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Análise Semanal do Mercado de Milho – 05/03/2016

MilhoAs cotações do milho em Chicago pouco evoluíram nesta semana, fechando a quinta-feira (03) em US$ 3,53/bushel. A média de fevereiro ficou em US$ 3,63, repetindo a média de janeiro. Isso dá uma ideia da estabilização deste mercado no momento. Um ano atrás o primeiro mês cotado em Chicago registrava US$ 3,89/bushel.

A pressão da colheita sul-americana e o fato de que os EUA, talvez, não reduzam sua área semeada com milho em 2016 (atenção ao relatório de intenção de plantio previsto para o dia 31/03) não permitiram que os preços subissem. Além disso, dólar forte e petróleo com preços fracos trabalham contra qualquer recuperação em Chicago. E isso mesmo com exportações estadunidenses alcançando 934.000 toneladas na semana anterior, o que foi considerado bom pelo mercado. Todavia, na semana seguinte as vendas externas recuaram para 737.000 toneladas, esfriando um pouco o entusiasmo do mercado.

O Fórum Outlook do USDA indicou uma área a ser semeada com o cereal em 36,4 milhões de hectares para 2016, com estoques estáveis. Como se sabe, esse relatório pouco representa para o mercado. O que irá contar mesmo será a intenção de plantio do dia 31/03. Antes disso teremos o relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 09/03, porém, não se espera grandes novidades junto ao mesmo.

Afora isso, não há fato novo no mercado internacional do milho.

Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB na exportação ficou em R$ 161,00 e R$ 142,50 respectivamente.

No mercado brasileiro, os preços se mantiveram estáveis. A média do balcão gaúcho fechou a semana em R$ 36,35/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 41,50 e R$ 42,00/saco. Nas demais praças os lotes giraram entre R$ 28,00/saco em Sapezal e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 42,00/saco em Videira, Chapecó e Concórdia (SC). Em Itahandu (MG) o saco foi negociado a R$ 44,50. Quanto à safrinha, o porto de Santos tem indicações de preços entre R$ 36,00 e R$ 36,50/saco.

As chuvas em grande parte do Sudeste e Centro-Oeste atrasaram a colheita, impedindo a entrada de milho novo no mercado durante a semana, fato que segurou as cotações do cereal. Isso ficou mais evidente em Minas Gerais, Goiás e São Paulo. O pouco milho que vai sendo colhido tem forte procura e não tem havido espaço para alguma acomodação nos preços. (cf. Safras & Mercado) Os preços deverão permanecer firmes ainda em março, podendo recuar posteriormente dependendo do que será semeado na safrinha.

As exportações brasileiras do cereal continuam firmes, com o mês de fevereiro fechando em 5,37 milhões de toneladas, sendo que boa parte é registro de embarques atrasados. Mesmo assim, o chamado embarque efetivo chegou a 2,28 milhões de toneladas, o que é alto para o primeiro mês do novo ano comercial. Março teria um milhão de toneladas para embarcar.

Enfim, a semana terminou com a importação valendo, no CIF indústrias brasileiras, R$ 49,68/saco para o produto dos EUA e R$ 48,28 para o produto argentino, ambos para março. Já para abril o produto argentino fica em R$ 50,62/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores: R$ 41,45/saco para março; R$ 41,27 para abril; R$ 38,23 para maio; R$ 38,84 para julho; R$ 34,67 para agosto; R$ 34,46 para setembro; R$ 35,53 para outubro; e R$ 35,76/saco para novembro. (cf. Safras & Mercado).

Fonte: CEEMA

Gráfico do MILHO na BM&F – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/LuC8OvYI/

Gráfico do MILHO na CBOT – Vencimento Set/16https://www.tradingview.com/x/9QUQUoTt/