consideram factível que Chicago volte, logo mais, a um patamar de preços um pouco superior aos US$ 4,00/bushel para o cereal.

Na Argentina, a tonelada FOB para exportação ficou em US$ 160,00, enquanto no Paraguai a mesma se manteve em US$ 142,50, ambos os casos para março.

No mercado brasileiro, os preços permaneceram estáveis, com o balcão gaúcho ficando em R$ 36,45/saco na média semanal. Os lotes registraram valores entre R$ 41,50 e R$ 42,50/saco. Nas demais praças os lotes ficaram entre R$ 28,00/saco em Sapezal e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 43,00/saco nas regiões catarinenses de Videira, Concórdia e Campos Novos.

O referencial Campinas pulou para R$ 47,00/saco em alguns momentos da semana, já que o mercado não vê possibilidades de oferta significativa que possa reverter o atual quadro de preços no curto prazo.

Nesse contexto, as negociações em torno da safrinha paralisaram devido a diferença de preço entre o pedido pelos produtores e o oferecido pelos compradores.

Por sua vez, como já se esperava, a exportação de milho, na primeira semana de março, caiu, ficando em 377.000 toneladas. O produto brasileiro acabou ficando mais caro devido a forte valorização do Real em função dos desdobramentos da Operação Lava-Jato, que atingiu agora o núcleo central do poder político brasileiro, inclusive envolvendo o ex-presidente Lula. Mesmo assim, em termos médios, o milho brasileiro continua sendo mais barato do que os demais concorrentes.

Enfim, a demanda nos leilões de milho em grão realizados no dia 09/03 atingiu a 90,2% do total ofertado, que ficou em 145.000 toneladas.

A semana terminou com o CIF indústrias brasileiras valendo R$ 47,26/saco para o produto dos EUA e R$ 45,62/saco para o produto argentino, ambos para março. Para abril, o produto argentino ficou em R$ 47,84/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá registrou os seguintes valores: R$ 39,72/saco para março; R$ 39,22 para abril; R$ 36,53 para maio; R$ 37,16 para julho; R$ 33,49 para setembro; R$ 34,13 para outubro; e R$ 34,38/saco para novembro.

Fonte: CEEMA

Gráfico do Milho na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/Z8LDzcex/

Gráfico do Milho na BM&F – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/tggKmma0/

Análise Semanal do Mercado de Trigo – 12/03/2016

TrigoAs cotações do trigo em Chicago subiram um pouco mais nesta semana, fechando a quinta-feira (10) em US$ 4,71/bushel, após o baixo valor de US$ 4,38 visto no dia 01/03.

O relatório de oferta e demanda do USDA também aqui trouxe poucas novidades. A safra e os estoques finais nos EUA ficaram como havia sido indicado em fevereiro, porém, houve pequena redução da produção e nos estoques mundiais do cereal, coms mesmos ficando, respectivamente, em 732,3 e 237,6 milhões de toneladas. A produção brasileira ficou mantida em 5,5 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina foi conservada em 11 milhões de toneladas. Nesse contexto, o Brasil deverá importar, em 2015/16, um total de 6,5 milhões de toneladas segundo o USDA.

Começa a pesar um pouco sobre o mercado o fato de o clima nos EUA não estar muito favorável ao desenvolvimento das lavouras de trigo locais. Altas temperaturas antecipadas fazem a germinação vir mais cedo em algumas regiões.

Por sua vez, as vendas líquidas de trigo por parte dos EUA, para o ano 2015/16, chegaram a 344.300 toneladas na semana encerrada em 25/02, com aumento de 42% sobre a média das quatro semanas anteriores. Ao mesmo tempo, as inspeções de exportação somaram 443.190 toneladas na semana encerrada em 03/03, volume considerado positivo.

Os preços da tonelada para exportação, nas regiões do Mercosul, variaram entre US$ 170,00 e US$ 200,00.

Aqui no Brasil, a estabilidade dos preços se manteve. O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 33,50/saco, enquanto os lotes se mantiveram em R$ 680,00/tonelada (R$ 40,80/saco). No Paraná os lotes registraram valores entre R$ 770,00 e R$ 780,00/tonelada (R$ 46,20 e R$ 46,80/saco).

