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Análise Semanal do Mercado do Milho – 24/09/2016

MilhoAs cotações do milho em Chicago igualmente melhoraram um pouco durante a semana, fechando a quinta-feira (22) em US$ 3,36/bushel, após US$ 3,30 uma semana antes. Dois fatores ajudaram à pequena melhoria nas cotações de Chicago: o clima e as exportações estadunidenses. No primeiro caso, certo excesso de umidade no Meio Oeste dos EUA atrasa um pouco a colheita, deixando o mercado especulativo. Efetivamente, apesar das lavouras a serem colhidas manterem condições de 74% entre boas a excelentes e apenas 7% entre ruins a muito ruins, a colheita chegou, até o dia 18/09, em 9%, contra 12% na média histórica para o período. Quanto às exportações, o produto estadunidense, com o atual câmbio, segue bastante competitivo no cenário internacional. Mesmo assim, as vendas líquidas, para 2016/17, chegaram a apenas 703.500 toneladas na semana encerrada em 08/09, sendo a Coreia do Sul o maior comprador com 198.100 toneladas. Para 2017/18 o volume vendido alcançou a 21.100 toneladas. No somatório dos dois anos, o volume ainda ficou aquém do esperado pelo mercado, cujo volume mínimo era de 800.000 toneladas.

Dito isso, a colheita nos EUA está apenas iniciando e há muito milho a entrar no mercado. Na medida em que o ritmo da mesma se normalizar a tendência é de pressão baixista em Chicago.

Aqui no Mercosul, a tonelada FOB para exportação na Argentina fechou a semana em US$ 172,00, enquanto no Paraguai a mesma ficou em US$ 155,00.

No Brasil, os preços do cereal pouco se alteraram, porém, houve maior pressão de baixa durante a semana. Isso devido a entrada maior de milho no mercado em função de venda por parte de empresas, especialmente cooperativas produtoras, diante das maiores dificuldades para exportação já que o câmbio voltou a valorizar o Real.

Assim, o balcão gaúcho fechou a semana em R$ 43,08/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 48,00 e R$ 49,00/saco. Nas demais praças os lotes giraram entre R$ 28,00/saco em Sapezal e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 48,50/saco nas regiões catarinenses de Videira e Concórdia.

Em São Paulo a região da Sorocabana trabalhou com valores de R$ 37,00/saco em negócios apenas pontuais, enquanto o referencial Campinas recuou para R$ 41,50/saco no disponível. A semana fechou com os preços internos sendo mais interessantes do que os de exportação diante do câmbio a R$ 3,21. Na prática, o milho dos EUA, hoje, está bem mais competitivo do que o cereal brasileiro no mercado internacional.

Nesse contexto, nos primeiros 11 dias úteis de setembro (até o dia 16/09) o Brasil havia exportado 1,67 milhão de toneladas de milho, a um preço médio de US$ 167,60/tonelada (R$ 32,28/saco ao câmbio de hoje).

Na prática, a diferença de valor dos prêmios brasileiros e estadunidenses continua grande. Apenas uma forte desvalorização do Real poderia devolver competitividade externa ao milho nacional neste momento. Ora, isso tende a não ser possível no curto e médio prazo a julgar pelo atual comportamento da economia nacional e do próprio Banco Central brasileiro.

Enfim, ajudou a segurar o preço do milho nacional o fato de o governo ter realizado leilão dos estoques públicos na semana anterior no Mato Grosso. A Conab colocou à venda 50.000 toneladas e, destas, 39.600 foram negociadas.

Fonte: CEEMA

Gráfico do MILHO na CBOT – Vencimento Dez/2016https://www.tradingview.com/x/ZJjmye2d/

Gráfico do MILHO na BM&F – Vencimento Nov/2016https://www.tradingview.com/x/qYRM7x1P/

 

Análise Semanal do mercado do Trigo – 24/09/2016

TrigoAs cotações do trigo em Chicago fecharam a semana um pouco melhores. A quinta-feira (22) registrou US$ 4,05/bushel, contra US$ 3,99 uma semana antes. O que deu o pequeno suporte aos preços do trigo em Chicago foi a elevação parcial das cotações da soja e do milho naquela Bolsa, em função de um pequeno atraso na colheita dos mesmos devido a um clima mais chuvoso.

Todavia, os fracos volumes exportados por parte dos EUA, mesmo com preços baixos, impedem altas mais expressivas.

