No mercado internacional do milho igualmente o cenário foi de estabilidade. As cotações do bushel em Chicago que, para o primeiro mês cotado, fecharam o dia 29/12 em US$ 3,62, pouco se movimentaram nas semanas seguintes, fechando este dia 11/02 em US$ 3,60. Na primeira quinzena de janeiro o bushel chegou a recuar para níveis próximos a US$ 3,50. A média de dezembro ficou em US$ 3,69 e a de janeiro em US$ 3,63/bushel.
O recente relatório do USDA (09/02) apenas confirmou a safra dos EUA, colhida no final de 2015, em 345,5 milhões de toneladas, porém, elevou os estoques finais naquele país para 46,7 milhões em 2015/16. Em termos mundiais, a safra total será de 970,1 milhões de toneladas, com estoques finais em 208,8 milhões, contra estoques finais de 206,2 milhões na safra anterior.
Ao contrário da soja, o milho estadunidense tem encontrado, nesse momento, boas condições de exportação, atingindo a 1,13 milhão de toneladas na semana encerrada em 28/01. Esse volume ficou 56% acima da média das quatro semanas anteriores.
Na Argentina, a tonelada FOB de milho para exportação fechou a semana em US$ 168,00, enquanto no Paraguai a mesma já alcança a US$ 130,00 na média.
Aqui no Brasil, os preços continuaram subindo, especialmente após o anúncio de que o país possa ter exportado cerca de 38 milhões de toneladas no ano comercial 2015/16, encerrado no último dia 31 de janeiro. Somente no mês de janeiro/16 o volume exportado atingiu a 4,5 milhões de toneladas.
Nesse contexto, a média do balcão gaúcho alcançou, na segunda semana deste mês de fevereiro o valor de R$ 34,44/saco, porém, havendo regiões que pagavam até R$ 40,00/saco (no final de dezembro passado a média gaúcha era de R$ 30,08/saco). Por enquanto, mesmo com uma safra de verão muito boa no país, especialmente no Rio Grande do Sul, onde mais de 30% já foi colhido, a tendência de curto prazo ainda é de preços em alta. Tanto é verdade que em São Paulo as regiões produtoras registram valor de R$ 40,00/saco no disponível, enquanto a referência Campinas trabalha entre R$ 44,50 e R$ 45,00/saco CIF. Em termos de exportação, a tendência agora é de forte diminuição nas vendas devido a logística se concentrar no escoamento da nova safra de soja que começa a ser colhida no país.
A alta dos preços, detectada desde o início do segundo semestre do ano passado, preocupa o governo, pois o custo das rações subiu muito, penalizando os criadores em geral e pressionando a inflação final ao consumidor, junto ao setor das carnes. Assim, o governo colocou 500.000 toneladas de seus estoques em diversos leilões. O primeiro já ocorreu, porém, pouco mexeu com os preços do cereal. O segundo leilão está previsto para o próximo dia 16/02. Espera-se uma demanda excelente.
Enfim, a segunda semana de fevereiro terminou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 51,07/saco para o produto dos EUA, e R$ 50,28/saco para o produto argentino. Na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores: R$ 41,94/saco para fevereiro; R$ 40,86 para março; R$ 38,23 para abril; R$ 38,55 para maio; R$ 36,90 para julho; R$ 35,06 para agosto; e R$ 35,31/saco para setembro.
Fonte: CEEMA
Gráfico do Milho na CBOT
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