A tendência é de o cenário nacional para o trigo se modificar a partir do final de março, pois espera-se que os moinhos passem a importar mais trigo visando reposição de estoques. Esta importação, nos últimos dias, ficou mais interessante pela forte valorização do Real devido aos desdobramentos da Operação Lavo-Jato e suas consequências sobre a área política nacional. Do total a ser importado pelo Brasil, a Argentina espera participar com 60%.

Nesse sentido, no mês de fevereiro o Brasil importou 373.632 toneladas, acumulando 2,9 milhões de toneladas no atual ano comercial. Deste total, 58,5% foi procedente da Argentina, 21,8% do Paraguai, 10,5% do Uruguai e 9,2% dos EUA. Por sua vez, o Brasil exportou 157.165 toneladas de trigo em fevereiro, totalizando 652.959 toneladas neste ano comercial 2015/16. Obviamente, grande parte deste trigo é de qualidade inferior. O volume exportado foi considerado abaixo do esperado, já que os exportadores estão dando atenção ao milho, cereal que apresenta preços melhores.

Neste contexto, não há expectativa de mudança nos preços internos no curto e médio prazo. Todavia, muito disso irá depender do comportamento cambial e da futura área de trigo que o Brasil irá semear no próximo inverno. Em o Real voltando a se desvalorizar acima de R$ 4,00 por dólar e a área semeada se reduzindo substancialmente, como se especula, o preço do trigo nacional, mais para o final do ano, poderá sofrer um aumento importante. Sobretudo se Chicago não recuar mais do que os baixos níveis alcançados no início deste mês de março.

Fonte: CEEMA

Gráfico do Trigo na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/t2hoSJcK/

Análise Semanal do Mercado da Soja – 05/03/2016

SojaAs cotações da soja voltaram a recuar nesta semana, chegando a atingir US$ 8,50/bushel no dia 01/03. Posteriormente, um pequeno ajuste técnico levou o fechamento do dia 03/03 (quinta-feira) para US$ 8,56. A média de fevereiro ficou em US$ 8,71, contra US$ 8,79/bushel em janeiro. No início de março de 2015 o bushel de soja, para o primeiro mês cotado, valia US$ 8,74.

O mercado já começou a se posicionar em relação ao próximo relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 09/03, embora o mesmo não deva trazer grandes novidades e, principalmente, está sofrendo pressão da colheita sul-americana que já se desenvolve e, por enquanto, está boa, indicando safra cheia na região.

Por sua vez, o Fórum Outlook do USDA, realizado no final de fevereiro, apontou que a relação estoque/consumo nos EUA, para soja, recuaria de 12,1% para 11,4% neste ano 2016/17. A área de soja a ser semeada poderá recuar um pouco, contrariando as perspectivas privadas, para ficar em 33,4 milhões de hectares, resultando em uma produção final de 103,7 milhões de toneladas, contra 106,9 milhões no último ano. O esmagamento de soja nos EUA subiria para 51,7 milhões de toneladas e as exportações do grão chegariam em 49,7 milhões. Os preços médios da soja em 2016/17, segundo o Fórum, ficariam em US$ 8,50/bushel, contra US$ 8,80 no ano anterior.

Estes números, todavia, devem ser vistos com cautela, pois não representam o que de fato tende a ocorrer na prática. É apenas um primeiro indicativo! O principal relatório esperado pelo mercado está previsto para o dia 31/03 com a intenção de plantio dos produtores estadunidenses.

Paralelamente, a colheita brasileira chegou a 33,3% da área estimada em 26/02, demonstrando que o processo está mais acelerado neste ano em relação ao ano anterior (28%) e à média histórica para o período (28,8%), segundo Safras & Mercado.

Por sua vez, as inspeções de exportação dos EUA atingiram a 1,05 milhão de toneladas na semana encerrada em 25/02, contra 1,55 milhão na semana anterior. No acumulado do ano comercial iniciado em 01/09, as inspeções somam 38,5 milhões de toneladas, contra 41,9 milhões no ano anterior.

Destaque ainda para o fato de que a área de soja semeada pela Argentina, nesta safra 2015/16, tenha ficado em 20,68 milhões de hectares ou 4,5% acima do semeado no ano anterior. Como a produção passada chegou a 61,4 milhões de toneladas, não se pode descartar a possibilidade de a colheita deste ano se aproximar deste número, apesar de o mercado estar estimando um volume de 58 milhões de toneladas devido a quebras climáticas.