No Mercosul, a projeção de produção aponta, segundo Safras & Mercado, 15 milhões de toneladas na produção e 8,5 milhões na exportação. Para o Uruguai a produção será de 800.000 toneladas, com exportações de 400.000. O Paraguai deverá produzir 1,1 milhão de toneladas e exportar 750.000 toneladas. Já o Brasil produzirá 5,5 milhões de toneladas, importando outros 5,5 milhões. Apenas dos países vizinhos do Mercosul o Brasil teria uma disponibilidade de 9,65 milhões de toneladas para se abastecer de trigo.

Nesse contexto, os preços da tonelada na exportação FOB dos países do Mercosul ainda não refletem essa maior oferta, permanecendo entre US$ 205,00 e US$ 220,00.

No Brasil, a baixa liquidez ainda está presente, apesar de o Paraná já registrar 22% de área colhida. A demanda permanece retraída, esperando recuo ainda maior de preços. No auge da colheita nacional, no final de outubro, espera-se que o preço do trigo venha para o nível do preço mínimo estabelecido para este ano. Esse fato se deve, além do aumento na produção nacional, à melhoria na oferta da Argentina em particular e na forte redução dos preços internacionais do cereal, colocando a paridade de importação em níveis bastante baixos. Soma-se a isso o fato de que os preços do milho permanecem sem reação sustentável no momento, fato que retira as indústrias de ração do mercado comprador de trigo.

As condições das lavouras a serem colhidas, tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul, por enquanto, estão boas, com apenas algumas perdas muito pontuais.

Segundo o Deral do Paraná, 88% das lavouras locais estão em boas condições, sendo que a safra final do Estado deverá ser de 3,3 milhões de toneladas, ficando 1% acima do colhido no ano anterior e com muito melhor qualidade diante dos prejuízos climáticos causados na safra de 2015. De fato, o rendimento médio paranaense esperado é de 3.052 quilos/hectare, ficando 25% acima do registrado na safra anterior. Assim, logo mais haverá aumento na liquidez do cereal no país, com pressão baixista sobre os preços. No Rio Grande do Sul, o forte da colheita se dará a partir do final de outubro e, especialmente, em novembro.

Nesse quadro, o balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 38,36/saco, acusando novo recuo, enquanto os lotes ficaram em R$ 700,00/tonelada (R$ 42,00/saco), assim como no Paraná. No entanto, estes valores são apenas nominais já que na prática o mercado está pagando menos para a safra nova paranaense que já entra no mercado.

Um tal contexto deverá levar o governo brasileiro a retomar o sistema de intervenção via os leilões de PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural e/ou sua Cooperativa) para garantir ao produtor pelo menos o preço mínimo estabelecido oficialmente para a atual safra, que é, para o produto de qualidade superior, de R$ 38,65/saco no Sul do país, R$ 42,53/saco no Sudeste, e de R$ 44,26/saco no Centro-Oeste e na Bahia.

Fonte: CEEMA

Gráfico do TRIGO na CBOT – Vencimento Dez/2016

https://www.tradingview.com/x/4XBI0jd0/

Análise Semanal do Mercado da Soja – 09/09/2016

SojaAs cotações da soja em Chicago, após o forte recuo da semana anterior, se recuperaram um pouco durante esta semana, num claro ajuste técnico. O fechamento desta quinta-feira (08), para o primeiro mês cotado, ficou em US$ 9,92/bushel, contra US$ 9,59 uma semana antes. O movimento se deve particularmente a um ajustamento do mercado antes do anúncio de mais um relatório de oferta e demanda pelo USDA, previsto para o dia 12/09. É bom lembrar que a atual semana foi mais curta devido ao feriado nos EUA no dia 05/09 e no Brasil no dia 07/09.

Até o momento nada indica problemas na safra de soja estadunidense, a qual começará a ser colhida no final deste mês de setembro. Tanto é verdade que as condições das lavouras dos EUA, no dia 04/09, continuavam apresentando 73% entre boas a excelentes, 20% regulares e apenas 7% entre ruins a muito ruins.

Nesse contexto, em se confirmando uma safra recorde nos EUA ganha mais força a possibilidade de o bushel de soja, a partir de outubro, buscar um patamar entre US$ 8,50 e US$ 9,50 como já alertamos há meses.

No curto prazo, a boa demanda pela soja estadunidense vem dando ainda um pequeno suporte às cotações. Neste sentido, as inspeções de exportação, na semana encerrada em 1º de setembro, ficaram em 1,23 milhão de toneladas, contra apenas 94.262 toneladas em igual momento do ano anterior.

