As cotações do milho em Chicago subiram um pouco, fechando o dia 04/06 em US$ 3,63/bushel, após US$ 3,53 uma semana antes e US$ 3,59/bushel na média de maio.
Salvo ajustes técnicos, por enquanto não há fatores altistas para o cereal no cenário mundial. O plantio nos EUA está se encerrando nos próximos dias, tendo chegado a 95% da área no dia 31/05, com as lavouras semeadas apresentando 74% do total entre boas a excelentes.
A partir de agora o clima nos EUA, e as tradicionais especulações em torno dele, ditarão o rumo das cotações. Por enquanto, o mesmo está favorável ao desenvolvimento das lavouras.
Nesta semana, auxiliou para a pequena melhoria nas cotações do milho a recuperação da soja e o enfraquecimento do dólar no cenário internacional.
Na Argentina e no Paraguai, a tonelada FOB, para junho, ficou em US$ 165,00 e US$ 110,00 respectivamente.
No Brasil, os preços pouco se modificaram, mantendo o viés de baixa para o segundo semestre em função da forte pressão da safrinha, a qual iniciou seu processo de colheita.
Na BM&F o contrato setembro foi sustentado pela melhoria do dólar, já que o Real se desvalorizou para níveis ao redor de R$ 3,18. Assim, enquanto o movimento de recuo deve persistir para os meses futuros, novembro e janeiro dependem do câmbio e do fluxo de embarques brasileiros no segundo semestre. Por enquanto, tal fluxo é baixo. Em maio, o Brasil exportou somente 38.800 toneladas do cereal, esperando alcançar em junho um total de 300.000 toneladas. (cf. Safras & Mercado)
Em síntese, não há fatores altistas no mercado nacional do milho, diante da forte entrada de produto oriundo da safrinha nestes três próximos meses.
A média de preços no Rio Grande do Sul ficou em R$ 22,63/saco nesta semana, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 25,00 e R$ 25,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 12,00/saco no Nortão do Mato Grosso, até R$ 26,00/saco em parte das regiões consumidoras de Santa Catarina.
A semana terminou com a importação, no CIF indústria brasileira, valendo R$ 42,23;saco para o produto dos EUA e R$ 39,91/saco para o produto da Argentina, ambos para junho. Já para julho o produto argentino ficou cotado a R$ 41,78/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores: R$ 28,04/saco/saco para junho; R$ 28,19 para julho; R$ 28,26 para agosto; R$ 28,11 para setembro; R$ 28,75 para outubro; R$ 28,29 para novembro e dezembro; e R$ 29,16/saco para janeiro/16. (cf. Safras & Mercado)
Fonte: CEEMA