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Análise Semanal do Mercado do Milho – 27/Abr/2015

Milho

As cotações do milho em Chicago recuaram um pouco durante a semana, fechando o dia 23/04 em US$ 3,70/bushel, após US$ 3,76 uma semana antes.

O mercado não encontra motivos para altas e vem se sustentando na resistência que a soja vem encontrando em baixar mais em Chicago, mesmo havendo motivos de médio prazo. A exportação estadunidense continua não empolgando, tendo ficado em 588.000 toneladas na semana anterior. Já na semana passada o volume melhorou, atingindo a 1,09 milhão de toneladas. Mesmo assim, os estoques se mantêm elevados. Embora existam algumas preocupações com o clima nos EUA, as chuvas estão normais até o momento e o plantio avança. Nesse sentido, até o dia 19/04 o mesmo atingiu a 9% da área, contra 13% na média histórica. Todavia, o mercado considera que o mesmo está dentro da normalidade. (cf. Safras & Mercado)

Por enquanto, Chicago continua ignorando a excelente safra sul-americana que está entrando no mercado.

Espera-se que um clima um pouco mais seco favoreça, neste final de abril, a aceleração no plantio do cereal nos EUA. O fato é que os produtores locais precisariam de duas semanas ideais para a semeadura a fim de atingirem a 50% da área esperada no Meio-Oeste. Essa se torna agora uma questão chave na definição futura das cotações do milho em Chicago.

Por sua vez, a tonelada do cereal recuou fortemente na Argentina e no Paraguai, com o valor FOB fechando a semana em US$ 166,00 e US$ 112,50 respectivamente. Vale destacar ainda que o governo argentino autorizou a exportação adicional de 3,5 milhões de toneladas de milho, após 8 milhões autorizadas no ano passado.

Aqui no Brasil, os preços continuaram estabilizados, com leve tendência de queda. A média gaúcha no balcão ficou em R$ 23,45/saco, enquanto os lotes recuaram para valores entre R$ 26,00 a R$ 26,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes ficaram em R$ 15,00/saco no Nortão do Mato Grosso e R$ 26,50 a R$ 28,00/saco em Santa Catarina.

Na BM&F o mercado se prepara para novas baixas no mercado físico paulista até o final de abril. O consumo interno está freando devido ao recuo nos preços do frango e do suíno. O mercado considera que Campinas (base) pode trabalhar abaixo de R$ 27,00/saco nestes próximos dias de abril. Há também pressão de venda de produto oriundo do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Enfim, boas chuvas nas regiões da safrinha continuam apontando para uma safra cheia. Mais ao sul, o Paraná vive um mês de abril sem riscos de geada precoce, o que favorece igualmente a sua safrinha. (cf. Safras & Mercado)

Sobre a safrinha, em Goiás os preços se mantiveram entre R$ 19,00 e R$ 20,00/saco para o período de julho a setembro e a R$ 20,30/saco para novembro. Em Minas Gerais, as chuvas estão beneficiando a Segunda Safra (safrinha), enquanto no Mato Grosso os preços já estão em R$ 15,00/saco no Nortão do Estado e entre R$ 17,50 e R$ 18,00/saco na região de Primavera do Leste.

Paralelamente, as exportações em abril não deslancham, tendo ficado em 79.800 toneladas nos primeiros 20 dias do mês.

Enfim, a semana terminou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 42,46/saco para o produto dos EUA e R$ 38,89/saco para o produto da Argentina, ambos para abril. Já para maio o produto da Argentina atingiu a R$ 40,70/saco. Quanto à exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores: R$ 28,34/saco para abril; R$ 28,53 para maio; R$ 28,26 para junho; R$ 28,61 para julho; R$ 28,49 para agosto; R$ 28,58 para setembro; e R$ 29,06/saco para novembro e dezembro.

Fonte: CEEMA