Por sua vez, a Argentina indicou exportações de 2,59 milhões de toneladas de farelo de soja em junho passado. Entre janeiro e junho as exportações argentinas deste subproduto da soja ficaram em 11,97 milhões de toneladas, contra 11,8 milhões em igual período do ano anterior.

Aqui no Brasil, após um câmbio que levou o Real a se desvalorizar para R$ 3,28, a moeda nacional voltou a se fortalecer, chegando a R$ 3,20 em alguns momentos da semana. Assim, os preços da soja igualmente se mantiveram com viés de baixa. A média gaúcha no balcão ficou em R$ 70,34/saco, enquanto os lotes giraram entre R$ 74,50 e R$ 75,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes ficaram entre R$ 65,50/saco no Piauí (Uruçuí) e Tocantins (Pedro Afonso), R$ 68,00/saco em Diamantino (MT) e R$ 76,00/saco no centro e norte do Paraná.

O mercado nacional continuou travado, com poucos negócios, diante da volatilidade cambial e do viés baixista em Chicago. Em termos de preços futuros, para maio/17 o interior gaúcho apontou R$ 72,00/saco FOB, enquanto Rondonópolis (MT) ficou em R$ 63,50/saco para março e Piauí e Tocantins indicaram R$ 67,50/saco para abril/17.

Enfim, vale destacar que as exportações do “complexo soja”, por parte do Brasil, avançaram bem nestes primeiros oito meses de 2016. No grão de soja o volume chegou a 48,17 milhões de toneladas, contra 45,85 milhões de toneladas em igual período do ano anterior, 42 milhões em 2014 e apenas 37,1 milhões em 2013. Todavia, em valores, o crescimento em 2016 foi bem menos significativo, pois os preços recuaram bastante. Assim, nos primeiros oito meses do ano o ganho com as vendas externas de soja foi de US$ 17,9 bilhões, contra US$ 17,7 bilhões em igual período do ano passado. Em termos de farelo de soja, o volume exportado no período atingiu a 10,9 milhões de toneladas, contra 10,2 milhões um ano antes (9,46 milhões em 2014 e 8,6 milhões em 2013), sendo que o valor bruto apurado foi de US$ 3,87 bilhões, contra US$ 4,04 bilhões nos primeiros oito meses de 2015. Enfim, quanto às exportações de óleo de soja por parte do Brasil, até agosto as mesmas atingiam a 876.000 toneladas, contra 981.000 em igual período de 2015 (937.000 em 2014 e 810.000 toneladas em 2013). Em valores, as vendas de 2016 atingiram a US$ 598,3 milhões, contra US$ 688,1 milhões entre janeiro e agosto de 2015 (cf. Safras & Mercado).

Fonte: CEEMA

Gráfico da SOJA na CBOT – Vencimento NOV/2016https://www.tradingview.com/x/LFdAUbkT/

Gráfico da SOJA na BM&F – Vencimento NOV/2016https://www.tradingview.com/x/p7svnYk2/

Análise Semanal do Mercado do Trigo – 09/09/2016

TrigoAs cotações do trigo em Chicago se recuperaram um pouco durante a semana, fechando o dia 08/09 (quinta-feira) em US$ 3,77/bushel, após US$ 3,68 uma semana antes.

Nesta semana mais curta, devido aos diferentes feriados nos EUA (05/09, Dia do Trabalho) e no Brasil (07/09, Dia da Independência), tivemos poucas notícias importantes.

O mercado estadunidense está preocupado com o recuo na demanda do Egito, maior importador mundial de trigo. Mesmo assim, as compras gerais do cereal melhoraram um pouco durante a semana, fato que deu o pequeno suporte às cotações. As vendas líquidas ficaram em 279.400 toneladas na semana anterior, com o Brasil, novamente, sendo o maior comprador (186.500 toneladas).

No Mercosul, a tonelada para exportação FOB permaneceu entre US$ 205,00 e US$ 220,00.

Já no Brasil o mercado se mostrou novamente lento, esperando a entrada da nova safra que começa pela colheita do Paraná. No balcão gaúcho a média recuou para R$ 39,92/saco, enquanto os lotes fecharam a semana em R$ 45,00/saco (valor nominal), enquanto no Paraná os mesmos ficaram entre R$ 48,00 e R$ 49,80/saco (valor nominal).