Esse conjunto de dados, somados a preços do petróleo debilitados e a um dólar que constantemente se vê valorizado no cenário mundial, deixam as cotações da soja em níveis baixos em Chicago, sem grandes perspectivas de mudanças no médio prazo.

No Brasil, com o Real voltando a se valorizar um pouco (atingiu a R$ 3,89 por dólar em alguns momentos desta semana), os preços da soja cederam. A média gaúcha recuou para R$ 72,27/saco, enquanto os lotes fecharam a semana entre R$ 75,00 e R$ 75,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 60,50/saco em Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 70,50/saco em Pato Branco (PR).

A pressão da colheita a partir de agora deverá forçar uma baixa de preços, especialmente se o Real continuar a ganhar força perante o dólar. Por enquanto, diante dos fatos políticos e econômicos brasileiros, a tendência é o câmbio se manter ao redor de R$ 4,00, o que deverá estabilizar os preços da soja nestes níveis.

Em termos de preços futuros igualmente houve um pequeno recuo, com o FOB interior gaúcho, para maio, ficando em R$ 75,00/saco, enquanto Rio Grande fixou o CIF em R$ 80,50/saco para o mesmo mês. Nas demais praças, os valores assim ficaram: R$ 65,50/saco em Rondonópolis (MT), R$ 64,50 em Dourados (MS), R$ 65,80 em Rio Verde (GO), R$ 66,00 em Brasília (DF), R$ 65,00 em Uberlândia (MG), R$ 68,00 em Barreiras (BA), R$ 65,50 em Balsas (MA), R$ 66,50 em Uruçuí (PI), e Pedro Afonso (TO). (cf. Safras & Mercado).

Fonte: CEEMA

Gráfico da SOJA na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/AEIuXVGV/

Gráfico da SOJA na BM&F – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/rFPM9o7O/

Análise Semanal do Mercado de Milho – 05/03/2016

MilhoAs cotações do milho em Chicago pouco evoluíram nesta semana, fechando a quinta-feira (03) em US$ 3,53/bushel. A média de fevereiro ficou em US$ 3,63, repetindo a média de janeiro. Isso dá uma ideia da estabilização deste mercado no momento. Um ano atrás o primeiro mês cotado em Chicago registrava US$ 3,89/bushel.

A pressão da colheita sul-americana e o fato de que os EUA, talvez, não reduzam sua área semeada com milho em 2016 (atenção ao relatório de intenção de plantio previsto para o dia 31/03) não permitiram que os preços subissem. Além disso, dólar forte e petróleo com preços fracos trabalham contra qualquer recuperação em Chicago. E isso mesmo com exportações estadunidenses alcançando 934.000 toneladas na semana anterior, o que foi considerado bom pelo mercado. Todavia, na semana seguinte as vendas externas recuaram para 737.000 toneladas, esfriando um pouco o entusiasmo do mercado.

O Fórum Outlook do USDA indicou uma área a ser semeada com o cereal em 36,4 milhões de hectares para 2016, com estoques estáveis. Como se sabe, esse relatório pouco representa para o mercado. O que irá contar mesmo será a intenção de plantio do dia 31/03. Antes disso teremos o relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 09/03, porém, não se espera grandes novidades junto ao mesmo.

Afora isso, não há fato novo no mercado internacional do milho.

Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB na exportação ficou em R$ 161,00 e R$ 142,50 respectivamente.

No mercado brasileiro, os preços se mantiveram estáveis. A média do balcão gaúcho fechou a semana em R$ 36,35/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 41,50 e R$ 42,00/saco. Nas demais praças os lotes giraram entre R$ 28,00/saco em Sapezal e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 42,00/saco em Videira, Chapecó e Concórdia (SC). Em Itahandu (MG) o saco foi negociado a R$ 44,50. Quanto à safrinha, o porto de Santos tem indicações de preços entre R$ 36,00 e R$ 36,50/saco.