A tendência se mantém de forte recuo nos preços do cereal nacional na medida em que se espera uma safra bem maior do que a frustrada colheita do ano passado. Nesse contexto, o produto da futura safra, de qualidade superior, nos lotes, já vem sendo negociado entre R$ 39,00 e R$ 40,20/saco no Rio Grande do Sul.

O único fator que pode reverter o quadro baixista, no curto prazo, é o surgimento de problemas climáticos sobre a safra nacional e/ou argentina. Lembramos que, no caso da Argentina, a colheita de trigo se inicia apenas em dezembro próximo. No médio prazo, o fator altista seria o aumento nos preços do milho, fato que favoreceria o retorno das indústrias de ração às compras de trigo, competindo com os moinhos fabricantes de farinha.

Fonte: CEEMA

Gráfico do TRIGO na CBOT – Vencimento DEZ/2016https://www.tradingview.com/x/rcksi7E2/. 

Análise Semanal do Mercado do Milho – 09/09/2016

MilhoNesta semana mais curta, devido aos feriados nos EUA e no Brasil, as cotações do milho em Chicago igualmente se recuperaram um pouco, na linha de um ajuste técnico após fortes baixas na semana anterior. Assim, o bushel do cereal fechou o dia 08/09 em US$ 3,27, após US$ 3,11 uma semana antes.

Com a colheita a ponto de se iniciar nos EUA (18% da área estaria pronta), o mercado já teria precificado grande parte da excelente safra que se avizinha. Para tanto, o relatório de oferta e demanda, previsto para o próximo dia 12/09, torna-se importante para definir melhor a produtividade média esperada e, por óbvio, a produção final estimada. Vale destacar que o clima continua positivo nas regiões produtoras estadunidenses. Tanto é verdade que as condições das lavouras, na boca da colheita, indicam 74% entre boas a excelentes.

Nesse contexto, as vendas líquidas de milho, por parte dos EUA, para o ano 2015/16, somaram 214.100 toneladas na semana encerrada em 25/08. O volume ficou 27% abaixo da média das quatro semanas anteriores. Já para o ano 2016/17 o volume exportado atingiu a 647.500 toneladas. Somando os dois anos comerciais, o mercado esperava um volume entre 600.000 e 1,3 milhão de toneladas exportadas, pelo qual foi contemplado. 

Na Argentina, a tonelada FOB para exportação ficou em US$ 170,00, enquanto no Paraguai a mesma recuou para US$ 157,50.

No Brasil, o preço médio gaúcho, no balcão, ficou em R$ 44,30/saco, enquanto os lotes fecharam a semana entre R$ 48,00 e R$ 49,00/saco no Rio Grande do Sul. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 28,00/saco em Sapezal e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 48,50/saco em Videira e Concórdia (SC). 

Com o adiamento para 1º de outubro da decisão final quanto a autorizar ou não a importação de milho transgênico oriundo dos EUA, a CTNBio deu margem para uma recuperação de preços no médio prazo. Todavia, vale destacar que a importação foi aprovada nas comissões técnicas da CTNBio.

Por enquanto, o preço do cereal se estabilizou no país e chegou a recuar em algumas regiões. A Sorocabana paulista trabalhou com valores entre R$ 37,00 e R$ 38,00/saco, enquanto o referencial Campinas se manteve em R$ 42,00/saco CIF.

Dito isso, as importações diminuíram muito e os produtores parecem já ter quitado suas dívidas principais para o ano, assim como adquirido os insumos para a nova safra de verão. Com isso, a pressão de oferta tende a diminuir daqui em diante. Por sua vez, as exportações continuam avançando. Assim, um novo fluxo de oferta importante somente poderá vir no início de 2017, fato que causa apreensão no mercado consumidor do cereal (cf. Safras & Mercado).

No caso das exportações, nos 23 dias úteis de agosto o Brasil teria registrado 2,56 milhões de toneladas, a um preço médio de US$ 168,40/tonelada segundo o governo (Secex). Já o mercado, pelos registros de navios, avança um volume de 3,3 milhões de toneladas exportadas em agosto. Nos primeiros dias de setembro entre 300.000 e 400.000 toneladas já haviam sido vendidas ao exterior. As nomeações de navios para exportação em setembro alcançam 2,6 milhões de toneladas no momento. No total, o país teria exportado 10,5 milhões de toneladas neste ano.

Fonte: CEEMA

Gráfico do MILHO na CBOT – Vencimento DEZ/2016https://www.tradingview.com/x/KRTscPvH/

Gráfico do MILHO na BM&F – Vencimento NOV/2016https://www.tradingview.com/x/JgXQAvOL/

Análise Semanal do mercado do Milho – 26/08/2016

MilhoAs cotações do milho em Chicago recuaram um pouco durante a semana, com o bushel do cereal fechando a quinta-feira (25) em US$ 3,23, contra US$ 3,32 uma semana antes.

O mercado igualmente está pressionado pelo clima normal sobre as lavouras dos EUA, enquanto o período de colheita se aproxima rapidamente. A mesma deverá começar na primeira quinzena de setembro. Até o dia 21/08 as condições das lavouras mostravam uma melhoria, com 75% entre boas a excelentes, 18% regulares e 7% entre ruins a muito ruins.

Assim, mesmo com o “crop tour” da Prof Farmer acusando uma redução na produtividade média de alguns Estados norte-americanos (em Ohio a mesma deverá ficar em 9.352 quilos/ha; em Dakota do Sul em 9.404 quilos/ha…), o mercado não encontra motivos para altas em Chicago. Afinal, em outros Estados a produtividade é melhor do que as registradas no passado. É o caso de Indiana que projeta 10.888 quilos/ha.

Nesse contexto, o suporte às cotações, mesmo que fraco, vem das exportações estadunidenses. Há, no momento, boa demanda pelo milho dos EUA no mercado mundial. Tanto é verdade que as vendas líquidas do cereal, para o ano 2016/17, somaram 1,04 milhão de toneladas na semana encerrada em 11/08, ficando dentro do esperado pelo mercado.

Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB de milho para a exportação fechou a semana em US$ 176,00 e US$ 165,00 respectivamente.

Aqui no Brasil, o saco de milho no balcão gaúcho fechou na média de R$ 44,50, com um pequeno recuo em relação à semana anterior. Os lotes, por sua vez, ficaram entre R$ 48,00 e R$ 49,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 28,00/saco em Sapezal (MT) e R$ 49,00/saco em Videira e Concórdia (SC).

Diante deste quadro estável os produtores adotam uma postura de reter o milho que ainda resta, visando elevar os preços do cereal no mercado físico. Por enquanto, a Sorocabana paulista está com valores entre R$ 41,00 e R$ 42,00/saco, enquanto o referencial Campinas fica em R$ 46,00/saco CIF. Assim, os compradores voltam a enfrentar estoques reduzidos (cf. Safras & Mercado).

Paralelamente, as exportações brasileiras de milho em agosto atingem a 1,55 milhão de toneladas a um preço médio de US$ 168,80/tonelada, equivalente a R$ 32,41/saco considerando o câmbio atual.

Na BM&F as cotações futuras continuaram recuando em busca de uma aproximação com a realidade existente no mercado físico.

Dito isso, o viés continua sendo de certa recuperação nos preços do milho caso as exportações se mantenham elevadas e as importações não avancem muito.

Fonte: CEEMA

Gráfico do Milho na CBOT – Vencimento Dez/2016https://www.tradingview.com/x/INjvK8Vr/

Gráfico do Milho na BM&F – Vencimento Nov/2016https://www.tradingview.com/x/1k6CsBYe/

Análise Semanal do Mercado de Soja – 26/08/2016

SojaAs cotações da soja pouco variaram em grande parte da semana, porém, na quinta-feira (25) despencaram. O bushel da oleaginosa acabou fechando neste dia 25/08 em US$ 9,98, após US$ 10,32 uma semana antes.

O mercado continua sob influência do clima nos EUA, às vésperas do início da colheita de verão. O mesmo continua normal, porém, com algumas regiões acusando menos umidade do que o esperado. Entretanto, nada que comprometa a safra, pelo menos por enquanto. Tanto é verdade que as condições das lavouras, até o dia 21/08 mantinham 72% entre boas a excelentes, 21% regulares e 7% entre ruins a muito ruins. Esse é segundo melhor nível em qualidade das lavouras nos últimos 30 anos para esta época do ano (cf. Safras & Mercado).

Para confirmar isso, o “crop tour” que a Pro Farmer vem realizando nos EUA informa que a safra atual poderá ser maior do que a de 2015, batendo realmente um recorde histórico.

Ou seja, por este lado o viés continua baixista em Chicago, fato que poderá se confirmar a partir do início de outubro, quando a colheita estiver em andamento.