As chuvas em grande parte do Sudeste e Centro-Oeste atrasaram a colheita, impedindo a entrada de milho novo no mercado durante a semana, fato que segurou as cotações do cereal. Isso ficou mais evidente em Minas Gerais, Goiás e São Paulo. O pouco milho que vai sendo colhido tem forte procura e não tem havido espaço para alguma acomodação nos preços. (cf. Safras & Mercado) Os preços deverão permanecer firmes ainda em março, podendo recuar posteriormente dependendo do que será semeado na safrinha.

As exportações brasileiras do cereal continuam firmes, com o mês de fevereiro fechando em 5,37 milhões de toneladas, sendo que boa parte é registro de embarques atrasados. Mesmo assim, o chamado embarque efetivo chegou a 2,28 milhões de toneladas, o que é alto para o primeiro mês do novo ano comercial. Março teria um milhão de toneladas para embarcar.

Enfim, a semana terminou com a importação valendo, no CIF indústrias brasileiras, R$ 49,68/saco para o produto dos EUA e R$ 48,28 para o produto argentino, ambos para março. Já para abril o produto argentino fica em R$ 50,62/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores: R$ 41,45/saco para março; R$ 41,27 para abril; R$ 38,23 para maio; R$ 38,84 para julho; R$ 34,67 para agosto; R$ 34,46 para setembro; R$ 35,53 para outubro; e R$ 35,76/saco para novembro. (cf. Safras & Mercado).

Fonte: CEEMA

Gráfico do MILHO na BM&F – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/LuC8OvYI/

Gráfico do MILHO na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/9QUQUoTt/

Análise Semanal do Mercado de Trigo – 05/03/2016

TrigoAs cotações do trigo em Chicago voltaram a recuar forte na semana, chegando a bater em US$ 4,38/bushel no dia 01/03. Após ajustes técnicos, o fechamento desta quinta-feira (03) ficou em US$ 4,53/bushel. A média de fevereiro foi de US$ 4,59/bushel, contra US$ 4,73 em janeiro. Um ano atrás Chicago cotava o primeiro mês em US$ 5,13/bushel.

O Fórum Outlook do USDA indicou a possibilidade de uma área semeada com trigo, nos EUA, ao redor de 20,6 milhões de hectares em 2016. Isso significa 6,7% a menos do que a registrada no ano anterior. O preço médio do cereal ficaria ao redor de US$ 4,20/bushel neste ano. Como se sabe, o que irá contar mesmo para o mercado é o relatório de intenção de plantio, a ser anunciado no dia 31/03.

Por sua vez, as vendas líquidas estadunidenses, em trigo, atingiram a 387.900 toneladas na semana encerrada em 18/02, com um ganho de 77% sobre a média das quatro semanas anteriores. Para o novo ano comercial 2016/17 foram negociadas 98.300 toneladas. Já as inspeções de exportação somaram 371.934 toneladas na semana encerrada em 25/02. Em igual período do ano passado o volume inspecionado foi de 480,754 toneladas.

Nas regiões de exportação do Mercosul, o preço da tonelada FOB se manteve entre US$ 170,00 e US$ 203,00.

No Brasil, os preços do trigo continuaram estáveis, com o balcão gaúcho fechando a semana na média de R$ 33,60/saco, enquanto os lotes atingiram a R$ 680,00/tonelada ou R$ 40,80/saco. No Paraná os lotes ficaram entre R$ 760,00 e R$ 770,00/tonelada, ou seja, entre R$ 45,60 e R$ 46,20/saco. Valores estes para o produto de qualidade superior.

O mercado nacional fechou o mês de fevereiro com a média paranaense em R$ 765,00/tonelada (R$ 45,90/saco) e a gaúcha em R$ 680,00/tonelada (R$ 40,80/saco). Moinhos abastecidos, produtores focados na colheita de verão, e preços elevados para o milho colocaram o trigo em segundo plano. Além disso, a forte elevação dos fretes e a falta de caminhões fazem com que os moinhos se interessem pelo trigo a partir de abril. Enfim, há indicação de compra de trigo procedente do Paraguai a US$ 180,00/tonelada. Ao câmbio de hoje, isso representa R$ 42,12/saco. Como se nota, por enquanto, mesmo com a diferença de preço se reduzindo, o trigo nacional continua mais atrativo. O problema é que praticamente não há produto nacional de qualidade superior. (cf. Safras & Mercado).