Enquanto isso, as boas exportações estadunidenses ajudaram a dar suporte aos preços em parte da semana, porém, não são suficientes para fazer frente às notícias positivas do clima. As exportações líquidas para a safra 2015/16, que se encerra em 31/08, chegaram a 177.900 toneladas na semana encerrada em 11/08, enquanto para o ano de 2016/17 o volume atingiu a 1,6 milhão de toneladas, ficando dentro do esperado pelo mercado. Já as inspeções de exportação somaram 774.820 toneladas, acumulando, desde o 1º de setembro do ano passado um total de 49,4 milhões de toneladas, contra 49,6 milhões em igual momento do ano anterior.

Pelo lado da demanda as importações da China somaram 7,76 milhões de toneladas em julho, com recuo de 18,4% sobre julho de 2015. No acumulado do ano a China importou 46,3 milhões de toneladas de soja, com aumento de 3,8% sobre igual período do ano anterior. Porém, preocupa o recuo mensal recente que está ocorrendo por parte dos chineses.

No mercado brasileiro, diante de um câmbio que se manteve ao redor de R$ 3,20 em boa parte da semana, os preços pouco se modificaram. O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 71,73/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 79,50 e R$ 80,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 67,80/saco em Uruçuí (PI) e Pedro Afonso (TO), R$ 72,00/saco em Diamantino (MT) e R$ 79,50/saco no centro e norte do Paraná.

Os negócios continuam poucos, com os negociadores demonstrando pouco interesse. O mercado fica estagnado, com um movimento de fretes muito reduzido igualmente nos últimos dias (cf. Safras & Mercado).

Enfim, os preços futuros indicaram os seguintes valores: R$ 76,00/saco FOB para maio no interior gaúcho; R$ 66,00/saco para março em Rondonópolis (MT) e R$ 70,00/saco para abril, no Tocantins e Piauí.

Fonte: CEEMA

Gráfico da Soja na CBOT – Vencimento Nov/2016https://www.tradingview.com/x/ffP3K7R2/

Gráfico da Soja na BM&F – Vencimento Nov/2016https://www.tradingview.com/x/e3IYb0ll/

Análise Semanal do mercado do Trigo – 26/08/2016

TrigoAs cotações do trigo em Chicago voltaram a recuar, fechando a quinta-feira (25) em US$ 4,01/bushel, após US$ 4,27 uma semana antes.

O mercado sofreu pressão baixista da alta do dólar, que tira competitividade do produto estadunidense, assim como da queda do petróleo. Além disso, a demanda pelo trigo dos EUA recuou enquanto a projeção da safra mundial é recorde.

As vendas líquidas de trigo estadunidense, na semana encerrada em 11/08, referentes à temporada comercial 2016/17, iniciada em 1º de junho, somaram 489.500 toneladas. O Brasil liderou as compras com 92.100 toneladas.

Afora isso, o mercado sofreu influência da boa colheita do trigo de primavera nos EUA. Até o dia 21/08 a mesma chegava a 65%, contra 46% na média histórica para esta época do ano.

Em termos ainda de produção, o Canadá anuncia que deverá colher 30,5 milhões de toneladas do cereal, ou seja, a segunda maior colheita dos últimos 25 anos.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação permaneceu entre US$ 205,00 e US$ 220,00.

Já no Brasil, o saco de 60 quilos no balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 40,24. Nos lotes, o valor de referência ficou em R$ 850,00/tonelada ou R$ 51,00/saco. No Paraná os lotes registraram a média de R$ 800,00 a R$ 830,00/tonelada ou R$ 48,00 a R$ 49,80/saco. Ou seja, o Paraná, sob influência da nova safra, já indica preços menores do que no Rio Grande do Sul, cuja safra somente entrará no mercado a partir de fins de outubro.

Segundo Safras & Mercado, muitos compradores estão preferindo aguardar a entrada da safra nova, visto o forte viés de baixa no mercado, para voltar a negociar, esperando preços mais atrativos. As indústrias menores, por sua vez, estão comprando a qualquer preço no mercado interno, enquanto às maiores, incluindo fábricas de ração, importam o trigo graças a seus baixos preços.

Nesse último caso, é bom lembrar que o Brasil vem, há um mês, entre os líderes de importação de trigo dos EUA. A pressão destas importações e do início da colheita no país tende a derrubar os preços do cereal nacional nas próximas semanas.

Nesse momento, apenas uma recuperação nos preços do milho poderia puxar para cima os preços do trigo, fato que ainda não ocorreu.

Por sua vez, as geadas destes últimos dias podem ter causado alguns estragos no Paraná, cujas lavouras estão em fase final. Porém, por enquanto ainda não há prejuízos contabilizados.

Por outro lado, a prática tem mostrado que os produtores já estão aceitando vender o trigo abaixo dos preços de referência, indicados acima. No Rio Grande do Sul, por exemplo, já se encontra negócios, para a safra nova, a preços de R$ 660,00/tonelada ou R$ 39,60/saco, equivalente a valores próximos do mínimo (para o produto de qualidade superior).

Em síntese, o quadro permanece baixista para os preços internos do trigo nas próximas semanas caso não ocorram problemas climáticos agudos.

Fonte: CEEMA

Gráfico do Trigo na CBOT – Vencimento Dez/2016https://www.tradingview.com/x/mGdo0K9F/

Análise Semanal do Mercado de Soja – 22/08/2016

SojaAs cotações da oleaginosa em Chicago registraram leve alta nesta semana. O fechamento desta quinta-feira (18) ficou em US$ 10,32/bushel, contra US$ 10,22 uma semana antes.

Estas cotações podem ser consideradas boas a julgar pelo relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 12/08. O mesmo trouxe números recordes para a produção dos EUA, com 110,5 milhões de toneladas projetadas para 2016/17. Os estoques finais nos EUA, para o mesmo ano, igualmente foram elevados, ficando agora em 9 milhões de toneladas. Todavia, em função de o mercado ter precificado parte destes dados, e igualmente ainda se haver um mês pela frente em termos de influência climática sobre as lavouras estadunidenses, antes do início da colheita, as cotações não recuaram nesta semana pós-relatório. Na prática, o mercado busca, a qualquer custo, segurar os preços acima do piso dos US$ 10,00/bushel, o que tende a ser difícil se os números do relatório se confirmarem na prática. Tanto é verdade que o próprio USDA reduziu o patamar de preços médios aos produtores estadunidenses de soja para níveis entre US$ 8,35 e US$ 9,85/bushel, chegando na linha do que indicamos há semanas caso a safra daquele país viesse normal.

Vale dizer que o relatório reduziu os estoques finais para o corrente ano comercial 2015/16 nos EUA. Os mesmos vieram para 6,9 milhões de toneladas, fato que ajudou a dar um pouco de sustentação aos preços.

Em termos mundiais, o relatório apontou uma safra global de soja em 330,4 milhões de toneladas, com estoques finais em 71,2 milhões de toneladas, contra 67,1 milhões em julho passado e 73 milhões um ano antes. A produção brasileira está projetada em 103 milhões de toneladas e a da Argentina em 57 milhões. Já as importações chinesas permaneceram em 87 milhões de toneladas.

Ao mesmo tempo, as exportações de soja, por parte dos EUA, foram boas, segurando igualmente as cotações nos atuais níveis. As vendas líquidas somaram 3,1 milhões de toneladas na semana anterior, superando as expectativas do mercado. Nesse contexto, circulou boatos de que os chineses teriam comprado até seis carregamentos de soja estadunidense no final de semana anterior (cf. Safras & Mercado).

Por sua vez, as inspeções de exportação de soja estadunidenses somaram 746.371 toneladas na semana encerrada em 11/08, acumulando 48,4 milhões de toneladas no atual ano comercial que se encerra em 31/08 próximo. Um ano antes esse volume era de 49,4 milhões de toneladas.

Paralelamente, a Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) indicou que o esmagamento de soja estadunidense atingiu 3,9 milhões de toneladas em julho. O número ficou abaixo do esperado pelo mercado.

Enfim, confirmando o viés de baixa em Chicago, que continua, o USDA indicou que as condições das lavouras dos EUA, até o dia 14/08, se mantinham em 72% entre boas a excelentes, 21% regulares e 7% entre ruins a muito ruins.

Vale ainda destacar que o óleo de soja em Chicago disparou novamente, passando de 29,75 centavos de dólar por libra-peso em 01/08 para 34,19 centavos neste dia 18/08. Ou seja, em 14 dias úteis o mesmo ganhou 14,9% em Chicago. Isso oferece igualmente boa sustentação ao grão, embora o farelo esteja em baixa.No mercado brasileiro, a pequena desvalorização do Real na semana ajudou a melhorar um pouco, igualmente, os preços da soja. O Real chegou a ser cotado a R$ 3,21 em alguns momentos da semana, contra R$ 3,12 uma semana antes.

Assim, o balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 70,10/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 78,00 e R$ 79,00/saco. Nas demais praças os lotes oscilaram entre R$ 63,00/saco em Pedro Afonso (TO) e Uruçuí (PI), R$ 72,00/saco em Sorriso (MT) e R$ 80,50/saco no centro e norte do Paraná.