Fonte: CEEMA

Gráfico do TRIGO na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/odc56TYC/

Análise Semanal do Mercado de Soja – 26/02/2016

SojaAs cotações da soja, nesta semana, voltaram a recuar em Chicago. O primeiro mês cotado fechou esta quinta-feira (25) em US$ 8,59/bushel, contra US$ 8,79 uma semana antes.

Na prática não há grandes novidades no cenário internacional. A safra sul-americana caminha bem, devendo bater um recorde de produção, embora a colheita brasileira indique que o volume final possa vir menor do que o inicialmente esperado. A Conab estima agora 98,5 milhões de toneladas, contra um pouco mais de 100 milhões no mês passado. A safra argentina deverá ficar ao redor de 58 milhões de toneladas, enquanto nos demais países da região não se espera modificação dos números já anunciados anteriormente. Ao mesmo tempo, as cotações do petróleo voltaram a recuar no mercado internacional, diante da persistência da crise econômico-financeira internacional. A demanda está tão somente sustentada na China, que arrefece o seu crescimento econômico de forma significativa nos últimos três anos. Nesse sentido, o governo chinês vem fazendo importantes desvalorizações de sua moeda, o que encarece suas importações e favorece as exportações. Ao mesmo tempo, os países produtores de soja continuam em recessão ou quase (Brasil e Argentina), enquanto outros acusam crescimento econômico abaixo do esperado (EUA).

Ao mesmo tempo, as exportações líquidas de soja por parte dos EUA continuam não entusiasmando o mercado. Na semana encerrada em 11/02 o volume atingiu a 567.000 toneladas, ficando apenas 4% acima da média das quatro semanas anteriores. Para o ano 2016/17 as mesmas atingiram 28.700 toneladas. Já as inspeções de exportação, na semana encerrada em 18/02, somaram 1,53 milhão de toneladas.

Nesta quinta-feira (25) o mercado esperava as primeiras projeções sobre a futura safra de verão dos EUA, que deverão vir no contexto do Fórum Outlook Anual em realização naquele país. Todavia, tais números não são os mais considerados pelo mercado. O que contará mesmo será o relatório de intenção de plantio, a ser divulgado no próximo dia 31/03.

No Brasil, diante de tal quadro internacional e com o retorno do Real à casa dos R$ 3,95 em alguns momentos da semana, os preços se mantiveram estáveis para a soja. O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 73,33/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 76,50 e R$ 77,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 60,30/saco em Sorriso (MT) e R$ 73,50/saco em Pato Branco (PR).

Em termos de preços futuros, Rio Grande manteve o valor de R$ 81,00/saco CIF para maio, enquanto o interior gaúcho ficou em R$ 76,50/saco FOB. Nas demais praças nacionais tivemos os seguintes valores: R$ 78,50/saco CIF em Paranaguá para março. Já para o período de março e abril Rondonópolis (MT) registrou R$ 66,00/saco; Dourados (MS) R$ 66,00; Rio Verde (GO) R$ 66,00 e Brasília (DF) também R$ 66,00/saco, no CIF. Já Uberlândia (MG) ficou em R$ 67,00/saco, enquanto Barreiras (BA) atingiu a R$ 70,00; Balsas (MA) R$ 65,50, no CIF. Ainda tivemos Uruçuí (PI) e Pedro Afonso (TO) com R$ 68,00, ambos para maio. (cf. Safras & Mercado)

Por sua vez, na BM&F o contrato março/16 fechou em US$ 19,12/saco; maio ficou em US$ 19,23 a saca; e julho em US$ 19,37/saco.

Concluída a terceira semana de fevereiro a colheita brasileira de soja atingia a 23% da área total. No Rio Grande do Sul, onde a mesma não iniciou, as primeiras estimativas dão conta de uma produtividade média um tanto baixa, de 42 sacos/hectare. A safra local, devido as questões climáticas, no máximo poderá ser considerada normal caso o clima ajude até o final. Estima-se perdas de 10% em relação ao inicialmente esperado, o que representará um volume final em torno de 14 milhões de toneladas (talvez um pouco abaixo disso).

Gráfico da SOJA na CBOT – Vencimento Maio/2016https://www.tradingview.com/x/8EdaqHb6/

Gráfico da SOJA na BM&F – Vencimento Maio/2016https://www.tradingview.com/x/LaNVFHZL/

Fonte: CEEMA