Em termos de preços futuros, os lotes FOB indicaram valores de R$ 75,00/saco para maio/17 na região do Planalto gaúcho, R$ 67,00/saco em Rondonópolis (MT) para março e R$ 65,50/saco igualmente em Tocantins e Piauí para abril/17.

No geral, praticamente não houve negócios no mercado nacional nesta semana, com os produtores que ainda detêm soja da safra passada aguardando uma melhoria nos preços.

Fonte: CEEMA.

Gráfico da SOJA na CBOTSoja CBOT.png

Gráfico da SOJA na BM&FSoja BM&F

Análise Semanal do mercado do Milho – 22/08/2016

MilhoAs cotações do milho em Chicago igualmente subiram um pouco durante a semana, apesar de o relatório de oferta e demanda do USDA ter sido baixista. O bushel do cereal fechou a quinta-feira (18) em US$ 3,32, contra US$ 3,21 na semana anterior.

O relatório anunciado no dia 12/08 indicou uma safra de 384,9 milhões de toneladas para os EUA, com estoques finais em 61,2 milhões ao término de 2016/17, contra 52,8 milhões projetados em julho e 43,3 milhões registrados um ano antes. O patamar de preços aos produtores estadunidenses foi revisto largamente para baixo, ficando agora entre US$ 2,85 e US$ 3,45/bushel.

Em termos mundiais, o relatório apontou uma safra global de 1,03 bilhão de toneladas, com estoques finais em 220,8 milhões ao final de 2016/17. A produção brasileira está projetada em 80 milhões de toneladas e a da Argentina em 36,5 milhões. O Brasil deverá exportar, segundo o USDA, 22 milhões de toneladas de milho em 2016/17.

O mercado não recuou diante de tais números porque esperava uma produtividade média maior do que a indicada. Assim, até a colheita em setembro a dúvida permanecerá quanto aos rendimentos finais e a capacidade de exportação dos EUA, a qual se mostra lenta no momento (cf. Safras & Mercado).

Muitos operadores acreditam que a produtividade indicada pelo USDA possa não se confirmar no final da colheita. Todavia, as condições das lavouras continuam muito boas, sendo que até o dia 14/08 cerca de 74% permaneciam entre boas a excelentes, 19% regulares e 7% apenas entre ruins a muito ruins. Além disso, há projeções de clima normal nos EUA para este restante de agosto.

A tonelada FOB para exportação fechou a semana em US$ 183,00 na Argentina e US$ 165,00 no Paraguai.

No mercado brasileiro, o balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 45,13/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 48,00 e R$ 49,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes de milho giraram entre R$ 29,00/saco em Sapezal, no Nortão do Mato Grosso, e R$ 49,00/saco nas regiões catarinenses de Videira e Concórdia.

Nesse momento, os produtores de milho safrinha no Brasil continuam fixando negócios, especialmente em São Paulo, o que freia os preços e até mesmo os retrai em algumas localidades. Na região paulista da Sorocabana houve negócios entre R$ 41,50 e R$ 42,00/saco, enquanto o referencial Campinas ficou em R$ 46,00/saco.

Mas a colheita está se encerrando e a onda vendedora começa a diminuir. Ao mesmo tempo há forte pressão exportadora, a qual atinge a quase 4 milhões de toneladas para agosto, com setembro já iniciando fila para embarques (já haveria 400.000 toneladas no embarque).

Em termos gerais o quadro não apresenta grandes novidades. A demanda interna continua firme, as exportações se tornam mais importantes a cada mês e a colheita da safrinha está praticamente encerrada. Com isso, a expectativa fica por conta do volume de importações, as quais ocorrem principalmente junto aos Estados do sul do país, e a futura safra de verão, com as incógnitas quanto a área a ser semeada (provavelmente maior) e o clima. Nesse contexto, o viés continua sendo de preços estáveis para um pouco mais elevados até o início do próximo ano.

No curto prazo, o mercado fica na dependência do ritmo de venda de milho safrinha por parte dos produtores que ainda possuem o produto nas diferentes praças nacionais.

Assim, ainda diante de um contexto de oferta menor, o governo brasileiro decidiu realizar dois novos leilões de venda de milho de estoques públicos. Os mesmos se darão em 23/08, com oferta de mais de 50.000 toneladas.

Fonte: CEEMA

Gráfico do MILHO na CBOTMilho CBOT

Gráfico do MILHO na BM&FMilho BM&F